TIRE O SEU RACISMO DO CAMINHO QUE EU QUERO PASSAR COM A MINHA COR. Georges Najjar Jr

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

HQ "Tintim no Congo" vai a julgamento acusada de racismo

Bruxelas, 29 set (EFE).- A história em quadrinhos "Tintim no Congo", criada pelo cartunista belga Hergé, vai a julgamento nesta sexta-feira, isso após um cidadão congolês pedir sua retirada do mercado por supostos conteúdos racistas.

O requerente, Bienvenu Mbutu Mondondo, decidiu pedir a proibição dos quadrinhos por considerá-los "ofensivos" aos congoleses, afirmando que seu conteúdo faz "propaganda da colonização".

Por sua vez, a editora Casterman e os responsáveis pelos direitos de "Tintim no Congo" argumentaram que a história aborda uma ficção, escrita há mais de 70 anos, e deve ser interpretada como um registro daquela época.

Além da Bélgica, a obra já despertou polêmica em países como Reino Unido, França, Suécia e Estados Unidos, onde diversos órgãos e autoridades públicas solicitaram sua retirada do mercado.

Georges Prosper Rémi, mais conhecido como Hergé, escreveu "Tintim no Congo" em 1930 para narrar as aventuras do célebre jornalista em sua viagem à antiga colônia belga.


Fonte: Uol notícias

É uma pena que ainda seja assim!




A Carne Elza Soares

A carne mais barata do mercado é a carne negra
5x

que vai de graça pro presídio
e para debaixo de plástico
que vai de graça pro subemprego
e pros hospitais psiquiátricos

A carne mais barata do mercado é a carne negra
5x

que fez e faz história
segurando esse país no braço
o cabra aqui não se sente revoltado
porque o revólver já está engatilhado
e o vingador é lento
mas muito bem intencionado
e esse país
vai deixando todo mundo preto
e o cabelo esticado

mas mesmo assim
ainda guardo o direito
de algum antepassado da cor
brigar sutilmente por respeito
brigar bravamente por respeito
brigar por justiça e por respeito
de algum antepassado da cor
brigar, brigar, brigar

A carne mais barata do mercado é a carne negra
5x

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Morre queniana Wangari Maathai, Prêmio Nobel da Paz em 2004

Segundo o Movimento Cinturão Verde, ela vinha lutando contra o câncer.
Primeira mulher africana a receber o Nobel, ela tinha 71 anos.

 

Wangari Maathai, em foto de arquivo de março de 2010. (Foto: Reuters) 
Wangari Maathai, em foto de arquivo de março de
2010.
 
A ambientalista queniana Wangari Maathai, Prêmio Nobel da Paz em 2004, morreu neste domingo (25), anunciou nesta segunda-feira (26) o Movimento Cinturão Verde, organização que ela fundou há mais de 30 anos.
“Com imensa tristeza, a família de Wangari Maathai anuncia seu falecimento, ocorrido em 25 de setembro de 2011, depois de uma grande e valente luta contra o câncer”, diz a organização em sua página na internet.
Segundo as agências internacionais de notícias, Wangari Maathai, de 71 anos, morreu no Hospital em Nairobi, no Quênia.
Maathai fez campanha pelos direitos humanos e capacitação das pessoas mais pobres da África. Em 2004, ela recebeu o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços para promover o desenvolvimento sustentável, democracia e paz. Foi a primeira mulher africana a levar o prêmio.
Bióloga, mãe de três filhos, Wangari Maathai foi presa e ameaçada de morte por lutar pela democracia no Quênia. Nas primeiras eleições livres de seu país, foi eleita para o Parlamento e tornou-se ministra assistente do Meio Ambiente.

 

 Estudante africano é espancado e morto por empresário e dois PMs e Mato Grosso.

CUIABÁ - Um estudante africano foi morto após uma discussão em uma pizzaria de Cuiabá. Segundo testemunhas, Tony Bernardo da Silva, de 27 anos, natural de Guiné-Bissau, foi espancado por três homens após ter esbarrado na mulher de um deles. Dois policiais militares e um empresário foram presos em flagrante acusados da morte do rapaz.

O crime aconteceu por volta da meia-noite, em um restaurante do bairro Boa Esperança. O estudante estava pedindo dinheiro e caiu, esbarrando em uma mulher. O companheiro dela não gostou e começou a agredir o rapaz, com a ajuda de dois homens.

Segundo boletim de ocorrência, Tony foi espancado, e morreu no local, por Sérgio Marcelo da Costa, de 27 anos, e pelos policiais militares Igor Marcel Mendes Montenegro, de 24 anos, e Wesley Fagundes Pereira, também de 24 anos.
Igor e Wesley foram encaminhados para o primeiro batalhão da PM em Mato Grosso. Sérgio deve ser encaminhado para um presídio da região.
Tony veio para o Brasil estudar na Universidade Federal de Mato Grosso, através de um convênio.

Os colegas da vítima não entendem o motivo de tanta violência.
- Primeiro, ele não tinha arma, faca. Para você mobilizar uma pessoa basta você mostrar o seu cartão de policial - diz o estudante Hernani Dias.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Troy Davis é executado nos EUA

Exemplo do negro condenado injustamente, Troy Davis
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Troy Davis é executado nos EUA Condenado por matar policial em julgamento marcado por dúvidas, americano recebe injeção letal no Estado da Geórgia

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Troy Davis é executado nos EUA Condenado por matar policial em julgamento marcado por dúvidas, americano recebe injeção letal no Estado da Geórgia

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Ativistas anti-pena de morte choram ao saber que Suprema Corte dos EUA rejeitou pedido de suspensão da sentença de Troy Davis





O americano Troy Davis foi executado por injeção letal, informou a penitenciária de Jackson, no Estado americano da Geórgia. A execução ocorreu às 23h08 de quarta-feira no horário local (0h08 de quinta-feira em Brasília), pouco depois de a Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitar um pedido de suspensão da sentença.
Os advogados de Davis esgotaram todas as possibilidades legais no Estado da Geórgia, em diversas instâncias, na tentativa de evitar sua morte. A execução estava prevista inicialmente para às 19h local, mas foi adiada para aguardar a decisão do Supremo.


Foto tirada em agosto de 1991 mostra Troy Anthony Davis entrando na Corte em Savannah

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se recusou a intervir para impedir a execução de Troy Davis, justificando que o caso cabia ao Estado da Geórgia e não ao poder federal.
"Obama tem trabalhado para garantir eficiência e justiça no sistema judiciário, especialmente nos casos de pena capital, mas não é apropriado que o presidente dos Estados Unidos se envolva em casos específicos como este, que são da Justiça estadual", informou seu porta-voz, Jay Carney.
Executado após passar 20 anos no corredor da morte, Davis foi condenado à pena capital pelo assassinato do policial branco Mark MacPhail, ao final de um processo repleto de vícios judiciais, que revelaram dúvidas sólidas sobre sua inocência.
Durante o processo, nove testemunhas do assassinato cometido em 1989 indicaram Troy Davis como o autor do tiro, mas a arma do crime nunca foi encontrada e nenhuma prova digital ou traço de DNA foi revelado. Depois, sete testemunhas se retrataram, mas isso não foi suficiente para convencer a Justiça a rever seu veredicto.
Apresentado por seus defensores como o exemplo do negro condenado injustamente, Troy Davis recebeu o apoio de personalidades como o ex-presidente americano Jimmy Carter, o papa Bento 16 e a atriz Susan Sarandon, além de centenas de manifestações pedindo seu indulto em todo o mundo.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Esse é o típico caso de racismo institucional, a caixa econômica federal ao veicular  uma campanha publicitária sobre os 150 anos do banco que retrata o escritor Machado de Assis como um homem branco. Isso é reflexo de uma sociedade contaminada que quando reconhece a competência de um negro, tenta de todas as formas associa-lo a figura de um homem branco. Naturalmente além dos aspectos ideológicos, é preciso que se diga que Machado nasceu no Morro do Livramento, Rio de Janeiro, de uma família pobre, negro, mal estudou em escolas públicas e nunca frequentou universidade.

Racismo Não!: 21 DE SETEMBRO DIA NACIONAL DE LUTA DAS PESSOAS DE...

Racismo Não!: 21 DE SETEMBRO DIA NACIONAL DE LUTA DAS PESSOAS DE...: Desde 1982 foi instituído o Dia Nacional de Luta das Pessoas Deficientes, o dia 21 de setembro foi escolhido devido a proximidade com a p...

CLASSE A e B SÃO AS QUE MAIS CONSOMEM PIRATARIA - JORNALE.COM

As classes D e E apresentam menor índice de consumo de produtos piratas, em comparação com as classes A, B e C, segundo pesquisa divulgada pela Fecomércio-RJ em parceria com a Ipsos nesta segunda-feira. Apenas 44% dos entrevistados de mais baixa renda admitiram ter comprado algum produto pirata neste ano, enquanto a porcentagem da classe C ficou em 52%. As classes A e B tiveram o maior índice, com 57%.

Esta é a primeira vez desde 2006, quando a pesquisa começou, que mais da metade da população admitiu ter comprado algum produto pirata no ano - no total 52%, ante 48% em 2010. "Transformando este percentual em números absolutos, aproximadamente 74,3 milhões de brasileiros contribuíram com este crime, ante 68,4 milhões no ano passado. Ou seja, cerca de 6 milhões de brasileiros que não consumiam produtos piratas em 2010 passaram a comprá-los este ano", afirmou a Fecomércio-RJ em nota.

Para 96% dos entrevistados no levantamento, o preço é a principal justificativa para aquisição dos produtos no mercado ilegal. Em seguida aparecem a facilidade para encontrar os produtos (14%) e o fato de estarem disponíveis antes do original (9%). O estudo também mostra que 60% acredita que comprar falsificados pode ter consequências negativas - 61% diz que a pirataria pode causar desemprego, 74% acredita que prejudica o faturamento do comércio, 80% afirma que traz prejuízos ao fabricante e/ou artista, e 82% aposta que aumenta a sonegação de impostos.

Os produtos mais adquiridos são CDs e DVDs, com 81% e 76% dos entrevistados, respectivamente. Roupas aparecem em terceiro lugar, com 11%, óculos em seguida com 10%, e calçados, bolsas e tênis com 7%. Para os que afirmaram não ter comprado produtos piratas em 2011, as razões mais comuns foram a qualidade ruim dos produtos (60%) e a falta de garantia (25%). O levantamento entrevistou mil pessoas em 70 cidades do País.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Nelson Mandela abandonado em Salvador

Quando foi inaugurada, a estátua de Nelson Mandela na entrada do Plano Inclinado Liberdade-Calçada, a população da cidade fez festa. Apesar de ser a capital mais negra do mundo fora da África, poucos heróis desta origem possuem o reconhecimento das autoridades soteropolitanas. Pois, bem. Hoje, o monumento em homenagem ao prêmio Nobel da Paz “está entregue à própria sorte”,
“É lixo por toda parte. Até as duas placas alusivas à passagem do líder sul-africano por Salvador, em 2000, uma num suporte de tubo e outra no pedestal da estátua, vão mal. Na do tubo, as letras estão se apagando. Na do pedestal, estão caindo. E o gradil que cerca a praça virou lanças pontiagudas prontas para estrepar os incautos”.

Já passou da hora da prefeitura tomar vergonha na cara e cuidar do patrimônio histórico do município.



GGB intervém e cancela palestra de Jair Bolsonaro em Salvador - Jornal A Tarde 16/09/11


O lobby do movimento gay de Salvador conseguiu promover o cancelamento de uma palestra que o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) notório militante anti-gay, iria proferir no 8° Encontro Baiano de Direito Penal, marcado para os dias 14 e 15 de outubro.
O evento é promovido pela empresa Múltipla – Difusão do Conhecimento, pelo Curso Juspodium e pela Associação Brasileira de Professores de Ciências Penas (ABPCP – Bahia). A temática do encontro é "As novidades legislativas do Direito Penal e do Processo Penal: a reforma do CPP, a nova Lei de Prisões e outras questões relevantes".
Bolsonaro falaria na abertura do evento às 10h30 do dia 14, sobre o tema Proposta de Política de Prevenção ao Homossexualismo. Ao tomar conhecimento da presença de Bolsonaro na encontro, o presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB) Marcelo Cerqueira veiculou a informação nos fóruns de entidades ligadas aos homossexuais e direitos humanos na internet, comunicou o Ministério Público do Estado e reclamou junto à direção do Juspodium.
Durante as “negociações”, o GGB chegou a propor aos organizadores do evento que substituíssem Bolsonaro por outro convidado da área do Direito e “em permanecendo ele na mesa, convidar alguém para fazer um contraponto”, sugerindo dois nomes, o do antropólogo Luiz Mott ou o deputado Jean Wyllys.

sábado, 17 de setembro de 2011

Mulheres e negros têm menos acesso a transplantes de órgãos no Brasil. Jornal A Tarde (BA)

28/07/2011

Ser mulher e negro no Brasil é ter que enfrentar um desafio diário para ter os direitos garantidos. Se você é mulher e negro e está na fila de espera por um transplante de órgãos, saiba que a sua cor e gênero podem diminuir as chances de ter a cirurgia realizada. É isso o que mostra um estudo inédito realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

De acordo com a pesquisa – que teve como foco os transplantes de órgãos sólidos, como coração, fígado, rim, pâncreas e pulmão -,
a maioria dos transplantados no Brasil são homens de cor branca. Um dado preocupante, sobretudo para a Bahia, que tem 82% da população negra.

A análise do Ipea mostra que
a cada quatro receptores de coração, três são homens, e 56% dos transplantados têm a cor de pele branca. No transplante de fígado, oito são para pessoas brancas. O mesmo ocorre com os transplantes de pâncreas, pulmão e rim.

Desigualdade
Esse trabalho revela que há desigualdade no recebimento dos órgãos, o que não deveria ocorrer, já que o acesso à saúde é um direito universal”, pontua o economista Alexandre Marinho, da diretoria de estudos e políticas sociais do Ipea, um dos autores da pesquisa. Para realizar o trabalho, os pesquisadores analisaram dados de 1995 a 2004, fornecidos pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).

As causas do fenômeno não foram o foco do estudo, mas acredita-se que as condições socioeconômicas tenham influencia no momento de escolha do paciente.
Na opinião do coordenador do Sistema Estadual de Transplantes da Secretaria do Estado da Bahia (Sesab), Eraldo Moura, a pesquisa precisa ser melhor investigada.

“O transplante vem sendo de fato realizado mais em brancos ou em pessoas que se declaram brancas?”, questiona. Segundo Moura não há possibilidade de existir “prioridades” na lista. “Todos têm o mesmo direito. A lista de espera não funciona com o critério cor e gênero”, garante.

A pesquisa Desigualdade de Transplantes de órgãos no Brasil: Análise do Perfil dos Receptores por Sexo, Raça ou Cor será apresentada hoje, às 9h, durante uma audiência pública realizada no auditório do Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador.

Com o tema À População Negra e a Política de Transplante de Órgãos e Doação de Medula Óssea, o evento é realizado pela Ouvidoria da Câmara, em parceria com o Grupo de Apoio à Criança com Câncer (Gacc- BA).

“Embora as causas não tenham sido foco do estudo, acreditamos que os pacientes podem ser excluídos porque não estão aptos para o transplante, provavelmente pelas condições socioeconômicas. Isso tem que ser discutido”, avalia o economista do Ipea, Alexandre Marinho.

Conscientização
De acordo com a vereadora Olívia Santana, também ouvidora-geral da Câmara, o objetivo é conscientizar e estimular a doação de órgãos e medula óssea pela comunidade negra. Olívia reclama da falta de informações acerca dos grupos sociais que compõem o banco de dados do Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (Redome). “Vamos solicitar do Instituto Nacional do Câncer que disponibilize aos hemocentros a base de dados sobre o perfil genético dos doadores. É fundamental que as campanhas de doação de medula óssea sejam planejadas, garantindo equilíbrio e a diversidade de doadores”, diz.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Miss Universo 2011 sofre racismo


A Miss Universo 2011, Angolana Leila Lopes, sofreu ofensa Racista de admiradores de Adolf  Hitler por ser negra. Mensagens em português e em inglês, postadas num site que se define nacionalista branco e possui adeptos do ditador nazista Adolf Hitler compararam a ganhadora do título de mais bela do mundo a uma “macaca”.
Declarou a nova Miss Universo ” Felizmente, o racismo não me atinge, pois são as pessoas racistas que tem um problema. Devemos nos respeitar, independente de sexo, cor ou classe social.
OFENSAS  COVARDES;- ” Angolana? Depois falam que não é resultado arranjado, é pura cota, podia ter posto uma macaca para competir que ganharia também, foi totalmente aleatório mas tinha que ser uma das pretinhas, pela mor… Alguém assistiu essa porcaria? Sério?” escreve um integrante da comunidade brasileira do site, que utiliza o símbolo da suástica nazista, abaixo de um pseudônimo.

Gabriel o Pensador - Racismo é burrice


Salve, meus irmãos africanos e lusitanos, do outro lado do oceano
"O Atlântico é pequeno pra nos separar, porque o sangue é mais forte que a água do mar"
Racismo, preconceito e discriminação em geral;
É uma burrice coletiva sem explicação
Afinal, que justificativa você me dá para um povo que precisa de união
Mas demonstra claramente
Infelizmente
Preconceitos mil
De naturezas diferentes
Mostrando que essa gente
Essa gente do Brasil é muito burra
E não enxerga um palmo à sua frente
Porque se fosse inteligente esse povo já teria agido de forma mais consciente
Eliminando da mente todo o preconceito
E não agindo com a burrice estampada no peito
A "elite" que devia dar um bom exemplo
É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento
Num complexo de superioridade infantil
Ou justificando um sistema de relação servil
E o povão vai como um bundão na onda do racismo e da discriminação
Não tem a união e não vê a solução da questão
Que por incrível que pareça está em nossas mãos
Só precisamos de uma reformulação geral
Uma espécie de lavagem cerebral

Racismo é burrice

Não seja um imbecil
Não seja um ignorante
Não se importe com a origem ou a cor do seu semelhante
O quê que importa se ele é nordestino e você não?
O quê que importa se ele é preto e você é branco
Aliás, branco no Brasil é difícil, porque no Brasil somos todos mestiços
Se você discorda, então olhe para trás
Olhe a nossa história
Os nossos ancestrais
O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura, então por que o preconceito?
Barrigas cresceram
O tempo passou
Nasceram os brasileiros, cada um com a sua cor
Uns com a pele clara, outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura
Então presta atenção nessa sua babaquice
Pois como eu já disse racismo é burrice
Dê a ignorância um ponto final:
Faça uma lavagem cerebral

Racismo é burrice

Negro e nordestino constróem seu chão
Trabalhador da construção civil conhecido como peão
No Brasil, o mesmo negro que constrói o seu apartamento ou o que lava o chão de uma delegacia
É revistado e humilhado por um guarda nojento
Que ainda recebe o salário e o pão de cada dia graças ao negro, ao nordestino e a todos nós
Pagamos homens que pensam que ser humilhado não dói
O preconceito é uma coisa sem sentido
Tire a burrice do peito e me dê ouvidos
Me responda se você discriminaria
O Juiz Lalau ou o PC Farias
Não, você não faria isso não
Você aprendeu que preto é ladrão
Muitos negros roubam, mas muitos são roubados
E cuidado com esse branco aí parado do seu lado
Porque se ele passa fome
Sabe como é:
Ele rouba e mata um homem
Seja você ou seja o Pelé
Você e o Pelé morreriam igual
Então que morra o preconceito e viva a união racial
Quero ver essa música você aprender e fazer
A lavagem cerebral

Racismo é burrice

O racismo é burrice mas o mais burro não é o racista
É o que pensa que o racismo não existe
O pior cego é o que não quer ver
E o racismo está dentro de você
Porque o racista na verdade é um tremendo babaca
Que assimila os preconceitos porque tem cabeça fraca
E desde sempre não pára pra pensar
Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinar
E de pai pra filho o racismo passa
Em forma de piadas que teriam bem mais graça
Se não fossem o retrato da nossa ignorância
Transmitindo a discriminação desde a infância
E o que as crianças aprendem brincando
É nada mais nada menos do que a estupidez se propagando
Nenhum tipo de racismo - eu digo nenhum tipo de racismo - se justifica
Ninguém explica
Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse lixo que é uma herança cultural
Todo mundo que é racista não sabe a razão
Então eu digo meu irmão
Seja do povão ou da "elite"
Não participe
Pois como eu já disse racismo é burrice
Como eu já disse racismo é burrice

Racismo é burrice

E se você é mais um burro, não me leve a mal
É hora de fazer uma lavagem cerebral
Mas isso é compromisso seu
Eu nem vou me meter
Quem vai lavar a sua mente não sou eu
É você.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Indicadores sociais da população negra têm melhoras, mas condições de vida seguem inferiores às dos brancos

Os índices de escolaridade, renda e pobreza da população negra registraram melhoras entre 1996 e 2006, mas as condições de vida continuam inferiores às dos brancos no Brasil. A avaliação é de estudo sobre desigualdade racial e de gêneros divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Os brancos ainda vivem com quase o dobro da renda mensal per capita dos negros - pouco mais de um salário mínimo a mais e população negra é menos protegida pela Previdência Social do que os brancos - especialmente no caso da mulher negra - e começa a trabalhar mais cedo para se aposentar mais tarde.
"A renda dos negros é extremamente baixa comparada à dos brancos, e está muito próxima ao valor do salário mínimo", "O comportamento da renda dos brancos é definido por negociação coletiva ou fluxos do mercado de trabalho. Então, nesses últimos 13, 14 anos, acompanhou a queda na renda média da população. Já a dos negros está associada à evolução da política do salário mínimo."
O fim da escravidão sem a criação de um mercado de trabalho que absorvesse a mão-de-obra negra e herança de concentração fundiária na mão de ricos produtores agrícolas privaram a população negra de acesso a "mecanismos democráticos de ascensão social, econômica e cultural".


"A sociedade brasileira foi constituída em três séculos de colonização e quatro de escravidão. Isso gerou uma estrutura de segregação absoluta que foi sendo superada ao longo do século 20, mas não na velocidade necessária para democratizá-la",. "Não temos mecanismos para distribuir a renda. É como se no século 21, ainda vivêssemos em uma sociedade escravocrata."

Diretora de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro da Fundação Palmares, Bernardete Lopes defende que o estudo do Ipea é importante para provar à sociedade que os preconceitos raciais não foram superados no Brasil. "Acho que essa pesquisa vai fazer algumas pessoas entenderem quando dizemos que o país precisa de ação afirmativa e precisa de cotas, porque mostra que não vivemos numa democracia racial, e que a discriminação não era pela pobreza, mas sim pela raça e pela cor", afirma.

De república, a gente só tem o nome"


As melhorias no acesso à educação formal também não foram capazes de acabar com a desvantagem dos negros em relação aos brancos na escolaridade. Enquanto 58,4% dos brancos estavam em 2006 matriculados no ensino médio com idade adequada para o curso, apenas 37,4% dos negros estavam no mesmo patamar, revelam os dados do Ipea.

"A República nunca criou um sistema universal de igualdade pela educação; nossa educação nunca foi republicana. A abertura da universidade para a qualificação dos mais pobres, na sua maioria negros e miscigenados, é muito recente", diz o sociólogo.
"Políticas adotadas gradativamente, como as cotas para alunos de escolas públicas e negros, estão tentando corrigir esse desvio histórico na sociedade brasileira, mas ainda não passam da superfície", . "De república, a gente só tem o nome."