TIRE O SEU RACISMO DO CAMINHO QUE EU QUERO PASSAR COM A MINHA COR. Georges Najjar Jr

terça-feira, 29 de novembro de 2011

É sempre bom lembrar: Alcides do Nascimento Lins, menino pobre, 1º lugar na UFPE

Alcides do Nascimento Lins era um menino de família humilde, negro e exemplo de superação. Passou em 1º lugar para o curso de Biomedicina na UFPE, filho de uma ex-catadora de lixo, morava com a mãe e três irmãs em um bairro simples do Recife.

Alcides foi o orgulho da família e de toda comunidade onde morava aos 22 anos ele foi brutalmente assassinado por dois marginais que segundo testemunhas, procuravam outro jovem que morava ao lado de sua residência, ele foi morto na porta de casa com dois tiros em 2010.

Um dos assassinos de Alcides foi a júri popular este ano e foi condenado a 25 anos de prisão e o outro, menor de idade na época, paga medida sócio-educativa pela brutalidade que cometeu, mesmo já tendo cometido outro crime antes.

A história do estudante Alcides foi imortalizada no livro "Alcides: o trágico fim de um sonho" de autoria do jornalista Raphael Guerra.

Essa é uma história para se refletir, a superação de um menino de família humilde, negro, que consegue superar todas as dificuldades e passa em 1º lugar num curso muito concorrido na UFPE e anos depois é morto por meninos, provavelmente, de família humilde, negros. Ou seja, meninos que provavelmente tinham a mesma realidade de Alcides, mas que seguiram um caminho o os levaram a assassinar um grande exemplo de superação e vitória.

Vanessa Santana

domingo, 27 de novembro de 2011

Feira de Livros Usados GVCLC na Biblioteca Pública


Feira de Livros Usados GVCLC na Biblioteca Pública

Na próxima segunda-feira (28), acontece a abertura da  6ª edição da Feira de Livros Usados do Grupo de Voluntários Copistas e Ledores para Cegos  (GVCLC) na Biblioteca Pública do Estado da Bahia. A organização promete vários títulos de ótima qualidade a preços baixíssimos! Além da venda de livros, a programação do evento inclui apresentação musical e recital de poesia confira:


28/11 às 10h - Abertura da Feira

30/11 às 17h - Programação musical com Eduardo Sanches e recital de poesia.


Onde: Quadrilátero (térreo)
Quando: de 28/11 a 02/12, das 9 às 20h
Informações:  gvclc@yahoo.com.br / (71) 3117-6020 ou (71) 9999.4974  - Andrade dos Santos - Presidente do GVCLC.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

UnB já formou mais de 1 mil universitários pelas cotas

O programa de cotas para negros da Universidade de Brasília (UnB) completou sete anos com um saldo de 1.024 cotistas formados. Desde o segundo semestre de 2004, quando a primeira turma de estudantes aprovada pelo sistema iniciou suas aulas na instituição, 6.180 candidatos cotistas já se matricularam na universidade. Para a reitoria, o programa – o primeiro de uma universidade federal – é símbolo de sucesso.

“Estamos no meio do processo, mas o programa é de grande sucesso e tem atingido as metas. Ele está de acordo com o compromisso público e social da universidade”, afirma a decana de Graduação da UnB, Márcia Abrahão. Em três anos, a instituição terá de fazer uma avaliação dos resultados do programa e definir se o mantém ou não.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Países ibero-americanos criam fundo para reparar história do povo negro.


Ao fim do Encontro Ibero-americano do Ano Internacional dos Afrodescentes (Afro XXI) neste sábado os países da região acordaram a criação de um fundo com contribuições voluntárias para financiar projetos dedicados à preservação cultural africana, que servirá de reparação histórica à população negra.



O fundo será administrado pela Secretaria-Geral Ibero-Americana (Segib), referendou a declaração assinada no encerramento do evento realizado aqui em Salvador, que teve a presença de quatro presidentes e altos representantes de 16 países latino-americanos e africanos.

Entre as autoridades que participaram do encontro realizado por causa do Ano Internacional dos Afrodescendentes estavam a presidente Dilma Rousseff; o mandatário uruguaio, José Mujica; da Guiné, Alpha Condé, do Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca; e o primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Cultura negra é cada vez mais presente no visual e nas músicas


Brasília  - A expressão “orgulho de ser negro” foi abolida do vocabulário de muitas pessoas por medo do preconceito. Com o passar do tempo, porém, o resgate cultural fez com que os negros assumissem a “negritude” na maneira de ser. Cada vez mais difundida entre os jovens brasileiros, a cultura afro está presente no visual, nas preferência musicais, nos estudos e na religião.


Por influência da mãe, o motoboy Calleb Augusto do Nascimento, de 22 anos, começou a se engajar no movimento negro há quatro anos. O conhecimento do mundo afro fez com que o rapaz mudasse seu estilo e assumisse suas preferências musicais, no caso, o reggae. “Fiz o rasta [penteado característico dos apreciadores do reggae] para me diferenciar, quis mostrar meu estilo black. Se você for ver, 80% dos homens negros têm cabelo rapado. Eu sou o único entre os meus amigos [que tem esse visual]”. Para ele, o negro está conseguindo conquistar o seu espaço, pois está mais “desinibido para isso”.

Representantes das religiões de matriz africana querem respeito


O Coletivo de Entidades Negras (CEN) coordenou a 7ª Caminhada pela Vida e Liberdade Religiosa, que saiu do final de linha do Engenho Velho da Federação em direção ao Dique do Tororó, na manhã de domingo, 20.
O público foi  menor do que em outros anos o que, segundo a coordenação, resultou do horário simultâneo com o da 11ª Caminhada da Liberdade. A ialorixá do terreiro Abassá de Ogum, Jaciara dos Santos, uma das organizadoras,  explicou que a caminhada tem o objetivo de combater  a intolerância religiosa.
“Na cidade mais negra da América Latina, ainda tenho que lidar no dia a dia com o preconceito e a intolerância religiosa. Me sinto constrangida em ter que ir às ruas pedir liberdade de culto”, disse.
Ela relatou que só este ano na capital baiana já foram registradas  35 queixas de intolerância religiosa. O tata de inquice  Ricardo Tavares, do terreiro de Lemba, localizado em Camaçari, conta que a caminhada faz parte de um processo de conscientização.
“A gente não quer ser tolerado. A gente quer ser respeitado. Porque quando você tolera quer dizer que você convive porque é  obrigado. O respeito vem de dentro e sinaliza que você aceita a diferença”.


FONTE: ATARDE ONLINE


Chimamanda Adichie: O perigo de uma única história



segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Beckham contesta Blatter sobre racismo e se diz "espantado"


"Racismo não pode ser varrido para baixo do tapete e nem ser resolvido por um aperto de mão", diz o jogador inglês

O meia David Beckham, do Los Angeles Galaxy, endossou as críticas ao presidente da Fifa, Joseph Blatter, e deixou claro seu repúdio às declarações do dirigente sobre racismo no futebol.



Leia mais: Após declarações sobre racismo, ministro pede denúncia de Blatter

Jogador brasileiro é vítima de racismo na Grécia. Enquanto isso o presidente da Fifa Joseph Blatter vem a público dizer que não existe racismo no futebol! Lamentável!


Lateral-esquerdo Edimar, do Skoda Xanthi, sofreu agressões verbais da torcida na partida contra o PAS Giannina
O lateral-esquerdo brasileiro Edimar é mais uma vítima de racismo nos estádios europeus neste domingo. Na partida em que sua equipe, o Skoda Xanthi, venceu fora de casa o PAS Giannina por 2 a 0 pelo Campeonato Grego, o ex-cruzeirense sofreu com o péssimo comportamento dos torcedores.
- Toda vez que eu tocava na bola a torcida imitava um macaco. Deu uma tristeza danada e como sou o único negro do time foi duro ver aquilo. Como fiz também um gol, pegaram ainda mais. Fiquei muito tirste com o que ocorreu - disse Edimar.
O lateral-esquerdo tem 25 anos e está há uma temporada no Skoda Xanthi. O jogador foi revelado pelo Cruzeiro e passou por Cluj, da Romênica, e pelo Braga, de Portugal.


Fonte: LANCENET

Um dos maiores pintores brasileiro do século XX e um dos promotores da Semana de Arte Moderna de 1922. Di Cavalcante ousou ao pintar a sensualidade das mulatas.


“Este aí pintou e bordou”. Assim, o escritor Rubem Braga se referia a Di Cavalcanti: Baixinho gorducho (90kg), Di Cavalcanti fez na época uma corajosa e inovadora afirmação da arte brasileira. Ao lado de Anita Malfatti e Tarsila do Amaral foi um dos precursores da geração de pintores modernistas, some-se a isso um sensualismo cálido, um domínio vigoroso do desenho, além do uso forte e elegante da cor. É notável ainda a habilidade com que Di Cavalcanti trabalha as cores esmaecidas. Quem vê o quadro conclui que a mulata de seios parcialmente desnudos é a protagonista da história, perto dela, os demais sambistas, nenhum pintado de corpo inteiro, mais parecem uma extensão do fundo do quadro.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

ONG: negro sofre 'discriminação institucionalizada na saúde. durante exames", Há o receio de alguns médicos de tocar o paciente, pelo fato de ser negro. Quer dizer, os negros pagam seus impostos para a saúde, mas quando necessitam do serviço, os médicos nem os tocam. Já passei por isso. É lamentável!

COMO VÁRIOS OUTROS SERVIÇOS, O SUS É RACISTA!. Além de ter menos acesso a planos de saúde do que brancos, a população negra também sofre uma "discriminação institucionalizada" nos serviços públicos de saúde do País, segundo o diretor do Fundo Baobá, Athayde Motta. "De alguma forma, os serviços do Estado reproduzem o preconceito de parte da sociedade. Pesquisas mostram que nos locais onde a maior parte da população é negra o serviço tende a ser pior", diz Motta.

Brancos têm 2 vezes mais acesso a planos de saúde que negros


A população branca tem duas vezes mais acesso a planos de saúde em comparação aos negros, no Brasil. Os dados são do Instituto Data Popular, em uma pesquisa feita parceria com o Fundo Baobá. Segundo a pesquisa, 15,2% dos negros têm plano de saúde, contra 31,3% dos brancos. Para Athayde Motta, diretor do fundo, que levanta recursos para projetos voltados à população negra, "o acesso aos serviço é em geral pior para os negros, que vivem em locais mais distantes, onde o tratamento não é de qualidade".

Dos dez municípios com maior concentração de negros no país, oito são baianos. Salvador é acidade mais negra fora da África, e infelizmente podemos considera-la como a capital do racismo. E os próprios indicadores sociais indicam isso, os negros sempre encabeçando as estatísticas negativas. Lamentável!



Dos dez municípios com as maiores concentrações de pessoas de cor preta, oito estão na Bahia. Em Antônio Cardoso, por exemplo, essa parcela da população representa mais da metade (50,7%) do total de 11.554 moradores. Por outro lado, há municípios onde quase a totalidade dos habitantes se diz branca. É o caso de Montauri e de Três Arroios, no Rio Grande do Sul, onde 99,2% da população se classificam dessa forma. São João da Ponta, no Pará, é a cidade do país com a maior proporção de pardos (90,1% dos habitantes).

Segundo a gerente de Coordenação de População e Indicadores Sociais, Ana Lucia Sabóia, a realidade apontada pelos Indicadores Sociais Municipais do Censo Demográfico 2010, divulgados nesta quarta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), reforça a diversidade étnica do país e corrobora as diferenças regionais.

Medalha Zumbi dos Palmares - Ministra Luiza Bairros foi escolhida para receber a honraria


A medalha Zumbi dos Palmares será entregue nesta quinta-feira (17) à ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros. A honraria é outorgada à pessoas, grupos ou entidades que se destacam no combate às práticas de racismo e na defesa da cultura afro-brasileira. A cerimônia de entrega está marcada para às 19h na Câmara Municipal de Salvador, na Praça da Sé. 


Luiza Bairros nasceu no Rio Grande do Sul e desde 1979 é ativista do movimento negro e assumiu a Seppir em janeiro deste ano. A medalha, que integra uma série de atividades ligadas ao Novembro Negro, na capital baiana, surgiu de um proposição da vereadora Vânia Galvão. 



" Luiza Bairros representa para todos nós baianos e baianas, em especial para a população negra, a vitória de ideais. Esta medalha é a ratificação de um merecimento pela sua resistência e pela sua coragem de enfrentar de forma digna e firme a realidade do racismo e por sua incansável defesa da valorização da cultura negra em nosso estado, em nosso país", declarou

Cinzas de Abdias Nascimento são depositadas na Serra da Barriga. Cerimônia reuniu lideranças e militantes do movimento negro no Brasil


O ativista negro Abdias Nascimento, ex-senador, ex-deputado federal, fundador do Movimento Negro Unificado, defensor da cultura e da igualdade das populações, falecido no mês de maio último, foi homenageado neste domingo, 13, na Serra da Barriga, em União dos Palmares, com a presença de vários militantes e ativistas da causa negra.
Compareceram ao ato lideranças da Nigéria, do Brasil e do Estado, que foram acompanhar o cortejo do enterro das cinzas do ativista, atendendo a um pedido de Abdias. Familiares, os três filhos, a ex-esposa Léa Garcia, atriz da Rede Globo e a última esposa Elisa compareceram ao local e realizaram um ato político que durou várias horas, com discursos, homenagens, recitação de um poema de Abdias pelo ator Chico de Assis, cantorias e falas do secretário de Cultura, Osvaldo Viégas, que foi representando o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).
O presidente da Fundação Palmares, Eloi Ferreira de Araújo, foi uma das primeiras autoridades a chegar ao local. Ele foi acompanhado do ex-deputado Paulo Fernando dos Santos (Paulão), mas por motivo de agenda teve que sair da cerimônia antes da colocação das cinzas de Abdias, num local íngreme da Serra da Barriga, previamente escolhido por militantes da causa negra, próximo à lagoa sagrada, onde também foi plantada uma muda de baobá, árvore sagrada para os militantes.
Além da muda do baobá onde foram colocadas as cinzas de Abdias, também foi plantada uma muda da gameleira branca, outra árvore sagrada para os negros. Eloi Ferreira disse que Abdias foi um dos maiores líderes pela luta democrática do País e observou que aquela cerimônia na Serra da Barriga foi atendendo a seu desejo.  “A nação tem que se libertar dos efeitos da escravidão e o movimento que aqui vai acontecer será inesquecível para todos”, disse ele.
O presidente da Fundação Palmares revelou que a ideia da instituição é criar um ambiente na Serra da Barriga que envolva artesanato e cultura. “Estamos celebrando a vida e a obra de Abdias e queremos valorizar a cultura de raiz africana, a língua, a gastronomia e a vestimenta. Os indígenas e negros que aqui viveram constituíram uma matriz de identidade nacional. A luta dos escravos e brancos pela liberdade contra a repressão, observou.
“Reconhecemos a importância do Quilombo dos Palmares, não apenas pelos negros e brancos que eram oprimidos na época. Queremos fazer aqui um espaço permanente de atividades, estamos nessa briga. Há um interesse dos estrangeiros, é um espaço diferenciado que merece ser visitado e há o compromisso do governador em viabilizar o acesso.
Agenda
A representante do escritório da Fundação Palmares em Alagoas, Genisete de Lucena Sarmento, que tomou posse recentemente, disse que no mês da consciência negra o mundo se volta para a Serra da Barriga. “A partir de 2012 vai ser diferente. Assumimos o compromisso de iniciar alguma atividade já no dia 6 de fevereiro e durante o ano todo daremos mais atenção à Serra, aos nossos antepassados”, ressaltou Genisete.
A representante alagoana do escritório da Fundação Palmares disse ainda que há uma parceria entre a Prefeitura de União dos Palmares e o governo federal, por intermédio da Fundação Palmares e o governo do Estado.
Ela explicou que o DER, na pessoa do seu diretor Iran Menezes, se comprometeu a sentar com a Fundação e a prefeitura de União dos Palmares, para que conversar sobre a manutenção da estrada de acesso à Serra da Barriga e propôs que essa manutenção seja feita de três em três meses. “Vamos lutar para que o local tenha acessibilidade e visibilidade, funcionando todos os dias”, observou.
Participaram da homenagem para Abdias Nascimento, além dos ativistas negros, o grupo Ilê Aye da Bahia estava na Serra da Barriga com o toque inconfundível de seus tambores, a ministra da Igualdade Racial, Luíza Bairros, a secretária da Mulher, Kátia Born, o secretário de Cultura do Estado, Osvaldo Viégas, o secretário de Cultura do município, Elson Davi (representando o prefeito Areski Freitas), entre outras autoridades e lideranças.
 A Iyalorixá Mãe Neide Oyá D’Oxum, do Grupo União Espírita Santa Bárbara (Guesb), assumiu o restaurante do local e preparou o almoço que foi servido aos visitantes e participantes do ato em homenagem a Abdias Nascimento.

Rota dos Baobás
O ativista negro Antônio Carlos Santos Silva, o TC, disse que pretende implantar A Rota dos Baobás em Alagoas e falou com exclusividade à reportagem do portal Tribuna Hoje a respeito do projeto. Ele disse que a proposta nasceu em Campinas e objetiva fazer o georeferenciamento dos quilombos no Brasil.
“O projeto visa integrar as ações de articulação da Rede Mocambos, que integra aproximadamente 80 comunidades, em 15 estados brasileiros, em sua maioria comunidades quilombolas, urbanas e rurais e também entidades culturais e de terreiros”.
Segundo ele, a Rede Mocambos também vem fortalecendo a integração entre muitos pontos de cultura e ações do Programa Cultura Viva, “ações de inclusão digital entre vários ministérios e interação com outras redes de comunicação social nas comunidades quilombolas”, explica.
Segundo TC, o baobá é um elemento simbólico, “que nos remete à nossa ancestralidade e tradições. O objetivo de Antônio Carlos é plantar 480 baobás, indicando os 480 anos que marcam a chegada dos primeiros negros no quilombo.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Blatter nega que exista racismo no futebol e enfurece atletas negros. Talvez ele ande muito ocupado extorquindo dinheiro dos dirigentes de confederações de futebol pelo mundo, e assim não consiga enxergar o racismo no futebol. Lamentável!


Em meio às acusações sobre posturas racistas no futebol inglês, envolvendo o zagueiro John Terry e o atacante Luis Suárez, o presidente da Fifa Joseph Blatter disse desacreditar que os atletas acusados tenham, de fato, ofendido seus adversários dessa maneira. Tal posicionamento rendeu ao dirigente duras críticas de jogadores negros, uma vez que sua recomendação para solucionar os casos foi um aperto de mão entre os atletas.
Nesta quarta-feira, o atacante uruguaio Suárez foi acusado formalmente pela FA (Associação de Futebol da Inglaterra) por ter dirigido xingamentos de conteúdo racista ao lateral esquerdo do Manchester United, Patrice Evra. Além do sul-americano, o capitão da seleção da Inglaterra e do ChelseaJohn Terry, foi denunciado pelo zagueiro Anton Ferdinand, do Queens Park Rangers, por ter cometido o mesmo delito.
Para Blatter, os xingamentos e as ofensas entre os atletas durante uma partida são normais e todos esses casos, que tomaram grandes proporções na Europa, não passam de mal entendidos.
"Não existe racismo no futebol. Eu acho que o mundo todo está ciente dos esforços que vêm sendo feitos contra o racismo e a discriminação. No campo de jogo, às vezes você fala algo que não é muito correto, mas no final da partida, tudo está acabado e você tem o próximo para se comportar melhor. Nós estamos em um jogo, e no final, nós apertamos as mãos. É isso que acontece", declarou Joseph Blatter, em entrevista à CNN.
A postura do presidente da entidade máxima do futebol soou conivente para alguns jogadores negros ingleses, que dispararam severas críticas ao modo como o dirigente está conduzindo a delicada situação. Através da internet, atletas em atividade e aposentados demonstraram insatisfação com o mandatário e cobraram uma postura mais enérgica da Fifa.

"Alguém diga para mim que os comentários do Blatter sobre racismo estão errados, porque se não estiverem, eu estou surpreso", afirmou o incrédulo Anton Ferdinand, vítima no caso envolvendo o defensor do Chelsea, em sua página pessoal no Twitter, que ainda ironizou a fala do dirigente.
"Só queria deixar algo claro. Se um jogador ofende um árbitro, um aperto de mão ao término do jogo vai fazer com que tudo fique resolvido?", questionou o jogador do Queens Park Ranges.
Além do zagueiro, outros ídolos do futebol inglês questionaram o presidente da Fifa em suas páginas na rede social. "Senhor Blatter, seus comentários sobre racismo são doentes e condescendentes ao extremo. Você deveria se retratar", afirmou o ex-jogador Stan Collymores, que foi acompanhado pelo meia do Aston Villa, Jermaine Jenas.
"Como o maior chefe do futebol mundial pode ser tão ignorante com relação ao racismo? Os comentários de Joseph Blatter são ridículos. Eduque a si mesmo", completou o armador, dando uma mostra das severas críticas que o dirigente sofreu na Inglaterra.

Gazeta 16/11/2011

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Afro XXI discute a realidade da população negra


Nesta quarta-feira (16), líderes da sociedade civil, de governos e parlamentares de países ibero-americanos e africanos participam do Encontro Ibero-americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes (Afro XXI), no Centro de Convenções da Bahia, em Salvador. A abertura do evento será na quinta-feira (17) com encerramento marcado para o sábado (19).

O Afro XXI vai refletir sobre a realidade da população negra nos países participantes e propor ações que assegurem os direitos dos povos afetados pelo racismo. Todas as vagas para participação no evento já foram esgotadas, mas abertura e o encerramento, além de algumas das principais palestras e debates, serão disponibilizados em tempo real no site do encontro, onde também está toda a programação do Afro XXI.

Flagrante de Racismo descarado em agência bancária

Infelizmente esse vídeo retrata com muita propriedade o que ocorre diariamente nas inúmeras agencias bancarias pelo Brasil, discriminando e constrangendo pessoas negras que mesmo sendo clientes, ou seja, pagam aos bancos, são barradas ao tentar entrar nessas agencias, pois são consideradas potenciais ameaças. Flagrante lamentável! Pior é saber que essas instituições, ou melhor, esses centros de racismos, são os que mais lucram no País, as custas do povo, com a conivência do estado que não os puni quando cometem esses atentados sociais.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Ilê Aiyê abre inscrições para sua Deusa do Ébano


O Ilê Aiyê abriu as as inscrições para a Deusa do Ébano. A candidata deve ir à Senzala do Barro Preto, Curuzu e levar uma fotografia. Podem se inscrever mulheres negras de 18 a 30 anos. Segundo a produção  do concurso, as garotas devem ser bonitas, saber dançar e conhecer a trajetória do Ilê Aiyê, do Carnaval aos projetos sociais.
Símbolo do Ilê Aiyê, a Deusa do Ébano desfila durante o Carnaval e representa a entidade em eventos sociais, inclusive, fora do País. Cerca de 15 candidatas são escolhidas como finalistas e disputam o título em noite de festa e celebração, a Noite da Beleza Negra, que acontece em janeiro. Mais informações no telefone 2103-3400 e ileaiye@ileaiye.org.br.

Salvador tem maior número de negros no País


Salvador é a cidade com maior número de negros do País. Com 743,7 mil pessoas, a capital baiana está na frente de São Paulo (736 mil) e Rio de Janeiro (724 mil). A constatação faz parte do Mapa da População Preta & Parda no Brasil segundo os Indicadores do Censo de 2010, divulgado nesta segunda-fera (14).

Já considerando o número de negros e pardos, Salvador aparece na terceira colocação, com cerca de 2,7 milhões. A capital paulista é a cidade com maior registro, com cerca de 4,2 milhões, seguido do Rio de Janeiro (cerca de 3 milhões).  Segundo o estudo, o número de municípios onde os domicílios tinham maioria de pretos e pardos aumentou 7,6pontos percentuais, entre 2000 e 2010, ao passar de 49,2% para 56,8%. 

No Norte e no Nordeste, respectivamente, 97,1% e 96,1% dos municípios eram formados por maioria preta e parda. No Centro-Oeste, esse percentual chegava a 75,5%, no Sudeste, a 37,1% e, no Sul, a apenas 2,3%. Cunhataí, em Santa Catarina, é a única cidade brasileira sem a presença de pessoas que se declararam pretas.

Estudo - Em 1.021 cidades (18,3% do total), pretos e pardos eram mais de 75% da população. O estudo foi elaborado pelo Laboratório de Análises Econômicas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais (Laeser), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O percentual de pessoas que se declararam pretas passou de 6,2% para 7,6% em uma década. O aumento foi maior entre as que se declararam pardas, de 38,5% para 43,1% no mesmo período. Em 2010, aproximadamente 91 milhões de pessoas se classificaram como brancas, 15 milhões como pretas, 82 milhões como pardas, 2 milhões como amarelas e 817 mil como indígenas.

O coordenador da pesquisa, Marcelo Paixão, acredita que os indicadores com base no Censo 2010 foram influenciados pelo processo de valorização da presença afrodescendente na sociedade brasileira e pela adoção das políticas afirmativas. “Esses dados demonstram não só uma mudança demográfica, mas também política, social e cultural, porque expressa uma nova forma de visibilidade da população negra brasileira ao estimular que as pessoas assumam sua cor de pele de uma maneira mais aberta.”

O censo, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a cada dez anos, introduziu, em 2010, a pergunta sobre cor ou raça para todos os domicílios e não mais por amostra, como era feito anteriormente. Segundo Marcelo Paixão, a comparação dessa informação com dados futuros do IBGE, como a Pesquisa Nacionalpor Amostra de Domicílios (Pnad) do ano que vem e o Censo de 2020, será muito útil para traçar um perfil mais fiel da população.

“O interessante para 2020 é verificar se esse percentual da população preta e parda no Brasil vai continuar aumentando. Porque é claro que tem também uma população que não é negra. O ideal é que as bases de dados expressem melhor o perfil da população brasileira, que corresponda à realidade”, disse o economista.

fonte:Agência Brasil - 
14/11/2011

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

VOCÊ ESTÁ CONVIDADO PARA A ABERTURA DO MUSEU NACIONAL DA CULTURA AFRO BRASILEIRA - MUNCAB. DIA 13/11/11, ÁS 13:OO HORAS, ENTRADA FRANCA. Rua do Tesouro, s/n Centro Histórico Telefone: 3321-6722




O Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira será aberto ao público baiano no dia 13 de novembro, como parte das comemorações pelo Dia Nacional da Consciência Negra. Pelo menos dois andares do prédio neoclássico do antigo Tesouro do Estado, no Centro Histórico, sede do museu, serão ocupados por três grandes exposições. A primeira é a Coleção Inicial do Muncab, que abrange cerca de 260 obras relacionadas com a ancestralidade africana e a contemporaneidade, adquiridas como primeiro acervo do museu.
Além disso, a mostra será integrada por uma seleta de fotografias do antropólogo francês Pierre Verger e uma coleção de peças de origem africana pertencente ao acervo do artista plástico argentino-baiano Carybé. A segunda mostra, O Escultor do Sagrado, homenageia o renomado escultor baiano Mestre Didi, que está completando 94 anos, reunindo cerca de 70 peças de sua produção. Finalmente, a terceira exposição, Nós, os Afrodescendentes, será inaugurada no dia 17 de novembro, abrangendo fotografias de personalidades brasileiras de origem africana, entre os quais Teodoro Sampaio, Luiz Anselmo, Juliano Moreira e Luiz Gama. Esta mostra celebra o encerramento do Ano Internacional dos Povos Afro Descendentes, instituído pela Onu em 2011, e terá como grande homenageado o Monsenhor Gaspar Sadock.

Ações afirmativas promovem igualdade de disputa


Pesquisadora defende políticas públicas que coloquem brancos e negros nas mesmas condições de oportunidades

Desbravar espaços restritos exige oportunidades. A chance de mudança na vida de Amintas da Silva, 32 anos, veio de um programa de ação afirmativa. Parecia distante o sonho de se tornar um diplomata quando começou a se preparar para o concurso, um dos mais difíceis do Executivo. Ficou próximo com capacitação adequada e recursos financeiros para bancá-la.

Mitos e preconceitos

Mudar a trajetória dos negros no mercado de trabalho levará ainda muito tempo. Os 122 que separam o País do tempo em que eles eram escravos ainda não foram suficientes para colocá-los próximos da população branca no mercado de trabalho. Os dados mais recentes que traçam esse cenário são de 2008. 
 Naquele ano, diferentes pesquisas mostraram que o negro ainda ocupa menos cargos de chefia e mais vagas para trabalhos menos qualificados. De acordo com o Instituto Ethos e o Ibope, apenas 3,5% dos trabalhadores afrodescendentes eram chefes nas maiores empresas brasileiras.

Eles ainda são minoria Na escola, na universidade ou nos cargos disputados do mercado de trabalho, os negros aparecem pouco nas estatísticas

João Batista de Sousa, 57 anos, é quase uma exceção. Ao longo da vida, atingiu lugares inimagináveis pela sua família e pela sociedade onde vivia. Negro, pobre, filho de uma dona de casa e um agricultor, decidiu estudar e mudar a trajetória a que muitos à sua volta o condenavam: seguir os passos do pai.


O mineiro da cidade de Uberaba se tornou um cirurgião especialista em coloproctologia (câncer intestinal), e, hoje, acumula ainda as funções de professor e vice-reitor da Universidade de Brasília (UnB). Sempre bem-humorado, João Batista diz que costuma “não dar ouvidos ao preconceito”, que, segundo ele, o "acompanhou sempre".

Os pais de João não estudaram. O pai frequentou uma escola durante 60 dias apenas. A mãe só foi alfabetizada depois dos 40 anos. Apesar isso, eles incentivaram os filhos a seguir caminhos diferentes. Eles entraram no colégio aos 7 anos. Quem fazia corpo mole ganhava um castigo inusitado: um choque de realidade.
Para assustar os que não queriam saber de livros, o pai de João os colocava para trabalhar pesado na fazenda, ao lado dos peões. Assim, achava que faria os filhos entenderem que era preciso buscar um futuro melhor. A tática não funcionou com todos. Mas com o vice-reitor da UnB deu certo.
Sempre com boas notas, João teve momentos de dúvida. Chegou a largar a escola por alguns anos. Um acidente de cavalo, no qual quebrou o tornozelo, fez com que mudasse de ideia e começasse a sonhar com o curso mais disputado e cobiçado da cidade. Os cuidados dos médicos o encantaram. Na vizinhança, riam da vontade do menino. Era impensável que um jovem negro e de família de baixa renda pensasse em dividir um espaço tão privilegiado e tão elitizado quanto um curso de medicina. O ensino superior como um todo ainda é um desafio para a população negra.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2008 mostram que, na faixa etária considerada ideal para cursar o ensino superior (entre 18 e 24 anos), 20,5% dos brancos concluíram a graduação, enquanto apenas 7,7% dos negros chegaram lá. Quando se analisa toda a população com mais de 25 anos que conseguiu um diploma de ensino superior, a situação se repete: 14,7% de brancos contra 4,7% de negros alcançaram o feito.
Quando entrou na faculdade, a Federal do Triângulo Mineiro, era possível contar nos dedos quantos negros haviam conseguido o mesmo feito. Eram cinco na época, diz João. Dentro da instituição, situações de preconceito aconteciam constantemente. Certa vez, um colega médico disse que a faculdade não prestava porque admitia negros. Depois emendou que o esforço do vice-reitor de nada adiantaria: “Ele disse que eu morreria pobre porque pobreza atrai pobreza”.
João teve dois casamentos ao longo da vida, as duas mulheres eram brancas. “O meio em que eu vivia era branco”, admite.
Influência das cotas
O vice-reitor da UnB acredita que os programas de ações afirmativas têm mudado os caminhos da juventude negra. Defende as cotas da instituição que trabalha, mas aposta que será preciso tomar medidas mais radicais para mudar a realidade dos negros no País. “Precisamos de políticas na educação básica que coloquem todos nas mesmas condições de competição”, diz.
Talvez por influência das cotas – que não são obrigatórias, mas já foram adotadas em 91 instituições de educação superior no País – a quantidade de jovens que freqüenta a universidade aumentou nos últimos anos, mas está longe de ser igualitária. Em 1998, apenas 7,1% da população preta ou parda do País frequentava o ensino superior, enquanto 31,8% dos estudantes brancos estavam nessa fase. Dez anos depois, a taxa de negros na universidade saltou para 28,7%, quatro vezes mais. Entre os estudantes brancos, o crescimento foi menor: 60% deles estudam em algum curso de graduação.