TIRE O SEU RACISMO DO CAMINHO QUE EU QUERO PASSAR COM A MINHA COR. Georges Najjar Jr

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Governo insere 52 nomes na "lista suja" do trabalho escravo

Atualizada nesta sexta (30), o cadastro de empregadores flagrados com mão-de-obra análoga à de escravo cresceu com a entrada de 52 novos registros, chegando ao número recorde de 294 nomes. Entre os que entraram na “lista suja” estão grupos sucroalcooleiros, madeireiras, empresários e até uma empreiteira envolvida na construção da usina hidrelétrica de Jirau. A relação inclui também médicos, políticos, famílias poderosas e casos de exploração de trabalho infantil e de trabalho escravo urbano. Para ver a lista atualizada, clique aqui.

A “lista suja” tem sido um dos principais instrumentos no combate a esse crime, através da pressão da opinião pública e da repressão econômica. Após a inclusão do nome do infrator, instituições federais, como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Banco da Amazônia, o Banco do Nordeste e o BNDES suspendem a contratação de financiamentos e o acesso ao crédito. Bancos privados também estão proibidos de conceder crédito rural aos relacionados na lista. Quem é nela inserido também é submetido a restrições comerciais e outros tipo de bloqueio de negócios por parte das empresas signatárias do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo – que representam mais de 25% do PIB brasileiro.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

MA - Quilombola marcado para morrer

quilombola marcado para morrer
Uma semana depois de denunciar que o poço da comunidade em que mora foi criminosamente envenenado, o Sr. José da Cruz, liderança quilombola de Salgado, Pirapemas-MA, denuncia que dois pistoleiros foram até o quilombo para matá-lo, seu José só escapou porque não estava em casa.


No dia 16 de dezembro, seu José da Cruz acompanhado de José Patrício outro morador do quilombo de Salgado, participaram em São Luís, de uma entrevista coletiva realizada pela Comissão de Direitos Humanos da OAB, onde foi denunciado que no dia 04.12.2011, os dezoito animais que ele criava para seu sustento, foram envenenados e mortos, e que no dia 14.12.2011 o poço que a comunidade utiliza foi envenenado para matar quem bebesse da água.
Os trabalhadores rurais trouxeram mostra da água para análise e os depósitos de veneno encontrados dentro do poço.
Os acusados de toda essa violência são dois homens – Ivanilson Pontes de Araújo e seu pai Moisés Araújo que desde 1982 travam um conflito possessório com a comunidade. Em outubro de 2010, o juiz da Comarca de Cantanhede concedeu manutenção de posse em favor das famílias, no entanto, os dois acusados insistem em desrespeitar a ordem judicial.
Durante a entrevista coletiva, José Patrício denunciou que Ivanilson o teria ameaçado dizendo que se ele e outros moradores da comunidade continuassem a fazer roças iriam "pagar caro" por isso.
A situação é ainda mais preocupante, porque há dois dias a delegacia de Pirapemas está fechada e os quilombolas não conseguem registrar qualquer ocorrência policial. Além de tudo isso, o escrivão de polícia foi visto dirigindo o carro de um dos acusados.

Apesar do impasse com bispo, lavagem da escadaria será feita


lavagem da escadaria
Ele relatou ao Diário Online o esforço da Casa de Candomblé Ilê Afro Axé Orixá, que participa desde o início das manifestações, juntamente com entidades ligadas à cultura afro-descendente na cidade como o Imnegra (Instituto da Mulher Negra do Pantanal), IMKOP (Instituto Madê Korê Odara do Pantanal), grupo de capoeira Cordão de Ouro, a seccional da FECAMS (Federação de Cultos Afro-brasileiros e Ameríndios de Mato Grosso do Sul) e Acoglet (Associação de Gays Lésbicas e Travestis) para sensibilizarem a maior autoridade católica local a repensar a decisão. Segundo o babalorixá na última sexta-feira, 23 de dezembro, após uma reunião na sede do Imnegra, uma delegação foi escolhida para dialogar com o bispo diocesano de Corumbá, Dom Martinez Alvarez.

"Fomos até à casa do bispo que nos recebeu muito bem, entretanto, ele manteve a decisão de não permitir a realização da missa, inclusive recebi uma pergunta dele me questionando por que não lavávamos a escadaria da igreja evangélica. Lembrei ao bispo que não foi o evangélico que pegou o negro contra a vontade dele e o batizou na época do Brasil colônia, tirando o nome original para substituir pelo nome derivado do santo católico do dia do batismo. Lembrei que quem lavava as igrejas, quem bordava as vestimentas dos sacerdotes católicos, quem colhia as uvas para se transformarem no vinho da consagração eram os negros", disse, e aproveitou para também fazer questionamentos.

Classismo, sexismo, escravismo, racismo, xenofobismo, homofobismo e especísmo


homem-vitruviano
José Eustáquio Diniz Alves

O teocentrismo dominou o pensamento ocidental por mais de mil anos. O livro do Gênesis descreve a criação do mundo por Deus da seguinte forma: No primeiro dia, Deus criou a luz. No segundo dia, criou o firmamento. No terceiro dia, separou as águas da terra e mandou a terra fornecer ervas, plantas e árvores frutíferas. No quarto dia, criou luzes no firmamento para separar a luz da escuridão e marcar dias, estações e anos. No quinto dia, mandou o mar se encher de criaturas vivas e os pássaros voarem pelos ares. No sexto dia, mandou a terra produzir criaturas vivas (animais domésticos, répteis e animais selvagens segundo as diversas espécies) e, por último, criou o ser humano (primeiro o homem e depois a mulher) à sua própria imagem e semelhança, ordenando: "Frutificai, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra." No sétimo dia Deus descansou.
Esse teocentrismo traz em seu bojo uma visão antropocentrica (teo-antropocentrismo), pois, segundo esse mito do surgimento do mundo, o ser humano foi criado à imagem de Deus, possuindo uma missão de se multiplicar e dominar a Terra e todas as espécies vivas do mundo. Mas, na tradição bíblica, embora o "Homem" tenha sido criado à imagem e semelhança de Deus ele não possui os poderes divinos, já que foi condenado a ter uma vida de sofrimentos na Terra, devido ao Pecado Original que provocou a expulsão de Adão e Eva do Paraíso. Somente pelo esforço, as penitências, as orações, os sacrifícios e muito trabalho o ser humano poderia conseguir a reabilitação divina e atingir, depois da morte, a vida eterna no paraíso perdido. A principal lição do teocentrismo-antropocentrico é que a natureza - criada por uma Força Superior – é imutável e que o ser humano é incapaz de alterar a ordem natural do mundo e tampouco a sua própria condição na Terra. Além do mais, a ordem hierarquica da natureza se reproduzia na sociedade humana, sendo que os reis (e a nobreza) tinham seus privilégios e riqueza atribuídos à origem divina e o clero tinha os privilégios de quem, supostamente, possuia contato direto com as leis divinas.

Sakamoto - Você aguenta uma jornada de 24 horas de trabalho?


Estava demorando para acontecer, mas o que é, provavelmente, a primeira libertação de escravos em colheitas mecanizadas do Brasil foi registrada no Estado de Goiás, município de Goiatuba. Ao todo, 39 pessoas que operavam máquinas para o corte da cana cumpriam jornadas de 24 horas ininterruptas, que, somadas às 3 horas do percurso até o local, totalizavam 27 horas de trabalho. Ou seja, isso não era exceção, como em um dia de fechamento ou final de prazo no escritório. Isso era o padrão do dia-a-dia.
De acordo com Roberto Mendes, auditor fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego, que coordenou a ação, as jornadas exaustivas a que os trabalhadores eram obrigados caracterizaram o trabalho análogo à escravidão. O grupo trabalhava de domingo a domingo e tinha 21 horas de descanso entre os turnos. Também participaram o Ministério Público do Trabalho, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal.
O artigo 149 do Código Penal caracteriza o trabalho escravo de modo a abranger as diferentes formas pelas quais uma pessoa pode ser, hoje, reduzida a essa condição. Desse modo, criminaliza práticas que levem os trabalhadores a condições degradantes de trabalho (ou seja, condições em que a dignidade do trabalhador é desconsiderada) ou a jornadas exaustivas de trabalho (em que ele fica impossibilitado de recuperar suas forças, coloca em risco sua vida e causa danos ao seu relacionamento social). Também está incluído na caracterização o trabalho forçado e qualquer forma de cerceamento da liberdade de se desligar do serviço por dívida ou isolamento geográfico. A definição de trabalho escravo contida na lei não requer a combinação desses fatores para caracterizar o crime, a presença de um desses fatores já se caracteriza em crime.

Racismo: Uma doença causada pela ignorância


O problema da igualdade é que todos só a desejam com relação a quem está em situação melhor
Racismo é um jeito de ser e de pensar que acredita na existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras, normalmente relacionando características físicas hereditárias a determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais. O racismo não é uma teoria científica, mas um conjunto de opiniões pré-concebidas que valorizam as diferenças biológicas entre os seres humanos, atribuindo superioridade a alguns de acordo com a matriz racial.
A crença na existência de raças superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para justificar a escravidão, o domínio de determinados povos por outros, e os genocídios que ocorreram durante toda a história da humanidade, levando muito povos a se sentirem inferiores aos europeus.
Hoje em dia pratica-se um tipo de racismo cordial que permite a brancos e negros conviverem bem desde que cada um reconheça o seu lugar, ou melhor, desde que o negro não ouse ocupar o lugar que sempre pertenceu ao branco. No Brasil qualquer pessoa com algum juízo admite que vivemos num pais de desigualdades invencíveis, onde o preconceito e o racismo estão gravados no DNA das pessoas – mesmo que na maioria das vezes elas não percebam – e isso influencia de forma decisiva as relações interpessoais.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Salário mínimo: a partir do dia 1º de Janeiro de 2012 o valor será de R$ 622. Valor ainda vergonhoso para o povo brasileiro. Lamentavel!


A partir do dia 01 de Janeiro de 2012 o novo salário mínimo passa a ser R$ 622.
Nesta sexta-feira (23), a presidente Dilma Rousseff assinou o decreto que fixa o novo valor, foi o que informou a Secretaria de Comunicação da Presidência da República.
A proposta de reajuste do Ministério de Planejamento, enviada ao Congresso Nacional, foi que o salário mínimo passasse de R$ 545,00 para R$ 622,73. Como no ano passado o ex-presidente Lula arredondou o valor para mais, esse ano a expectativa é que fosse feito o mesmo, porém, a presidente Dilma Rousseff reduziu os centavos.
De acordo com números do governo federal, que estão na Lei de Diretrizes Orçamentárias sancionada recentemente pela presidente, o aumento de R$ 1 no salário mínimo equivale a uma elevação de gastos de cerca de R$ 300 milhões. Dessa forma, um aumento de R$ 77 representa uma despesa extra de cerca de R$ 23 bilhões para o governo.
Fonte: Top 30

Catadores: vida melhorou, mas preconceito continua


Eles querem um plano nacional de combate à violência
Catadores de materiais recicláveis e moradores de rua no país dizem que a vida melhorou, mas ainda continua o preconceito.
"Para nós, são muito claras as conquistas que tivemos. Mas só neste último ano 142 dos nossos morreram nas ruas, assassinados, além dos jatos de água e espancamentos da Polícia Militar. Quantos de nós continuarão morrendo, sendo desprezados pela sociedade?", questionou a representante do Movimento Nacional da População de Rua, Maria Lucia Santos Pereira.
Ela e outros moradores de rua participaram na manhã de quinta-feira (22) de um café com a presidente Dilma Rousseff, em São Paulo, para pedir a criação de um plano nacional de combate à violência contra essas pessoas.
Maria elogiou a atenção que a categoria tem recebido do governo federal nos últimos anos, mas criticou as autoridades locais.
"Temos conquistas federais, mas quando chega ao nível de município, nada acontece. De que forma podemos sensibilizar os prefeitos, dizer a eles que somos seres humanos", disse.
Morador de rua há 22 anos, Silvano Santos de Oliveira, de 33 anos, conta que sua vida ficou melhor nos últimos anos, mas que apesar de sua renda ter aumentado, ele ainda não consegue se sustentar satisfatoriamente e ter um lugar para morar.
"Faço reciclagem por conta própria, e assim, melhorou bastante minha vida. Recebo auxílio moradia do governo de R$ 100. Apesar de não dar para pagar um aluguel com isso, eu consigo me manter", declarou.
Silvano, que mora na Praça das Mãos, em Salvador, diz que consegue ganhar R$ 50 por semana, mas que ainda é muito pouco para sobreviver. "Está difícil, ainda mais eu que tenho uma filha de oito anos", se queixa. Apesar das dificuldades, ele se cadastrou no projeto Minha Casa, Minha Vida, e espera conseguir a casa própria. "O que eu mais quero é sair da rua".
Ex-morador de um lixão em São Paulo e hoje reciclador de materiais, João Paulo de Jesus diz que a reciclagem passou a ser o meio de sobrevivência dele, e que conseguiu até estudar com os recursos obtidos com o trabalho.
"Desde que o governo passou a desenvolver projetos voltados para a categoria, os trabalhadores passaram a ter mais dignidade", disse. "Podemos participar de projetos de capacitação, de formação de cooperativas, e isso tem ajudado muito".
Hoje, segundo o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), entre 300 mil e 1 milhão de pessoas vivem no país diretamente do recolhimento de utensílios destinados à reciclagem

Fonte: Mídia News

Obama anuncia mais R$210 mi em ajuda ao Chifre de África


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quinta-feira (22) que concederá R$ 210 milhões (113 milhões de dólares) suplementares para ajudar os países do Chifre da África a superar os efeitos da seca.
"Em nome do governo dos Estados Unidos e dos americanos, anuncio uma ajuda suplementar de R$ 210 milhões (113 milhões de dólares) urgentes para o Chifre da África", declarou Obama em comunicado.
Mais de 13 milhões de pessoas que vivem nos quatro países do Chifre da África (Etiópia, Quênia, Somália, Djibuti, afetado pela pior seca de décadas, precisam de ajuda humanitária, segundo a ONU.
Fonte: R7

Abdias Nascimento repousa no Quilombo dos Palmares junto à árvore sagrada: Iroko


Abdias Nascimento repousa em história e memória, desde 13 de novembro de 2011, na Serra da Barriga, e em seu nome foram plantadas duas árvores significativas para a população negra : o Baobá símbolo da resistência africana e o Iroko a árvore sagrada.
Abdias Nascimento é referência e referendado por sua luta, sem trégua, pela valorização da nossa história negra brasileira. Aqui e alhures.
No lugar em que hoje repousa o grande estadista negro será construído, pela Fundação Cultural Palmares, o Espaço Abdias Nascimento.
Espaço de estudo e multiplicação de conhecimentos narrados pela voz do grande Abdias.
E para que conheçamos um pouco mais da origem do Iroko socializamos o texto abaixo que Destemida Yara, em boa hora, postou no facebook:
Iroko é um Orixá muito antigo. Iroko foi à primeira árvore plantada e pela qual todos os restantes Orixás desceram à Terra. Iroko é a própria representação da dimensão Tempo. Iroko é o comandante de todas as árvores sagradas, o vanguardeiro, os demais Osa Iggi devem-lhe obediência porque só ele é Iggi Olórun, a árvore do Senhor do Céu.

Contardo Calligaris - O psicanalista explica por que a homossexualidade incomoda tanto


De onde vem a homofobia? Como funciona o preconceito de quem acha que não o tem? Para responder a essas e outras perguntas, convocamos o psicanalista Contardo Calligaris - que sonha com um tempo em que ser homo, hétero ou bi não seja fundamental para definir nossas identidades
Contardo Calligaris é um homem acostumado a temas espinhosos. O psicanalista italiano de 63 anos, nascido em Milão e radicado em São Paulo, assina colunas toda quinta-feira na Folha de S.Paulo, e a trinca sexo, amor e relacionamentos é uma de suas constantes. Nesta edição de Trip dedicada à diversidade sexual, convidamos o terapeuta para refletir sobre por que, afinal, a homossexualidade provoca tanto incômodo. "Ninguém se incomoda com algo a não ser que isso seja objeto de um conflito interno. O homofóbico tem dificuldade em conter traços de homossexualidade que estão dentro dele", responde Contardo. Segundo o psicanalista, as piadinhas sobre gays, tão comuns nas rodas de homens, celebram um laço que, no fundo, é homossexual. "Ninguém conta uma piada de veado para uma mulher, porque para ela é uma coisa totalmente ridícula. Ela vai virar e dizer: 'Hein?'."
Na entrevista a seguir, Contardo aponta para o enorme preconceito contra gays e lésbicas que ainda persiste no Brasil, fala sobre o papel das novelas na formação da opinião pública e defende a aprovação da lei que criminaliza a homofobia. "Essa garantia legal é crucial", afirma. O psicanalista sai em defesa do "politicamente correto", que, aqui, não funciona como nos EUA. "Lá, alguém como o [deputado federal Jair Bolsonaro já estaria na cadeia há muito tempo", acredita. Seu desejo, diz, é que a sociedade avance para um estágio em que se possa viver livremente de forma "junta e misturada", ou seja, em uma realidade na qual ser heterossexual ou homossexual não seja tão importante para definir as nossas identidades.

Gilberto Maringoni - A mídia não sabe o que fazer com ‘a Privataria Tucana’


Um curioso espírito de ordem unida baixou sobre a Rede Globo, a Editora Abril, a Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e outros. Ninguém fura o bloqueio da mudez, numa sinistra brincadeira de "vaca amarela" entre senhores e senhoras respeitáveis. Como ficarão as listas dos mais vendidos, escancaradas por jornais e revistas? Ignorarão o fato de o livro ter esgotado 15 mil exemplares em 48 horas?
Há uma batata quente na agenda nacional. A mídia e o PSDB ainda não sabem o que fazer com A privataria tucana, de Amaury Ribeiro Jr. A cúpula do PT também ignora solenemente o assunto, assim como suas principais lideranças. O presidente da legenda, Rui Falcão, vai mais longe: abriu processo contra o autor da obra, por se sentir atingido em uma história na qual teria passado informações à revista Veja. O objetivo seria alimentar intrigas internas, durante a campanha presidencial de 2010. A frente mídia-PSDB-PT pareceria surreal meses atrás.
Três parlamentares petistas, no entanto, usaram a tribuna da Câmara, nesta segunda, para falar do livro. São eles Paulo Pimenta (RS), Claudio Puty (PA) e Amaury Teixeira (BA). O delegado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) começa a colher assinaturas para a constituição de uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre os temas denunciados no livro. Já o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) indagou: "Nenhum jornalão comentou o procuradíssimo livro A privataria tucana. Reportagens sobre corrupção têm critérios seletivos?"

Guellwaar Adún: Cláudia Leitte e a síndrome das sinhazinhas baianas e brasileiras


• Algumas situações me convencem de que todas as áreas do conhecimento deveriam incluir a semiótica em seus cursos.
Reparem o que vou dizer e vejam se estou completamente equivocado ou se ao menos ventilo outra possibilidade de encarar essa estratégia de marketing recorrente, entre muitos/as artistas brancos/as do mundo inteiro.
O racismo não se estrutura apenas economicamente. Ousaria dizer que o racismo se sustenta, sobretudo, semioticamente, e daí se retroalimenta em todos os outros campos da vida em sociedade, como um vírus mutante.
Por exemplo: A Sra. Milk, nessa campanha, não se apropria apenas de signos ou ícones da cultura Negra, à exemplo de indumentárias, musicalidades, danças e ritmos da mulher Negra brasileira. Seus publicitários foram muito mais competentes que isso. Nessa campanha, que evoca a ultrapassada e supostamente insustentável tese da democracia racial, a apresentam como a "Mulher Negra" em si; portanto, trata-se da constituição de um índice. Do ponto de vista simbólico isso é muita coisa. A Claudia Leite agora é a NêgaLôra da Bahia.
Me fez lembrar as novelas antigas citadas na Negação do Brasil de Joel Zito Araújo, o famoso Pai Thomás dentre tantos outros personagens negros que eram representados por atores brancos pintados de negros – desempregando os atores Negros. CL poderia ter aceitado o apelido de Negalora e continuado seu caminho. O xis da questão é que ela se fantasia de mulher negra e com isso ridiculariza o universo Negro feminino com seu deboche habitual.

Luislinda Valois - Quero ser a primeira negra presidente da República


Para a construção da trilha da história é preciso que seja dado o primeiro passo na escrita de novos caminhos ...Parabéns Luislinda. Parabéns!
Seria muito simplório apresentá-la apenas como negra mulher e oriunda de classes menos favorecidas. Lusilinda Valois é uma baiana de Salvador que, aos 69 anos de idade e após quase uma década de persistência, tomou posse como desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia, no último dia 20, ciente que terá de se aposentar compulsoriamente daqui a pouco mais de um mês, quando completa 70 anos. Na véspera, o tribunal acatara decisão unânime do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de promover Luislinda ao novo cargo.
Com mais de 50 anos dedicados ao serviço público, a história de vida de Luislinda se confunde com a luta contra a discriminação racial no país. Considerada a primeira juíza negra do Brasil, ainda criança foi aconselhada por um professor a abandonar os estudos e servir feijoada na casa dos brancos. Filha de uma lavadeira e de um motorneiro de bonde, conheceu de perto a miséria e os percalços da vida. Criada na capelinha de São Caetano, bairro da periferia de Salvador, perdeu a mãe aos 14 anos e ficou responsável pela criação de três irmãos mais novos.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Sakamoto - Mesmo com acordo, Zara pode entrar na 'lista suja por trabalho escravo'

Três oficinas que produziam roupas para a empresa foram flagradas com imigrantes ilegais em situação de trabalho escravo. A Zara pediu desculpas, assumiu parte da responsabilidade e sustentou que os casos foram isolados. Desde então, vinha anunciando ações junto a seus fornecedores, mas faltava um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho, o que veio a acontecer nesta segunda (19). O documento final não é tão forte quanto o que foi apresentado inicialmente pelo MPT na primeira tentativa de acordo no dia 30 de novembro. Ele pode ser lido como um instrumento para balizar e monitorar as ações da Zara daqui para a frente, mas não para compensar o dano causado no passado. Apesar disso, atores envolvidos vêem um avanço no combate ao trabalho escravo no setor com o documento.
Mesmo com o acordo, a Zara ainda corre o risco de ser incluída no cadastro de empregadores flagrados com mão-de-obra escrava, conhecido como a "lista suja". Fontes no Ministério do Trabalho e Emprego ouvidas pelo blog informaram que a assinatura do TAC, por mais que demonstre boa vontade da empresa e uma mudança de comportamento quanto à sua cadeia produtiva, não influencia no trâmite das autuações. Caso confirmadas, após processo administrativo que conta com defesa da empresa, elas podem levar a Zara à lista.
Quem é nela incluído, permanece por pelo menos dois anos, período durante o qual deve mostrar que não reincidiu no crime e quitou as pendências com o governo. Instituições públicas de financiamento e empresas privadas utilizam a "lista suja" para evitar negócios. Grandes empresas, como a gigante de energia Cosan, já passaram pela relação, que está sob responsabilidade do Ministério do Trabalho e Emprego e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

O racismo politicamente correto de Ferreira Gullar e o 'funk'

Muitas vezes, avós e netos se aliam mais do que pais e filhos. Vendo o recente preconceito sócio-cultural de Ferreira Gullar – antigo cepecista que, juntamente com antigos esquerdistas contemporâneos de 50 anos atrás, como Arnaldo Jabor e José Serra, migraram e se acomodaram à direita – , através de um artigo chamado "Preconceito Cultural", dá para perceber o quanto ele e o neto Mateus Aragão se unem na "colocação" da cultura negra brasileira.
Em seu artigo, Ferreira Gullar "estranha" a existência do termo "literatura negra", e além disso disse que os escravos "não tinham literatura" pois "nem sequer aprendiam a ler". Como se os escravos tivessem sido um bando de selvagens, o que não é verdade, porque eles vieram de tribos com estrutura sócio-política bastante organizada, como é o caso dos nossos indígenas.
O "primitivismo" do estereótipo do povo escravo ainda faz o poeta concretista dizer que Machado de Assis e Cruz e Souza não faziam literatura negra porque "eram herdeiros da literatura européia". Luiz Silva Cuti, em seu artigo, questiona essa hipótese de que influências europeias não possibilitam o fortalecimento de culturas negras, citando os casos de Lépold Senghor e Aimé Césaire, ativistas negros pioneiros, que eram claramente influenciados pela literatura francesa.
Luiz Cuti acrescenta ainda, citando o "lugar do negro" na nossa cultura: "A maneira como o tal poeta cita o samba, a dança, o carnaval, o futebol é aquela que simplesmente aponta o 'lugar do negro' que o branco racista determinou, um lugar que serviu de "contribuição" para que os brancos ganhassem dinheiro, não só produzindo sua arte a partir do aprendizado com os negros, mas também explorando compositores diretamente e calando-os na sua autoafirmação étnica. Basta inventariar quantos grandes compositores negros morreram na miséria. A essa realidade o poeta chama de: 'nossa civilização mestiça' ".

Tribunal de Londres processa zagueiro John Terry por racismo

LONDRES, Reino Unido — O capitão da seleção inglesa e do Chelsea, John Terry, será processado por racismo, anunciou nesta quarta-feira um tribunal de Londres.
O zagueiro é acusado de insultos racistas contra Anton Ferdinand, do Queen's Park Rangers durante uma partida do Campeonato Inglês.
Avisei aos serviços de polícia que John Terry deve ser processado por racismo após supostos comentários que teria tido durante a partida de Premier League entre o Queen's Park Rangers e o Chelsea no dia 23 de outubro de 2011", declarou o procurador Alison Saunders num comunicado.
"Após ter estudado todas as provas, avalio que a possibilidade de condenação é realista e considero que é de interesse público levar este assunto a julgamento", completou.
Terry, de 31 anos, negou os fatos e explicou que suas palavras foram mal interpretadas e citadas fora do contexto.
Este anúncio chega no dia seguinte de outra decisão marcante referente a outro caso de racismo no futebol inglês. Na terça-feira, a Federação Inglesa de Futebol (FA) condenou o atacante uruguaio Luis Suárez a oito jogos de suspensão e multa de 40.000 libras esterlinas (48.000 euros) por insultos racistas contra o zagueiro francês Patrice Evra, do Manchester United.

Fonte: AFP

Temos de tomar partido na luta contra o racismo


Georg Kreis está se retirando do cargo de presidente da Comissão Federal contra o Racismo (EKR) após 16 anos de atuação.
Em entrevista à swissinfo.ch, o historiador suíço declara que o ambiente na Suíça se tornou mais "pesado" e que o tratamento "duro" em relação aos outros é visto até como "qualidade".
swissinfo.ch: Durante 16 anos o senhor presidiu a Comissão Federal contra o Racismo (EKR). Qual foi seu maior sucesso na luta compra o racismo?

Georg Kreis: Nosso maior sucesso foi e continua sendo o fato das pessoas levarem mais a sério o problema do racismo desde 1996. Essa seriedade manifesta-se, em parte, de uma forma incorreta, mesmo que apenas de um ponto de vista superficial: o que posso dizer ou até que ponto posso ir sem ser condenado? Ao invés disso, deveríamos nos orientar para saber o que é positivo para a convivência das pessoas e o que podemos impingir a nossos concidadãos ou não. 

Bank of America vai indenizar 200 mil negros e hispânicos por racismo. Que sirva de exemplo para o ITAÚ, BRADESCO, SANTANDER, BB.

O acordo obedece às acusações de que a Countrywide, uma divisão do Bank of America, teria discriminado mais de 200 mil clientes por serem negros e hispânicos no momento de conceder empréstimos
O Bank of America, um dos principais bancos dos Estados Unidos, concordou em estabelecer um fundo de US$ 335 milhões para indenizar vítimas de práticas "discriminatórias" na concessão de empréstimos hipotecários, informou nesta quarta-feira o Departamento de Justiça americano.
Durante uma entrevista coletiva, os secretários Eric Holder (Justiça) e Shaun Donovan (Habitação) dos EUA, indicaram que este é o maior acordo da história na área de empréstimos hipotecários residenciais.
O acordo obedece às acusações de que a Countrywide, uma divisão do Bank of America, teria discriminado mais de 200 mil clientes por serem negros e hispânicos no momento de conceder empréstimos.
"O acordo fornece US$ 355 milhões para ressarcir as vítimas da discriminação por parte da Countrywide durante o período em que a Countrywide era uma das principais instituições de empréstimos hipotecários da nação e gerou mais de 4 milhões de empréstimos hipotecários residenciais", disse Holder.
As autoridades acusam o banco de ter praticado, entre 2004 e 2008, um "amplo padrão ou prática de discriminação" de clientes negros e hispânicos que solicitavam empréstimos hipotecários, aos quais cobrava mais juros devido a sua origem racial ou étnica.

Holder assinalou que, durante uma investigação realizada antes de o Bank of America adquirir Countrywide em 2008, o Departamento de Justiça descobriu práticas de discriminação em mais de 180 áreas geográficas em 41 estados e no Distrito de Columbia, sede da capital americana.
Essas práticas de discriminação também incluíram extensas violações das leis federais que regem os setores imobiliário e de concessão de crédito.
Segundo as autoridades, mesmo em alguns casos quando os clientes cumpriam os requisitos para receber os empréstimos com as condições mais favoráveis, o banco lhes outorgava créditos de juros elevados.
O Bank of America comprou a Countrywide em 2008, durante a crise financeira. A empresa é especializada em hipotecas com juros altos para clientes com histórico de crédito ruim. 
Fonte: Epoca

Deputado protocola pedido de CPI para investigar privatizações

O deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) protocolou nesta quarta-feira na Mesa Diretora da Câmara um pedido de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar denúncias de irregularidades nos processos de privatização durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
O pedido de instalação da CPI teve o apoio de 206 deputados, segundo a Agência Câmara. A comissão pretende investigar as denúncias publicadas no livro "A Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Jr.
Protógenes foi o delegado da Polícia Federal responsável pela Operação Satiagraha, que prendeu, entre outros, o banqueiro Daniel Dantas, do Banco Opportunity, uma das figuras mais controversas do processo de privatização do setor de telefonia do país.
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse que as assinaturas serão verificadas no início do ano que vem e, se o pedido atender a todas as exigências, a CPI será instalada em 2012.
"Essa é uma CPI explosiva, com contornos muito claros de debate político, mas tenho visto... que na realidade temos o intento de esclarecer os fatos e dar o contraditório aos acusados pelo livro", disse Maia.
Um dos citados pelo livro é o ex-governador de São Paulo e candidato derrotado na eleição presidencial do ano passado José Serra.
No livro, Serra é acusado de receber propinas de empresários que participaram das privatizações conduzidas pelo governo Fernando Henrique (1995-2002).
Serra é um dos possíveis candidatos do PSDB à prefeitura de São Paulo no ano que vem e à Presidência em 2014. Protógenes, no entanto, negou que o pedido de criação da CPI tenha motivação eleitoral.

Estado Laico - Deputados do Rio aprovam liberação de R$ 5 milhões para evento católico. Lamentavel!

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou uma emenda orçamentária de autoria de Myrian Rios (foto), 52 , do PDT, que destina R$ 5 milhões à organização e divulgação da Jornada Mundial da Juventude, um evento católico que ocorrerá em 2013, coincidindo com a visita ao Brasil de Bento 16. Parte do dinheiro será utilizada na preparação do Aterro do Flamengo para uma missa do papa. A estimativa é de que 2 milhões de jovens católicos de vários países estejam no Rio.
Ex-mulher do cantor Roberto Carlos, Myrian é do movimento carismático da Igreja Católica. Em junho deste ano, ela foi alvo de críticas de usuários das redes sociais por ter afirmado em plenário que não contrataria homossexuais para cuidar de seus filhos por temer a ocorrência de abuso sexual.
O governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) terá de aprovar a emenda de Myrian, e não há nenhum indício de que ele vete o repasse da verba aos organizadores da jornada. Cabral não se arriscará a perder votos dos católicos, ainda que o dinheiro faça falta, por exemplo, ao precário sistema de hospitalar do Rio.
O deputado evangélico Édino Fonseca (PR) votou contra emenda porque, disse, o Estado por ser laico não pode financiar, ainda que em parte, um evento religioso.

Chega de Intolerância - Não toquem em nossos terreiros



  • Respeitem nosso direito de crença
  • Conheçam nossos rituais antes de falar deles
  • Saibam que temos história e las vem de longe
  • Não usem do espaço publico para legislar contra nós
  • Guardem seus preconceitos para voces e lum contra eles
  • O Deus no qual cremos é o mesmo que o de vocês, só tem outro nome
  • Não tentem impor a nós os demônio que são seus, não nossos

  • Fonte: Twitter

    Deputada corta cachê de Luiz Caldas por considerar canção racista

    O maior sucesso de Luiz Caldas incomodou a deputada estadual da Bahia, Luiza Maia (PT). Para ela, a canção "Fricote", é considerada de "cunho racista e depreciativa às mulheres negras". A canção tem a seguinte letra "Nêga do cabelo duro / Que não gosta de pentear / Quando passa na praça do tubo / O negão começa a gritar". As informações são do jornal A Tarde.
    A solução para a deputada foi determinar o corte do cachê de Luiz Caldas em 30%, quando o cantor se apresentou em Camaçari, interior da Bahia. Luiza Maia é mulher de Luiz Caetano, prefeito do município.
    De acordo com a deputada, a canção abala a "auto-estima da mulher negra" mostrando uma imagem de que ela seria "feia e desleixada". Para ela, isso constituiria também como "violência simbólica".
    Luiza Maia já chegou a fazer um projeto de lei proibindo patrocínio públicos para artista que cantem músicas que, na visão da parlamentar, promovem a humilhação de mulheres.
    "Fricote" é o maior sucesso de Luís Caldas, canção bastante popular na década de 1980. O nome da música batizou o movimento que geraria a atual axé music.

    sábado, 17 de dezembro de 2011

    Acordo de Cooperação Seppir e Biblioteca Nacional preve co-edição em formato eletrônico de obras do acervo da Biblioteca Nacional em domínio púbico escritas por autores negros


    Acordo, termo de cooperação e lançamento de coletânea marcam a data.
    Para celebrar o Ano Internacional da Afrodescendência, assim como o mês dedicado ao tema, a Fundação Biblioteca Nacional (FBN/MinC) realiza no dia 28 de novembro (segunda-feira), da solenidade para celebrar a assinatura de acordos e termos de cooperação com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR). O evento contará também com homenagem póstuma ao ativista, professor, escritor e poeta, Abdias Nascimento, e ainda o lançamento do livro "Literatura e afrodescendência no Brasil: antologia crítica", de Eduardo de Assis Duarte e Maria Nazareth Soares Fonseca.
    Entre os principais pontos dos acordos a serem firmados pela FBN com a SEPPIR para promoção da igualdade racial está a previsão de co-edição em formato eletrônico de obras do acervo da Biblioteca Nacional em domínio púbico escritas por autores negros. Está previsto o lançamento de editais para estudos e pesquisas ligados ao trabalho de homens e mulheres negros brasileiros. A divulgação da literatura de autores afro-brasileiros por meio de mostras, envio de livros para bibliotecas e ações de leitura é uma das metas do acordo.

    Victoria’s Secrets é acusada de usar algodão que exploram trabalho infantil e escravo de Burkina Faso, na África


    Trabalho infantil e escravo foi explorado em fazendas de algodão orgânico em Burkina Faso, na África, que fornecem para produtos da grife britânica de lingeries Victoria's Secrets. A informação consta em um relatório de 2008 sobre fazendas certificadas com selos de comércio justo no país e confirmada por reportagem da agência norte-americana Bloomberg News, publicada nesta sexta-feira.
    O estudo de 2008 da Helvetas Swiss Intercooperation, organização sediada em Zurique, sugere que "centenas, senão milhares" de crianças poderiam estar vulneráveis a exploração em fazendas no país, na produção de algodão empregado em cadeias produtivas de marcas importantes. O produto era beneficiado e transformado em roupas em fábricas no Sri Lanka e na Índia.

    Morreu Cesária Évora aos 70 anos. Saudades da diva negra.


    Cesária Évora morreu, este sábado, aos 70 anos. "A diva dos pés descalços" estava doente há já vários meses e tinha já terminado a carreira, a 23 de Setembro de 2011. "Eu preciso de quando vez da minha da terra, do povo que sou e desse marulhar das ondas", confidenciou Cesária Évora.
    Cesária Évora deu entrada no hospital Baptista de Sousa, em São Vicente, Cabo Verde, na sexta-feira, onde esteve internada nos serviços de cuidados intensivos "com um quadro muito complexo".
    "Durante este período, ela alternou momentos de lucidez com momentos de inconsciência e esteve sempre acompanhada do seu empresário José da Silva", disse o director do hospital, Alcides Gonçalves.
    A cantora regressou a S. Vicente, sua ilha natal, a 22 de Outubro após ter posto fim à sua carreira musical devido a problemas de saúde.
    Cesária Évora, nasceu há 70 anos na cidade do Mindelo, na ilha cabo-verdiana de S. Vicente, no seio de uma família de músicos.
    Cantava para "afastar coisas tristes"