TIRE O SEU RACISMO DO CAMINHO QUE EU QUERO PASSAR COM A MINHA COR. Georges Najjar Jr

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Avante Balotelli O silêncio racista ecoou!

Balotelli brilhou e teve papel fundamental na classificação da Itália para a final da Euro


Por: Gledson Cruz

Ele voltou a ser noticia na Euro 2012 novamente, desta vez não por ter sido vitima do racismo europeu, como publicado no dia 12 de junho aqui mesmo no nosso blog, ou mesmo por ter dado alguma declaração que a empresa oportunista gosta de maximizar como algo absurdo. Mario Balotelli fez chover na partida contra a Alemanha como se diz no jargão popular do futebol, ao qual tiver também a oportunidade de um dia vivenciar como jogador profissional, marcou dois gols, se tornou um dos artilheiros da competição e naturalmente silenciou os cantos racista que insistiam em incomoda-lo durante todos os jogos da seleção italiana. 

Balotelli durante toda a Eurocopa demonstrou sua revolta com as manifestações racistas nos estádio, mas, a melhor resposta que ele deu foi através do seu talento, estufando a  rede por duas vezes na partida, ironicamente da Alemanha.  A Alemanha que tem marcado a sua historia a perseguição os judeus, aos homossexuais e claro, aos negros. A Alemanha que um dia foi Hitler e hoje é de Merkel, e ontem foi abatida por dois torpedos (gols) do Tufão negro (Balotelli), todos tiveram que se curvar a garra de um negão de atitude, com uma historia digna de roteiro de filme, cheio de drama, superação, mas, com um final vitorioso para o personagem principal, Mario Balotelli.

Mario Barwuah Balotelli (Palermo, 12 de agosto de 1990), filho de Thomas e Rose Barwuah, dois imigrantes ganeses. Seus pais se mudaram e abandonaram o filho no hospital. Os médicos cuidaram de Mario até que ele tivesse cerca dois anos de idade. Em 1993, o tribunal de menores entregou-o para adoção e ele passou a viver com a família Balotelli e foi criado junto com os outros filhos do casal, dois homens e uma mulher. Os dois irmãos maiores, ajudaram os pais a cuidar de Mario e o acompanham na sua carreira de jogador e tornaram-se seus procuradores. Balotelli precisou esperar até que completasse 18 anos para requerer a cidadania italiana. Desta forma mamma tem de receber todas as homenagens. Balotelli após o jogo: " Qual imagem eu me lembro após o jogo? Quando fui para a minha mãe e eu disse "esses gols são para você". Eu queria fazê-la feliz. Esta noite foi a mais bonita da minha vida, mas eu estou esperando que domingo seja ainda melhor".

Por fim, nos resta esperar a partida no próximo domingo entre Itália x Espanha para assistirmos qual será as novidades desse grande personagem da Eurocopa 2012, Mario Balotelli craque na vida e dentro do campo, domingo tem combate e Balotelli terá mais uma oportunidade de silenciar os cantos racistas no estádio que naturalmente não será tão estrondoso quanto já foi em algum momento nessa Eurocopa. Quero vê quem segura? Avante Balotelli!

Fonte: abaixoracismo.blogspot.com

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Nonno Paolo - Após seis meses de episódio, restaurante foi punido com placa

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Racismo: restaurante foi punido com placa
Após seis meses de episódio, dono de pizzaria ainda não foi denunciado; menino negro foi expulso de estabelecimento em janeiro
Restaurante apenas teve que colocar placa contra discriminação após caso de racismo

Quase seis meses após suposto episódio de racismo, o dono de um restaurante de São Paulo colocou uma placa contra discriminação em seu estabelecimento no Paraíso, zona sul da capital Paulista. Esta foi, até agora, a única punição formal para o empresário.

O garoto, um etíope adotado por um casal de espanhóis, foi retirado do restaurante Nono Paolo em janeiro deste ano. O menino negro, de seis anos, que passava férias com a família no país, ficou aguardando sozinho em uma mesa enquanto parentes estavam no banheiro.

O proprietário da casa fez perguntas que não foram respondidas, pois a vítima não falava português. Clientes presenciaram o momento em que a criança foi colocada para fora e relataram o fato aos responsáveis.

O menino foi localizado, chorando, pela tia em uma esquina próxima da pizzaria. Francisco Carlos Pereira foi indiciado pela polícia, mas o Ministério Público ainda não ofereceu denúncia. O laudo das imagens das câmeras de segurança só foi concluído na semana passada.

Por Gledson Cruz - 

Esse fato foi absolutamente lamentável. Esses indivíduos racistas tiveram a coragem de expulsar uma criança do restaurante simplesmente por ela ser negra, no momento em que ela estava sozinha na mesa, ainda que não se tratasse de um cliente, expor alguém a um constrangimento desse tipo é algo absolutamente humilhante. 

Garanto que se a criança fosse branca essa atitude nunca seria tomada, ao contrário, eles iriam se preocupar com a segurança da criança por ela está sozinha na mesa e claro, por se tratar de uma pessoa branca, condição que deveria ser aplicada a qualquer criança independente de sua etnia. Eles deveriam se preocupar com qualquer um, coisa que claramente não ocorre, esse fato por si só responde a qualquer questionamento, pois no Brasil o racismo é explicito, aquele argumento de que o racismo é velado não se aplica mais. Um fato deste tipo caracteriza mais do que claramente o racismo cínico e descarado do restaurante, e com total conivência da justiça, depois de seis meses do ocorrido foi obrigado a somente colocar uma placa contra o racismo. Ou seja, um crime inafiançável e que não prescreve tem como resultado a simples punição de colocar uma placa dizendo alguma coisa, dizeres esses que naturalmente não vai fazer com que o racista deixe de ser racista e muito menos o iniba de praticar o racismo contra um negro, pois saberá ele que o fato não dará em nada, no máximo fixar uma placa em algum lugar. Justiça racista. Lamentável!

 
Fonte: Band

Roda Viva - Muniz Sodré

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Roda Viva - Muniz Sodré - 25/06/2012

Pensador, escritor e professor emérito da UFRJ vem ao Roda Viva falar sobre a ética no jornalismo e os problemas com a educação no Brasil.



Angolanos exigem desculpas de Dilma, por assassinato de estudante

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Reivindicação foi feita por um grupo de aproximadamente 150 pessoas, durante protesto realizado nesta quinta-feira (21), na cidade de São Paulo. O crime, que completa um mês, ocorreu na noite do dia 22 de maio.

A comunidade angolana exigiu um pedido formal de desculpas da presidenta Dilma Rousseff pelo assassinato da estudante universitária Zulmira de Souza Borges Cardoso. A reivindicação foi feita por um grupo de aproximadamente 150 pessoas, durante protesto realizado na última quinta-feira (21), na cidade de São Paulo (SP). O crime, que completa um mês, ocorreu na noite do dia 22 de maio.

Além de Zulmira, outros três angolanos foram alvejados por disparos de arma de fogo quando estavam reunidos em um bar, no bairro paulistano do Brás. Entre as vítimas, havia uma grávida. A criança nasceu dias depois, apresentando bom estado de saúde.

Até o momento, a Polícia não identificou o suspeito de efetuar os disparos, nem o cúmplice que dirigia o carro utilizado na fuga. Os advogados sugerem que houve motivação racial, pois o ataque foi precedido por uma discussão, na qual os estudantes foram chamados de "macacos miseráveis".

O universitário angolano Marseu de Carvalho, amigo de Zulmira, afirma que os sobreviventes não receberam nenhum apoio por parte do governo brasileiro. As despesas médicas foram custeadas pelo Consulado Geral de Angola. Para além da assistência, ele defende iniciativas de combate ao preconceito.

"O importante para nós agora é encontrar o culpado, e que o Estado brasileiro mostre solidariedade ao povo angolano. A princípio, algumas pessoas preconceituosas acham que têm superioridade racial em relação à cor negra. Então, é importante que o Estado brasileiro faça um trabalho de inserir a história mais profunda da África na Educação."

A manifestação contou com o apoio de cerca de 40 organizações, que continuarão se reunindo em torno do movimento "Zulmira Somos Nós". O próximo passo será uma Audiência Pública, na Câmara Municipal, marcada para a próxima quinta-feira (28), às 11h.

De São Paulo, da Radioagência NP, Jorge Américo.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Bebes Negros contra a Discriminação Racial

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O padrão de beleza ditado pela mídia, principalmente em publicidades, ainda é algo que provoca exclusão ou dita o que é belo e o que é feio, como se esses valores fossem tão objetivos assim. Ainda hoje quando se pensam em uma propaganda com fotos e imagens de bebês, para muitos vêem a mente uma criança loira de olhos azuis, mas se tratando de Brasil, esse padrão é quase uma minoria, algo que não se vê pelas ruas, pois somos um pais multi racial com varias misturas de cores, etnias e "padrões de beleza".
Atualmente os brasileiros afrodescendentes, tem mais orgulho de sua cor, sua origem e de sentir-se negro e belo.
A beleza negra resiste aos padrões de beleza impostos pela mídia e aos poucos vai se expandindo e conquistando o seu verdadeiro espaço, assim também são com a tênue e ingênua beleza dos bebês negros.
Este texto tem como objetivo compilar algumas fotos e imagens de lindos bebês negros, destacando seus gestos, delicadeza e acima de tudo a esperança de viver em um mundo igualitário para todos. Segue abaixo lindas imagens de bebês negros para quem admira o ser humano independente de sua cor, raça, religião e sexo.
Encante-se com as fotos de bebês lindos, afinal a consciência negra, não é algo para ser comemorado apenas em um dia, mas o orgulho de ser negro, é para ser comemorado sempre, esperamos que essas lindas fotos de bebês negros inspiram o dia de todos.
 
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 Fonte: Universo Leste

Antônio Vieira e o doce inferno dos negros


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Por Emiliano José

Nasceu em Lisboa em 1608. Morreu em Salvador, em 1697. Com seus sermões, tornou-se uma referência, tanto pela maestria e beleza com que esgrimia ao valer-se da língua portuguesa quanto pelas ideias que defendia, enfrentando preconceitos de então, justificando outros. Combateu a escravidão indígena no Brasil, enfrentou a feroz Inquisição portuguesa por quem foi implacavelmente perseguido, defendeu os judeus e o que considerava dinamismo do capital que eles podiam aportar em Portugal. Gostava da Corte, envolveu-se na política e na diplomacia, foi intransigente defensor da escravidão dos negros, contra qualquer negociação com o Quilombo dos Palmares, propôs que a Coroa portuguesa entregasse Pernambuco aos holandeses e chegou a enveredar pelos caminhos da profecia, um dos motivos pelos quais foi perseguido pela Inquisição.

Essas impressões foram recolhidas do livro Antônio Vieira: Jesuíta do Rei (Companhia das Letras, 352 págs., R$ 44,00), de autoria do professor titular do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense Ronaldo Vainfas. A indicação de leitura veio de meu amigo, professor Venício Lima, apaixonado pelo estudo em torno de Vieira. Li de uma sentada, como se diz aqui na Bahia. É, além de tudo, muito bem escrito, escapando do peso de quaisquer hermetismos acadêmicos. Quando gosto da leitura, e se tenho espaço, manifesto-me, sem que, obviamente, tenha a mínima pretensão de produzir uma resenha. Agradeço a indicação que Venício me fez, entre outras tantas, sempre prazerosamente acolhidas, e que nunca me frustraram.

Sei perfeitamente que corro o risco do anacronismo – quase inevitável quando lemos sobre personagens do passado. Somos tomados por conceitos do presente. E queremos exigir de personagens de outrora uma postura correspondente ao que contemporaneamente consideramos correto. Vainfas foge disso e, por isso, consegue revelar um Vieira multifacetado, que poderíamos chamar hoje de contraditório. Mas só teríamos o direito de fazê-lo se desconhecêssemos as circunstâncias históricas de então, o caldo cultural vigente no século XVII, os valores da própria Igreja Católica. Vieira, foi, aí sim, um personagem complexo, rico, polêmico, e isso o livro consegue inegavelmente demonstrar.