TIRE O SEU RACISMO DO CAMINHO QUE EU QUERO PASSAR COM A MINHA COR. Georges Najjar Jr

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

CONQUISTA: Travestis da BA podem usar nome feminino na Ufba e escolas


Resultado de imagem para HOMOFOBIATravestis já podem se matricular, a partir desse ano, na Universidade Federal da Bahia (Ufba) e na rede pública de ensino estadual com seus nomes femininos. As portarias foram editadas em 2014 para começar a valer em 2015. O fato é comemorado como uma "vitória histórica" do gênero pela Associação de Travestis de Salvador (Atras) e Grupo Gay da Bahia (GGB).

As duas entidades de apoio à luta homossexual afirmam que as "trans" - que inclui travestis e transsexuais - " constituem a minoria social mais desconhecida e discriminada no país, sofrendo opressão dentro de casa, pois raramente recebem apoio da própria família". Ao não ter o direito de usar o nome adequado a sua identidade de gênero, sofrem "grave constrangimento quando são publicamente chamadas com nome masculino". A Atras e o GGB pretendem ampliar "o respeito ao nome social em todos espaços públicos e não apenas para estudantes e rede pública".

A estimativa das duas entidades é que existam duas mil "trans" no estado, aproximadamente 500 em Salvador. Assinalam ser "rara" a cidade brasileira, inclusive os menores municípios, que não tenha uma ou mais "trans". Millena Passos, presidente da Atras, diz que "a grande maioria das trans são profissionais do sexo - ocupação legalizada por Jaques Wagner quando era Ministro do Trabalho". Alega que muitas "estão na pista" por falta de alternativas, pois teriam sofrido "bullying" nas escolas, "foram expulsas de casa e são recusadas quando procuram trabalho."
Resultado de imagem para HOMOFOBIA
Ela acredita que as portarias da Ufba e Secretaria de Educação da Bahia "vão estimular muitas travestis a estudar e ter outra profissão menos perigosa e insalubre". "Se alguma escola ou faculdade recusar reconhecer nosso gênero feminino, inclusive o acesso a sanitário feminino, deve ser denunciada publicamente e a Atras acionará o Ministério Público da Bahia", declarou Millena. Três "trans" já se matricularam na Ufba com nome social.

O antropólogo Luiz Mott, fundador do GGB lembrou que "as trans ainda são as principais vítimas dos crimes de ódio em nosso país e estado: entre 1980-2015 foram assassinadas na Bahia 112 travestis e transsexuais, uma média de 3 por ano. No último dia 20 foi encontrado o corpo de uma travesti na região dos Dois Leões, Salvador, com vários tiros na cabeça: sem identidade, sem parentes que reclamem o cadáver, sem prisão do assassino. Infelizmente esse é o medo e destino de muitas trans profissionais do sexo. Esperamos e torcemos que ao terem a partir de agora seu nome social respeitado nos bancos escolares, tenham melhores alternativas de subsistência e maior esperança de vida".
FONTE: ATARDE

RESPOSTA DIGNA: Episódio de racismo vira "brincadeira" em vídeo de torcedores do West Ham Os adeptos usaram o bom humor para chamar a atenção para o caso ocorrido no metrô de Paris

Em um vídeo publicado no Youtube, torcedores do West Ham fizeram uma brincadeira com o caso de racismo ocorrido no metrô de Paris, na semana passada. Na ocasião, torcedores do Chelsea não permitiram a entrada de um homem negro no vagão depois do confronto diante do PSG, pela Champions League.
Na gravação, um homem pergunta de forma bem humorada aos torcedores do West Ham que estão na porta do trem: "Posso entrar no trem, senhor?". Um deles então responde: "Claro, aqui é West Ham, meu amigo. Entre, por favor".
Até agora a publicação feita no dia 22 de fevereiro já teve cerca de 1.700 visualizações. Assista abaixo ao vídeo:

Torcedores do Chelsea impedem negro de entrar no metrô de Paris Caso de racismo aconteceu após duelo do time inglês contra o PSG em Paris


Resultado de imagem para racismo no futebolA terça-feira não foi marcada apenas pelo retorno da Champions League. Torcedores do Chelsea protagonizaram uma cena lamentável no metrô de Paris, após o empate entre o time inglês e o Paris Saint-Germain, pelo jogo de ida das oitavas de final da competição. Um grupo impediu que um negro entrasse no vagão, chegando a empurrá-lo contra a plataforma.

É possível escutar gritos de "Chelsea! Chelsea!" e posteriormente um coro em que os torcedores gritam "Somos racistas, somos racistas! Esse é o jeito que nós gostamos".

O clube inglês já se pronunciou sobre o incidente, condenando a ação de seus torcedores e prometendo agir contra os envolvidos.

"Tal comportamento é abominável e não tem lugar no futebol ou na sociedade. Vamos apoiar qualquer ação criminal contra os envolvidos, e em caso de provas que apontem para o envolvimento de detentores de carnês para a temporada ou sócios, o clube irá tomar a ação mais forte possível contra eles, incluindo ordens de proibição", de acordo com o jornal britânico The Guardian.

Joseph Blatter, presidente da Fifa, utilizou seu perfil no Twitter para criticar o caso."Eu também condeno as ações de um pequeno grupo de torcedores do Chelsea em Paris. Não há espaço para o racismo no futebol.", escreveu o dirigente.

A UEFA também divulgou uma nota transferindo a responsabilidade para as autoridades locais, deixando de lato qualquer envolvimento com o caso: "É uma questão para as autoridades locais investigarem e a Uefa apoia qualquer ação que for tomada (contra a atitude de racismo dos torcedores do Chelsea)".

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Mãe Stella é eleita para a Academia de Letras da Bahia

Mãe Stella de Oxóssi, ialorixá do terreiro Ilê Axé Opó Afonjá, em São Gonçalo do Retiro, foi eleita na tarde desta quinta-feira, 25, a mais nova imortal da Academia de Letras da Bahia. Vai ocupar a cadeira 33 (Poltrona Castro Alves) que era do professor e historiador Ubiratan Castro, falecido em janeiro de 2013.
Stella de Azevedo dos Santos tem 87 anos e é graduada em Farmácia pela Escola Bahiana de Medicina. É a primeira vez que uma mãe-de-santo vai ocupar uma cadeira da entidade máxima da literatura baiana. Mãe Stella é autora de seis livros, como "E daí aconteceu o encanto", "Meu tempo é agora" e "Opiniões".
Integrantes do movimento afro e intelectuais acreditam que a eleição da ialorixá foi benéfica a academia, pelo trabalho que ela realiza junto à comunidade e sua importância para a literatura baiana.
É um reconhecimento da importância da nossa matriz. Mãe Stella é uma líder comunitária e tem conhecimento para honrar a posição que agora vai ocupar", comentou Myriam Fraga, poetisa e diretora da Fundação Jorge Amado.
FONTE: ATARDE