
Educafro mapeia políticas de ação afirmativa na educação desde 2002.
Diretor da ONG afirma que tendência é a criação de cotas regionais.
A ONG Educafro lançou, nesta terça-feira (1º), a edição mais atualizada de seu mapa interativo de ações afirmativas nas instituições de ensino superior no Brasil (veja aqui). De acordo com o levantamento feito pela entidade, que é reformulado periodicamente junto às próprias instituições, mais de 180 universidades estaduais e federais, além de faculdades e institutos de ensino tecnológico, oferecem algum tipo de política de ação afirmativa a candidatos que estudaram em escolas públicas ou são negros, indígenas ou mulheres.
Tendência de cotas regionais
De acordo com Frei David Santos, diretor-executivo da Educafro, o mapeamento é feito desde 2002, mas ele ganhou um formato interativo há três anos. O último levantamento, segundo ele, foi feito no final de 2010 e listou 129 instituições. A versão lançada nesta terça-feira, segundo ele, mostra que 60 instituições optam por oferecer bônus na nota final para candidatos que estudaram em escola pública ou são negros. Outras 52 instituições combinam cota racial e social na forma de reserva de vagas. Ainda segundo Frei David, 55 instituições só têm cota social, e apenas 20 oferecem política de ação afirmativa só para estudantes negros.
O diretor da Educafro comemorou a decisão unânime do Supremo Tribunal Federal (STF) que, na semana passada, julgou pela constitucionalidade dos sistemas de cotas. "Com a bonita aprovação do STF, estamos percebendo que vai aumentar o número de instituições com políticas de ação afirmativa", afirmou ao G1. Frei David disse ainda que a Educafro tem notado uma tendência de aumento das cotas regionais, principalmente por causa do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do Ministério da Educação. O novo formato tem aumentado a mobilidade de estudantes pelos estados brasileiros, mas muitos estudantes, depois de assegurar a vaga, conseguem transferência para outros estados e aumentam a defasagem em universidades do Norte e do Nordeste, principalmente em cursos mais concorridos, como medicina.
O diretor citou como exemplo a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), onde, segundo ele, mais de 70% dos candidatos aprovados neste ano vinham de outras unidades do Brasil. "O Sisu deve aumentar as vagas destinadas a estudantes da região", afirmou.
Ainda segundo Frei David, as instituições particulares não são incluídas no mapa porque todas as universidades e faculdades que aderem ao Programa Universidade Para Todos (Prouni), que dá bolsa integral ou parcial a estudantes de escola pública e baixa renda, precisam reservar vagas específicas para negros, na mesma porcentagem da população negra de seu estado, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). "Para saber quais instituições particulares oferecem cotas, basta ver o site do Prouni", disse.
Fonte: G1
Eu lamento muito quando vejo esse tipo de comentário no facebook.
ResponderExcluirTulio de Almeida Na boa, todo animal feio é preto; macaco, urubu, anu, corvo, gralha; qdo o céu tá com nuvens pretas, vai cair a maior temporal; fumaça preta é sinal de poluição; a morte tem cor preta; se a coisa tá feia, tá preta e pra piorar o preto tá por baixo; sapato, pneu, asfalto e chão sujo!! A natureza q é racista!!!!rsrs