TIRE O SEU RACISMO DO CAMINHO QUE EU QUERO PASSAR COM A MINHA COR. Georges Najjar Jr

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Cotas para negros : Vídeo sobre cotas feito por estudantes de Salvador provoca polêmica

123Redação Correio Nagô* – Um vídeo, feito por estudantes e intitulado "Cotas – essa conversa não é sobre você" tem causado polêmica nos últimos dias nas redes sociais. Nos 5 minutos e 17 segundos do vídeo, publicado no mês de novembro no YouTube pelo usuário "jrborges13", a jovem Juliette Nascimento apresenta um discurso direcionado aos estudantes brancos de classe média.
Neste sábado (8), o vídeo, feito por integrantes da Rede Nacional de Juventude Negra, já alcançou cerca de 89 mil visualizações, sendo que 800 clicaram na opção "Gostei" e 6605 na opção "não gostei". Recentemente, o jornalista e colunista Reinaldo Azevedo publicou em seu blog, no site da Veja, um texto em que classificou o vídeo como "puro lixo racista" e diz que "prega o confronto racial e de classe".
Logo na introdução do vídeo, o texto de Tamara Freire, com adaptação de Jr. Borges, deixa clara a ironia da mensagem. "Eu sei como é difícil quando a gente encontra alguém que nos mostra os nossos próprios privilégios, mas deixa eu tentar mais uma vez: me arrisco a dizer que não me importo se você não conseguir entrar naquele curso mega-concorrido que você sempre sonhou porque simplesmente essa conversa não é sobre você", dispara Juliette Nascimento.
"Eu sei que você pensa ser o centro das atenções, mas agora você não é o centro das atenções e sei que deve ser um 'baque' porque você está sempre acostumado com isso, não é? [...] Quando você chora pelo curso que está cada vez mais distante agora, suas lágrimas não me comovem. O que realmente me comove são as lágrimas daqueles que nascem, crescem sem qualquer perspectiva para alimentar o mesmo sonho que você. É sobre essas pessoas que estamos falando", emenda a estudante.
Em outra parte do vídeo, o texto diz: "(...) Quando você diz que, na verdade, os seus pais pagam o curso somente porque trabalham tanto ou porque você ganha uma bolsa pelas boas notas que tira, eu não me comovo. Não me comovo mesmo! O que me comove é que muitos outros pais trabalham muito mais do que os seus e recebem muito menos por isso".
Reação - Após a postagem do vídeo, diversos comentários foram feitos."Afff !! Como se ser rico fosse pecado. E o rico só é rico porque trabalha muito... Que ridículo este vídeo, ela poderia defender o sistema de cotas de outra maneira", acrescenta outro comentário. "Fazem negrisse e depois querem que não sofram racismo...", ressalta mais um comentário.
Em entrevista ao Portal Correio Nagô, o diretor do vídeo Jr. Borges contou que estava em casa, quando compartilharam o texto na página dele no facebook. "Eu e minha esposa conversamos e achamos que daria um bom vídeo que foi gravado nos dias 8 e 9 do mês passado. Foi em tempo recorde, em uma semana saiu do projeto e virou arte", relatou.
O diretor disse ainda que a intenção era provocar o debate. "Óbvio que ver esfregado na cara seus privilégios agride. Mas a nossa intenção não era de agredir, de forma alguma", destacou.
"O que não esperávamos eram os ataques racistas que aconteceram. Não esperávamos também as acusações de racismo, não acreditamos na sociedade da segregação, por isso nunca imaginamos que a resposta viria em um nível tão baixo.Uma serie de tentativas de desvalidar o que produzimos. Foi muito infantil, mas serviu de aprendizado para sabermos que boa parte deles não esta dispostos nem a dialogar acerca do assunto", disse.
Publicação - Sobre o texto publicado na Veja, Jr. Borges ressaltou o que chama de posicionamento da revista. "Não podíamos esperar nada diferente da Veja, não é? Uma revista que historicamente se posiciona ao lado das elites brasileiras, que visa atingir ideologicamente os membros da classe média, para que estes sirvam de cinto de contenção dos conflitos de classe, gerados pela própria natureza do capitalismo. Não pregamos confronto racial, nós só dissemos a eles que chega desse discurso ultrapassado que eles fazem".
Um dos participantes do vídeo chegou a ser reconhecido em um shopping de Salvador. "Juliete relatou um tímido reconhecimento. Pessoas ficaram a encarando constrangidas com a presença dela e este piorou quando ela perguntou se tinha algum problema". A atriz já foi chamada, no YouTube, segundo relato do grupo, de "macaca, gorila e chimpanzé".
O diretor relatou que chegou a salvar comentários. "Tem alguns bem interessante, em especial um que o sujeito diz 'Em 2000 anos de historia, os europeus desbravavam o mar aberto e os continentes. Descobriam e estudavam fenômenos. Inventavam as ciências, a matemática, a filosofia. E o negro africano? Ficou lá na África, com sua "cultura" tribal e questionável. Não avançando em nada. No máximo em algum estilo musical ou outra coisa relacionada. Nada relevante no entanto".
Para ele, o saldo do vídeo é positivo. "Esperávamos acender o debate, e conseguimos. Foi até maior que imaginávamos. Queremos no fundo que a sociedade brasileira se observe veja que existem cidadãos de segunda classe. Onde a tão falada democracia é uma ferramenta nas mãos de quem aprendeu a segurar o poder, dele passando de geração em geração em suas famílias. Nós questionamos abertamente as estruturas sociais e étnicas do país, o que no Brasil é pecado. Muita gente acredita na democracia racial, esse é um dos grandes empecilhos para que a população entenda o que dizemos", finalizou.
Participaram também do vídeo Raiane Pedreira, na câmera base e edição e Vaguiner Jorge, na maquiagem e direção teatral.
Veja o texto publicado no site da Veja: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/video-sobre-cotas-preg...
Confira o vídeo na íntegra:
*Por Anderson Sotero 

"Mulheres negras na primeira pessoa”, por Jurema Werneck, Nilza Iraci e Simone Cruz

Capa Mulheres Negras na Primeira Pessoa - NOVA VERSAO 2Histórias reais reproduzidas em primeira pessoa. O livro "Mulheres negras na primeira pessoa", organizado por Jurema Werneck, Nilza Iraci e Simone Cruz, lançado virtualmente dia (10/12) pela AMNB (Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras) e está disponível para download no final desta matéria.
A obra traz o relato de 20 mulheres negras representativas de nove estados brasileiros (Rio Grande do Sul, Paraíba, São Paulo, Pará, Rio de Janeiro, Amapá, Ceará, Paraná e Goiás). As narrativas são de mulheres negras quilombolas, nordestinas, sulistas, entre outras, urbanas ou não, cujas trajetórias sensibilizaram as organizações membros da AMNB, que as indicou para simbolizarem a luta das mulheres negras no Brasil. O resultado é um livro emocionante, repleto de histórias de lutas temperadas com energia, garra, amor, sabedoria e afeto.
O lançamento virtual do livro, financiado pela Fundação Ford, acontece junto com a comemoração dos 64 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada no dia 10 de dezembro de 1948 pelas Nações Unidas. De acordo com Jurema Werneck, a iniciativa tem como objetivo dar vez e voz às mulheres invisibilizadas na sociedade. "Nosso propósito foi colocar mulheres como participantes importantes da sociedade brasileira, ouvir e reproduzir suas falas mostrando como enxergam o Brasil de hoje, como analisam o contexto do racismo e como pensam o futuro, principalmente para as novas gerações de mulheres negras", afirma Werneck.
Para Simone Cruz, o livro retrata, de maneira simples, a luta política das mulheres negras no Brasil contemporâneo. "Conseguimos trazer o tema das políticas públicas de gênero e raça a partir de outra perspectiva. O livro consegue expressar de maneira simples, através do relato de vida de diferentes mulheres negras, nossas lutas políticas", comemora Cruz.
Além da versão virtual, está previsto o lançamento da versão impressa do livro "Mulheres negras na primeira pessoa" em algumas cidades brasileiras. A ideia é realizar os eventos com o apoio das 28 organizações filiadas à AMNB e distribuídas em todo o território nacional. A expectativa é começar a agenda de lançamentos a partir de janeiro de 2013.

Grupo acusa ator da Globo de racismo e registra queixa em delegacia

Nesta quarta-feira (12), quatro pessoas prestaram queixa em uma delegacia do Rio de Janeiro, contra Luís Salém. De acordo com informações do jornal Extra, o ator teria discriminado um grupo de jovens negros na saída do ensaio técnico de escolas de samba, na Marquês de Sapucaí, no último domingo (09).

Cm jovem, considerado vítima de racismo, teria procurado o Instituto de Advocacia Racial e, através de e-mail, teria relatado que no último domingo estava conversando com um grupo de amigos e que eram cerca de 10 pessoas, todas negras.  O papo acontecia na saída do ensaio técnico de escolas de samba, na Marquês de Sapucaí, quando Salém teria se aproximado. O ator, segundo o relato, teria destacado: "Nossa! Isso aqui é um quilombo?". Logo em seguida, Salém teria se dirigido ao autor do e-mail e apontado um dedo. "E você? É preto?", teria perguntado o ator global. Indignado, o rapaz respondeu que sim. O ator teria, então, completado: "Você é preto e feio. Vai tratar de estudar e se formar sem cotas!".

Segundo o advogado Humberto Adami, do Instituto de Advocacia Racial, quatro vítimas procuraram a 6ª DP (Cidade Nova) para prestar queixa contra Salém. "O próximo passo é mover uma ação por danos morais contra ele", disse ele ao jornal.

Em um breve bate papo com o site Ego, Luís Salém não negou o que disse e apenas se defendeu. "Pode ter sido uma piada, mas não sou preconceituoso, não tenho motivo para ofender ninguém, apoio todas as causas, tenho amigos negros e sou totalmente contra preconceito. Sou comediante, humorista e faço piadas, pode ser que ele tenha entendido errado. Se ele se sentiu tão ofendido, a ponto de fazer um Boletim de Ocorrência, vou esperar essa notificação, o que deve acontecer em algum momento, e fazer o que tem que fazer, me desculpar se for o caso, porque não tive a intenção de ofender ninguém, provavelmente foi um mal-entendido", disse o ator à publicação.


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

SERVIÇO: O GVCLC - Grupo de Voluntários Copistas e Ledores para Cegos promove: A 7ª FEIRA DE LIVROS


 A 7ª FEIRA DE LIVROS.

 O Grupo de Voluntários Copistas e Ledores para Cegos realiza a 7ª edição da feira de livros usados com o objetivo de possibilitar que as pessoas tenham acesso a livros de qualidade com baixo custo.
Quadrilátero da Biblioteca Pública do Estado da Bahia de 10 a 14 de dezembro. Das 09:00h às 20:00h.
Voz e violão: com Eduardo Sanches dia 04/12 
 Contatos: (71) 3117-6020
 Antônio Andrade - Presidente