TIRE O SEU RACISMO DO CAMINHO QUE EU QUERO PASSAR COM A MINHA COR. Georges Najjar Jr

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Terry é punido com multa e suspensão de quatro jogos por ofensas racistas. Foi muito pouco por tamanha gravidade.

Terry olha e estende a mão para Anton Ferdinand, que o ignora no reencontro


A FA (Federação Inglesa de Futebol) confirmou nesta quinta-feira que o zagueiro John Terry foi considerado culpado pela acusação de fazer ofensas racistas ao jogador Anton Ferdinand em outubro do ano passado. A sentença prevê suspensão de quatro jogos e multa de 220 mil libras (R$ 725 mil), mas o jogador deverá recorrer.
O comitê disciplinar da FA entregou o veredito após quatro dias de audiências, e decidiu que Terry é culpado por “usar linguagem abusiva com conotações raciais” contra o jogador do Queens Park Rangers. No reencontro entre os dois neste mês, Ferdinand se recusou a cumprimentar o zagueiro do Chelsea.
Anton Ferdinand (esq.) tirou a mão na hora de cumprimentar o zagueiro do Chelsea Terry se declarou inocente e lembrou que foi absolvido pela mesma acusação na Justiça comum em julho. No tribunal, o zagueiro do Chelsea reconheceu ter pronunciado as palavras "fucking black cunt" ("seu preto de m."), mas explicou ter apenas "repetido" o que o próprio Ferdinand o acusava der falado.
O zagueiro, que recentemente anunciou aposentadoria da seleção inglesa, terá 14 dias para recorrer. A FA avisou que as punições só passarão a valer depois que a apelação do jogador for julgada.
Os representantes do zagueiro divulgaram um comunicado lamentando o veredito do comitê disciplinar da FA: “O senhor Terry está desapontado porque a comissão regulatória da federação chegou a uma conclusão diferente do julgamento no tribunal. Ele pediu explicações detalhadas sobre a decisão e vai analisar cuidadosamente antes de decidir se entrará com uma apelação”.
fonte: uol esporte

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

RACISMO NO MUNDO - Escola não deixa menino da religião rastafári usar chapéu tradicional

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Malachi Reid, um rastafári de 11 anos, foi banido de sala de aula por usar um chapéu tam, o que, segundo a mãe do menino argumenta, é um símbolo da religião da família. Ele foi informado de que não tinha permissão para usar o gorro de malha, por ser uma violação do código do uniforme. A escola - que já proibiu qualquer contato entre os estudantes, incluindo aperto de mãos - pediu uma explicação por escrito de por que o chapéu é uma "exigência religiosa". As informações são do site do jornal britânico Daily Mail.
O tam é um chapéu redondo, geralmente feito de lã ou crochê, que pode ser colorido e listrado, muitas vezes com as cores da bandeira jamaicana. Comumente, é usado para "guardar" os dreadlocks tradicionais, sendo também um modo de se identificar como membro da religião.
Malachi, que ingressou há pouco na Quest Academy, em Croydon, no Reino Unido, foi informado de que o chapéu - que usava tranquilamente em sua escola primária - era contra as regras. A mãe do menino, Beverley Reid, afirmou ter dito ao colégio que o filho usa o tam devido a crença rastafári da família e que, inclusive, teria escrito uma carta para o diretor da escola, Andy Crofts, para explicar a situação. Ela aponta, ainda, que os alunos da religião sikh foram autorizados a usar turbantes, destacando que o uso do tam é um símbolo de fé, assim como a cruz do cristão.
"Tenho certeza de que eles não pediram a um sikh ou a um muçulmano para identificar a sua religião. O pai de Malachi trabalha no serviço prisional. Ele trabalha para a rainha e tem permissão para usar o chapéu tam", argumenta. Beverley se recusa a mandar o filho para a escola até que a situação sobre o uniforme seja resolvida.
A Quest Academy tem um histórico de zelo excessivo na aplicação de suas regras. A instituição ganhou as manchetes no ano passado, quando proibiu abraços e apertos de mão, em uma aparente tentativa de combater o bullying, colocando qualquer criança que se "envolver em contato físico" em detenção.
A escola, que abriu em 2010, afirma em seu site que "acolhe alunos de uma ampla gama de origens culturais e de fé (ou 'não-fé') e espera que todas as famílias apoiem os valores morais em todos os aspectos na vida na Quest Academy". A instituição destaca, ainda, que promoverá "compreensão, tolerância e respeito mútuo ao produzir jovens confiantes, capazes e respeitosos."
O professor Crofts defendeu a postura da escola nesta semana. "Nós temos um código de vestimenta publicado, que aplicamos constantemente para todos", disse. "Permitimos que a cabeça seja coberta por razões religiosas. Nós pedimos aos pais do menino para nos fornecerem a evidência de que esse chapéu é uma exigência religiosa em várias ocasiões. Se nós concordássemos com todos os pedidos para alterar o uniforme, então deixaria de ser um uniforme", acrescenta.
 Fonte: Terra 

RACISMO NO MUNDO - Canal australiano declarado culpado por programa racista sobre tribo brasileira

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O canal de televisão Channel 7 foi declarado culpado pelo regulador da imprensa na Austrália por racismo e por exibir material impreciso sobre uma tribo indígena brasileira, divulgou, esta segunda-feira, a organização não-governamental Survival International.
Segundo um comunicado de imprensa da organização que defende os direitos indígenas, o programa exibido pela emissora australiana classificou a tribo brasileira dos Suruwaha como "assassinos de crianças", "relíquias da Idade da Pedra" e alguns dos "piores violadores dos direitos humanos no mundo".
A Survival International reclamou ao regulador australiano ACMA, depois que o Channel 7 recusou-se a publicar uma correção à emissão, que foi ao ar no programa Sunday Night, em setembro de 2011.
Num julgamento considerado "histórico" pela ONG, a ACMA declarou que o Channel 7 é culpado "pela quebra da sua cláusula de racismo e provocar um intenso desgosto, sério desprezo ou severo ridículo de uma pessoa ou um grupo".
De acordo com a Survival, "acredita-se que é a primeira vez em que uma emissora foi declarada culpada por esta ofensa séria sob o código de televisão de 2010".
A ACMA também declarou, segundo a ONG, que "o Channel 7 é culpado por emitir material impreciso".
 Fonte: JN

RACISMO NO BRASIL - A cara do preconceito


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O velho ditado popular diz que "Rir é o melhor remédio", mas, sinceramente fazer piada preconceituosa tá fora de moda! Ultimamente, a sociedade brasileira tem assistido todos os sábados um festival de histórias preconceituosas no programa Zorra Total veiculado pela Tv Globo.
O Fórum Permanente de Igualdade Racial (FOPIR) tem colhido assinaturas de entidades da sociedade civil e do movimento negro para manifestar publicamente o total repúdio em relação ao quadro "A cara da riqueza" e a personagem "Adelaide". Na carta de repúdio, afirma que "o programa tem exibido um conteúdo explicitamente racista, sexista, recheado de estereótipos e ofensivo à população negra, ferindo gravemente os direitos humanos de milhões de brasileiros". A Adelaide é o estereótipo de uma mulher negra pobre, sem instrução formal, que pede esmolas no metrô.
Na edição que foi ao ar no dia 1º de setembro, a personagem interpretada pelo ator Rodrigo Santanna chama ao palco sua filha, que é anunciada como "linda" e traz uma faixa atravessada sobre o peito com os dizeres "urubu branco", e ainda, é retratada com as mesmas características da mãe: sem dentes, cabelos "despenteados", erotizada e dissimulada. O coreógrafo Carlinhos de Jesus representou o padrinho da menina, que a presenteou com um pente de alisar o cabelo.
A carta reforça ainda que: "é inadmissível que um país de maioria negra, conforme o último Censo divulgado pelo IBGE, mantenha um programa televisivo que, em nome de um pseudo-entretenimento, utiliza-se de um suposto humor para humilhar e desrespeitar a dignidade humana da sua própria população. Os veículos de comunicação têm de estar comprometidos com a produção e difusão de conteúdos não discriminatórios e não estereotipados sobre os negros e negras, conforme foi destacado nas propostas prioritárias da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). Por isso, nós, do FOPIR, reforçamos a necessidade de os meios de comunicação dedicarem especial atenção a todo e qualquer conteúdo produzido e veiculado na mídia que possam reforçar a discriminação e o preconceito de quaisquer espécies".

Já assinaram a carta: a Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras, Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do estado do Rio de Janeiro, Associação Nacional de Pesquisadores Negros/as, Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas, Central Única de Favelas, Instituto de Estudos Socioeconômicos, Redes de Desenvolvimento da Maré, Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades, Fundação Ford, Fundação Carlos Chagas, Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros, Baobá – Fundo para Equidade Racial, Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais da UFRJ, Laboratório de Pesquisa em Etnicidade, Cultura e Desenvolvimento, Observatório de Favelas, Anistia Internacional Brasil, Grupo de Estudos Multidisciplinar da Ação Afirmativa da UERJ, Geledés Instituto das Mulheres Negras, ODARA – Instituto da Mulher Negra, Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs) e a Comissão Nacional de Jornalistas pela Igualdade Racial (Conajira/Fenaj).
Não podemos perder a capacidade de se indignar e lutar por respeito! Axé.

 Fonte: Inesc

DEFENDA-SE EM CASOS DE RACISMO E PRECONCEITO - Racismo e Injúria Racial

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Por Denise Porfírio
Episódios recentes de crimes relacionados à discriminação racial tiveram ampla repercussão na mídia nacional e atraíram os olhares para os efeitos nocivos da prática de racismo e injúria racial que ainda ocorrem por todo país. Dados fornecidos pelo Governo Federal apontam que os casos de injúria racial que chegaram à justiça aumentaram em 176% nos últimos quatro anos.
A legislação brasileira conta com o Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/2010) para garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica contra 52% da população composta por negros e negras.
O documento orientou a elaboração do Plano Plurianual (PPA 2012-2015), resultando na criação de um programa específico intitulado "Enfrentamento ao Racismo e Promoção da Igualdade Racial". O PPA destaca a parceria com os demais ministérios e órgãos dos governos federal e estadual na articulação de políticas e ações afirmativas que promovam a igualdade racial. Os objetivos também ressaltam a instituição de medidas de prevenção e enfrentamento ao racismo institucional, estratégias para reverter representações negativas da pessoa negra e estabelecer ações que alterem as taxas de mortalidade precoce da população negra, com atenção ao direito à vida.
Racismo - Conforme o art. 2º, item 2, da Declaração sobre a Raça e os Preconceitos Raciais, proclamada pela Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO, em 27 de novembro de 1978, o racismo engloba as ideologias racistas e as atitudes fundadas em preconceitos raciais, além de obstaculizar o desenvolvimento de suas vítimas, perverter aqueles que o praticam e dividir as nações.
O art. 5º, inciso XLII, da Constituição Federal de 1988 dispõe que a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei. A referida lei é a de nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, nos termos da qual serão punidos os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. O bem jurídico tutelado por tal lei é a não-segregação, a igualdade substancial, a dignidade da pessoa humana, bem como a proibição de comportamento degradante. No intuito de facilitar o estudo do caso em comento, é importante ressaltar que, em 13 de maio de 1997, a Lei nº 9.459 acrescentou o art. 20 à Lei nº 7.716/89, bem como o parágrafo 3º ao art. 140 do Código Penal brasileiro (injúria qualificada por discriminação ou preconceito racial). A redação do art. 20 da Lei nº 7.716/89 é a seguinte: "Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Pena: reclusão de um a três anos e multa". O tipo subjetivo consiste no dolo (vontade direcionada a um fim) e o tipo objetivo consubstancia-se em praticar (levar a efeito, realizar), induzir (persuadir, convencer) ou incitar (estimular, incentivar, instigar) a discriminação ou o preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Por ser de mera conduta (o tipo penal não exige, nem prevê resultado naturalístico), o crime se consuma com a simples prática das elementares do tipo e, por isso, não admite a forma tentada. A ação penal será pública incondicionada à representação ou à requisição. Apesar de ser crime imprescritível e inafiançável admite-se liberdade provisória, conforme a redação do art. 310, parágrafo único, do Código de Processo Penal brasileiro, dada pela Lei nº 6.416 de 24 de maio de 1977.
Negar emprego por causa da raça, impedir o acesso de pessoas de cor negra a estabelecimentos comerciais, shopping centers, a elevadores em edifícios de apartamentos, entre outros são exemplos da prática do racismo.
Injúria Racial - No que se depreende do artigo 140 do Código Penal, a injúria consiste em ofender e/ou insultar alguém. O bem jurídico tutelado é a honra subjetiva da vítima, uma vez que o referido insulto macula a própria estima da pessoa, ferindo-a no conceito que faz de si própria. A honra subjetiva pode ser dividida em: a) honra dignidade (conjunto de atributos morais do ser humano); b) honra decoro(conjunto de atributos físicos e intelectuais do ser humano). É um delito formal, pois, apesar de o tipo não exigir resultado naturalístico, esse pode ocorrer. Na injúria, o agente pode empregar qualquer meio para praticar o tipo objetivo, sendo delito de forma livre (direta ou indireta). Caso o ofendido seja um doente mental ou uma criança, é necessário distinguir, no caso concreto, se terão noções de dignidade e decoro. É importante destacar que, para caracterizar o tipo subjetivo do crime, o agente deve agir dolosamente, ou seja, a intenção de ofender e macular a honra da vítima. No que diz respeito à sua consumação, basta que a ofensa chegue ao conhecimento da vítima. A injúria qualificada pela discriminação e preconceito racial admite liberdade provisória, recurso em liberdade, e também admite o regime de progressão de pena, sendo a ação penal privada, respeitados os prazos prescricionais previstos em lei.
O Código Penal brasileiro, em seu art. 140, § 3º, regula o crime de injúria racial, que vem a ser atribuição de qualidade negativa à pessoa ofendida com elementos referentes a raça, cor, etnia, religião ou origem. Os crimes de racismo previstos na Lei nº 7.716/89 são processados mediante ação penal pública.
Acompanhe o quadro das diferenças entre o crime de racismo e de injúria qualificada pelo preconceito:
Injúria qualificada pelo preconceitoRacismo (Lei nº 7.716/89)
O agente atribui qualidade negativa.O agente segrega a vítima, privando-a do convívio digno.
Crime prescritível.Crime imprescritível.
Afiançável.Inafiançável.
Ação penal pública condicionada à representação, conforme a Lei nº 12.033/2009.Ação penal pública incondicionada.

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância de São Paulo (Decradi/SP) – é a única em funcionamento no país. Dos casos registrados no período de janeiro a novembro de 2010, 30% corresponderam à crimes de discriminação racial. O mais alto percentual entre as ocorrências. Outras instalações da Decradi devem ser instaladas pelos estados brasileiros. No Rio de Janeiro, a criação da delegacia já foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado. Em Goiás, um projeto de lei está em tramitação. A medida é vista por ativistas da causa negra como uma grande conquista, uma forma de mostrar como os crimes de racismo vêm sendo cada vez mais abominados e punidos.

Nos estados onde não há a presença da Decradi, as pessoas vítimas de preconceito podem fazer denúncias em qualquer posto do Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) ou nas prefeituras locais. No Distrito Federal, a vítima pode entrar em contato com a Ouvidoria da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).
Fonte: Palmares

SAÚDE - Mostra de Psicologia: negros são mais vulneráveis ao sofrimento psíquico

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Com a ampliação do atendimento público à saúde mental, os negros estão tendo mais acesso ao tratamento psicológico. No entanto, os psicólogos não estão preparados para atendê-los
Por: Cida de Oliveira
São Paulo – O racismo historicamente imposto à população negra no Brasil é a principal causa do sofrimento psíquico, que afeta muito mais os negros do que os brancos. O alerta foi feito pela cineasta carioca Janaína Oliveira, mais conhecida como Re.Fem, militante do movimento negro e Hip Hop e consultora de entidades do setor durante sua participação na 2ª Mostra Nacional de Práticas em Psicologia, realizada em São Paulo.


O evento, celebra os 50 anos da regulamentação da psicologia como profissão no Brasil. O objetivo de sua palestra foi sensibilizar os psicólogos para um atendimento mais adequado a essa população, que aos poucos passa a ter acesso a esses profissionais que cada vez mais atuam em serviços públicos de saúde mental, como os Centros de Atendimento Psicossocial (CAPs).

"O Brasil é extremamente racista, os negros sofrem todo tipo de racismo, sendo desfavorecidos no acesso à saúde, à educação, ao mercado de trabalho", destacou Janaína. "Quando não consegue entrar na faculdade, por exemplo, tende a se achar incapaz de passar num vestibular. Do mesmo modo, se sente culpado por não obter um bom emprego, quando na verdade é o racismo que cria condições desiguais de acesso." Segundo a cineasta, essa cobrança por melhores resultados num contexto desfavorável, de racismo e discriminação, aumenta a angústia e sofrimento psíquico. "Os psicólogos devem ser sensibilizados para a questão e ser capacitados para atender a essa população de maneira mais apropriada", afirmou.
A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, promulgada em 2008, é referência para políticas públicas do setor. Segundo o documento, os negros têm o direito ao atendimento psicológico permanente do nascimento ao envelhecimento. "Muito embora os movimentos negros comecem a fortalecer a luta por esses direitos, eles ainda nem começaram a sair do papel". No evento, Janaína recebeu o prêmio Paulo Freire, que reconhece o trabalho de pessoas que se dedicam à defesa dos direitos humanos.

Sem acordo conciliação para liberar obra Lobato acusada de racismo

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Terminou novamente sem acordo a audiência de conciliação em torno da obra de Monteiro Lobato. Representantes do Ministério da Educação (MEC) se reuniram hoje (25) com membros do Instituto de Advocacia Racial e Ambiental (Iara) para discutir ação que questiona o parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE) que liberou a adoção do livro Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato, no Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE).
Sem conciliação, a ação volta ao Supremo Tribunal Federal (STF) e será julgada pelo ministro Luiz Fux. Os membros do Iara, autores do mandato de segurança, consideraram insuficientes a proposta do Ministério da Educação de enviar notas explicativas sobre as obras do autor brasileiro.
"Não diminuímos um milímetro sequer do pedido inicial. As políticas públicas não estão de acordo com a realidade. Achamos que estão sendo feitas, mas é muito pouco. O número apresentado pelo MEC, de professores capacitados, é menos de 4% do total de professores [do país]", disse o advogado do Iara, Humberto Adami. A entidade defende recomendação anterior do CNE (parecer nº 15/2010) para não distribuição do livro nas escolas.
O Ministério da Educação defende o parecer questionado pela entidade e garante que há orientação do trabalho do professor em sala de aula sobre as obras de Lobato e outros autores. "O MEC não admite censurar obras de Monteiro Lobato e vai defender essa posição junto ao Supremo Tribunal Federal. [O parecer] Ele orienta com clareza os professores, as escolas, os sistemas de ensino, profissionais da educação de como obras de valor literário, científico devem ser mediadas pelos professores e que tenham sempre a preocupação da sua respectiva contextualização", disse o secretário de Educação Básica do MEC, Cesar Callegari.
De acordo com Callegari, o Ministério da Educ

CINEMA: Harrison Ford contra o racismo no primeiro trailer de 42

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Questões raciais costumam dar certo no cinema americano, pensando nisso a Legendary Pictures ressuscitou um projeto que estava engavetado há anos: 42, filme sobre o fim da segregação entre raças no beisebol.
Escrito e dirigido por Brian Helgeland (Devorador de Pecados), o longa vai contar a história de dois personagens marcantes: Branch Rickey e Jackie Robinson, os responsáveis pela entrada do primeiro negro na MLB, principal liga do esporte nos Estados Unidos.
Rickey, interpretado por Harrison Ford, é o presidente do Brooklyn Dodgers, time de beisebol que atualmente defende a cidade de Los Angeles. Em uma de suas buscas por novos jogadores, ele encontra Robinson (Chadwick Boseman), um talentoso lançador afro-americano que sonhava em jogar por um grande time. Juntos, eles superam o preconceito de companheiros, adversários e torcedores.
O nome do longa é uma referência ao número da camisa de Robinson, que utilizou o 42 por toda a sua carreira. O filme deve estrear em 12 de abril de 2013 nos EUA, espera-se que o lançamento do Brasil seja simultâneo. Confira o trailer abaixo:
 Fonte: Cineclick

Rosário dos Pretos ganha exposição permanente

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'Irmandade do Rosário dos Pretos: Quatro Séculos de Devoção'. Este é o nome da exposição, com fotos e textos, fruto de convênio entre a irmandade e o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), em cartaz na Igreja do Rosário dos Pretos, localizada no largo do Pelourinho, Centro Histórico de Salvador (CHS).
"Trazer à luz a história da irmandade para as pessoas que não a conhecem é o principal objetivo da exposição. Ela mostra como nos comportamos, o que fazemos e as dificuldades que enfrentamos ao longo de três séculos", explica Ubirajara Santa Rosa, prior da Irmandade. A mostra é uma homenagem aos 326 anos da Irmandade e aos 112 anos da Venerável Ordem Terceira do Rosário às Portas do Carmo, nome da entidade, fundada por descendentes de escravos e ex-escravos que construíram a igreja.
Composta por 52 fotos coloridas e em preto e branco de autoria de Aristides Alves, Rugendas e Carlos Julião, e textos especialmente escritos e dimensionados em painéis portáteis, a exposição tem ainda imagens do acervo da irmandade e da Fundação Pierre Verger. Os painéis encontram-se no corredor lateral à nave central da igreja.
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"A importância do Rosário dos Pretos se dá ainda a partir das transformações do conceito de patrimônio cultural", avalia a museóloga e coordenadora da exposição, Ana Maria Figueiredo. Ela informa que essa igreja e seus agregados são testemunhos da história brasileira e baiana, que nas três últimas décadas apresenta, para além dos patrimônios edificados, o reconhecimento dos bens culturais simbólicos e intangíveis.

PAINÉIS – São seis painéis com os temas história da irmandade, devoções aos santos, atividades, festas e funerais, igreja, arquitetura, participações, compromisso e fé. O painel 'compromisso' expõe a vida comunitária interna, regras de funcionamento e objetivos, modalidades de admissão, sistema e deveres. O primeiro compromisso que se tem notícia é de 1685.
Já em outro painel podem ser conhecidos os santos cultuados na irmandade, como Nossa Senhora do Rosário e Santa Bárbara, os santos negros Antônio de Categeró, Benedito, Elesbão e Ifigênia, louvados pela comunidade negra brasileira desde os tempos da escravidão. A escrava Anastácia é mencionada, principalmente por ter sido reconhecida mártir do cativeiro e escravidão.
"Essas organizações são detentoras de saberes imateriais que podem ser percebidos em distintas formas da materialização de uma cultura", afirma a museóloga e outra coordenadora da mostra, Djane Moura Cruz. A pesquisa e o texto é de Cláudio Pereira e Maria Costa e Silva, e as pesquisas de Cândido da Costa e Silva.

RACISMO NO BRASIL - Comissão da Uepa vai 'julgar' professora acusada de racismo

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Em no máximo 30 dias, Universidade deverá divulgar a decisão
Uma comissão de sindicância, composta por servidores docentes efetivos e estáveis da UEPA (Universidade do Estado do Pará), foi constituída para apurar a denúncia de racismo que teria partido da professora Daniela Cordovil Correa dos Santos contra um dos vigilantes da Universidade. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (21) pela assessoria de comunicação da Uepa.
Ainda de acordo com a Universidade, no prazo máximo de 30 dias, a comissão encaminhará relatório para apreciação da reitora da Uepa e do Conselho Universitário. A Uepa informa ainda que será garantido à professora o direito de ampla defesa.
Um levantamento preliminar sobre o caso já foi concluído pela Ouvidoria da Uepa. Os autos do Processo nº 2012/456327 foram encaminhados à Procuradoria Jurídica da Uepa (Projur), que emitiu parecer favorável à instauração da sindicância para apurar as infrações administrativas que, em tese, possam ter sido cometidas pela professora.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

CULTURA - RUCAS - JÁ ERA. NOVO SUCESSO DO CANTOR RUI SILVA Jr


Rui Luis da silva Júnior vulgo Rucas, filho de Angelina da Veiga Vulgo "Mina " e de Ex-músico" Baterista" Rui Luís da Silva Vulgo "Rui Silva" que teve a sua passagem nos agrupamentos Cobiana Djazz ,Tchifri Preto, e Tabanka Djazz . Nasceu em Bissau no dia 13 de Janeiro de 1986, engressou na musica no ano de 1998 No ano de 2009 viajou para Brasil concretamente para estado de Ceará-Fortaleza onde reside atualmente, formando no Curso de Analise e desenvolvimento de Software na Faculdade de integrada do ceará ( F.I.C), no ano de 2010 fundou juntamente com seus quatro conterârios o Agrupamento G.Connection onde gravaram um Cd denominado" Guiné misti paz". Gravou seu  primeiro Cd a solo denominado Nó Storia que contou com 12 Faixa Musicais, Um Cd totalmente Zouk e Kizomba que tem participação de Brasileiros e Varios estudantes Africanos Que se encontram residido na República Federativa do Brasil. Rucas é produtor , compositor e Cantor de diferentes estilos musicais concretamente hip-hip, zouk, Kizomba , Gumbé, Dekalé e entre outros.



sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Racismo no Brasil - Racismo não tem graça nenhuma

49842968-rodrigo-santanna-1-editorialO Fórum da Igualdade Racial (FOPIR), que reúne dezenove organizações da sociedade civil em todo o país, entre elas, as organizações negras e a AMNB, lançaram nesta segunda-feira (10/09) uma Carta Aberta contra o Programa Zorra Total, que vem exibindo semanalmente episódios racistas através da personagem Adelaide (foto). Na carta, o FOPIR denuncia que Adelaide é o estereótipo da mulher negra, afirma que o "racismo não tem graça nenhuma" e acusa a TV Globo de exibir conteúdo racista, sexista e ofensivo à população negra, em especial, às mulheres negras. Leia abaixo a carta na íntegra:
Carta aberta contra o programa Zorra Total
"Racismo não tem graça nenhuma!"
O Fórum Permanente de Igualdade Racial (FOPIR), que reúne organizações da sociedade civil e organizações negras para o combate ao racismo e para a promoção da igualdade racial no Brasil, vem a público manifestar total repúdio ao programa Zorra Total, veiculado semanalmente pela TV Globo e, em especial, ao episódio intitulado "Adelaide". Dissimulado como suposto humor, o programa exibe conteúdo explicitamente racista, sexista, recheado de estereótipos e ofensivo à população negra, ferindo gravemente os direitos humanos de milhões de brasileiros.
"Adelaide" é o estereótipo de uma mulher negra pobre, sem instrução formal, que pede esmolas no metrô. Cada episódio traz uma narrativa diferente, sempre com conteúdo racista e humilhante para negros e negras. No programa que foi ao ar no dia 01/09/2012, "Adelaide" - interpretada pelo ator Rodrigo Sant´anna - chama ao palco sua filha, que é anunciada como "linda" e traz uma faixa atravessada sobre o peito com os dizeres "urubu branco". A menina é retratada com as mesmas características da mãe: sem dentes, cabelos "despenteados", erotizada, dissimulada e usuária de uma forma de linguagem cujo objetivo é o de desqualificar pessoas que não tiveram acesso ao ensino formal. O coreógrafo Carlinhos de Jesus é convidado para o quadro na condição de padrinho da menina e diz a esta que vai lhe presentear com um pente de alisar o cabelo, evidenciando, mais uma vez, um conjunto de estereótipos ofensivos sobre as características de pessoas negras em geral. Se os conteúdos racistas veiculados por este quadro já haviam, desde o seu surgimento, ultrapassado todos os limites do respeito à dignidade humana, a utilização da imagem de uma personagem que representa uma criança se choca, de forma contundente, com o dever de proteção à infância e à adolescência.
É inadmissível que um país de maioria negra, conforme o último Censo divulgado pelo IBGE, mantenha um programa televisivo que, em nome de um pseudo-entretenimento, utiliza-se de um suposto humor para humilhar e desrespeitar a dignidade humana da sua própria população. Os veículos de comunicação têm de estar comprometidos com a produção e difusão de conteúdos não discriminatórios e não estereotipados sobre os negros e negras, conforme foi destacado nas propostas prioritárias da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). Por isso, nós, do FOPIR, reforçamos a necessidade de os meios de comunicação dedicarem especial atenção a todo e qualquer conteúdo produzido e veiculado na mídia que possam reforçar a discriminação e o preconceito de quaisquer espécies.

Assinam a carta as organizações abaixo listadas:
1. Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras - AMNB
2. Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do estado do Rio de Janeiro - ACQUILERJ
3. Associação Nacional de Pesquisadores Negros/as - ABPN
4. Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas - CONAQ
5. Central Única de Favelas - CUFA
6. Instituto de Estudos Socioeconômicos - INESC
7. Redes de Desenvolvimento da Maré
8. Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades - CEERT
9. Comissão de Jornalistas Pela Igualdade Racial – COJIRA-RIO
10. Fundação Ford
11. Fundação Carlos Chagas
12. Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros - IPEAFRO
13. Baobá – Fundo para Equidade Racial
14. Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais da UFRJ - LAESER
15. Laboratório de Pesquisa em Etnicidade, Cultura e Desenvolvimento - LACED
16. Observatório de Favelas
17. Grupo de Estudos Multidisciplinar da Ação Afirmativa/IESP-UERJ - GEMAA
18. Geledés Instituto das Mulheres Negras
19 . ODARA – Instituto da Mulher Negra

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Defensor público é condenado por chamar faxineira de 'negra, preta e pobre'

O Tribunal de Justiça de Minas condenou no último dia 4 um defensor público aposentado a indenizar uma faxineira em R$ 12.400 por chamá-la de "negra, preta e pobre". O caso ocorreu em fevereiro de 2008, na garagem do prédio onde o aposentado mora em Belo Horizonte.
Segundo o advogado da faxineira, Darli Domingos Ribeiro, as duas partes chegaram a um acordo após a decisão de segunda instância e a cliente recebeu R$ 10 mil ontem. A advogada do defensor público, Caroline Gandra Oliveira, confirmou o acordo, mas não revelou o valor.
De acordo com o processo, a faxineira relata que se aproximou do aposentado para pedir informações sobre o paradeiro da filha que trabalhava no prédio. Sem motivos, o defensor público teria começado a ofendê-la.  A faxineira entrou com a ação na 24ª Vara Cível de Belo Horizonte contra o aposentado em setembro de 2009.
Ainda segundo a ação, o defensor público aposentado contestou as acusações e alegou que apenas se limitou a responder que a filha da faxineira não estava mais no local. Segundo ele, a mulher estava tentando ganhar dinheiro e, por isso, inventou a história. Em fevereiro de 2011, a juíza Yeda Monteiro Athias considerou que havia provas suficientes e fixou a indenização por danos morais em R$ 7 mil. O aposentado recorreu pedindo a redução do valor a ser pago. A faxineira também apelou pedindo um valor maior.
No último dia 21, os desembargadores da 10ª Câmara Cível do TJ-MG decidiram, por maioria dos votos, elevar o valor da indenização para R$ 12.440. Em seu voto, o relator Veiga de Oliveira disse que o montante "leva em consideração a proporcionalidade e a razoabilidade, atendendo ao caráter punitivo-pedagógico do dano moral sem configurar exagero nem constituir fonte de renda".

FONTE: UOL

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

ESPORTE: Conheça a trajetória de Usain Bolt, o maior velocista do mundo

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O trânsito intenso de Kingston começa a dispersar depois que a estrada cruza o rio Cobre. Após uma longa subida, o mar azul-turquesa do Caribe aparece no horizonte.
Condomínios de luxo ficam no retrovisor ao dobrar à esquerda. Placas de sinalização desaparecem, e o asfalto dá lugar à terra na via de mão única. A densa vegetação dificulta a visibilidade e buzinar é a maneira de evitar batidas nas curvas fechadas.
Três horas e meia e pouco mais de 160 km depois de deixar a capital da Jamaica, a placa no centro de saúde é a única indicação de que estamos em Sherwood Content, cidade natal de Usain Bolt.
Mais à frente, na pista de grama da Waldensia Primary School, um grupo de crianças aposta corridas. Eles estão em férias, e a escola está fechada. Mas a falta de opções de lazer no nanico vilarejo rural faz com que usem o local para brincar.
E foi assim, numa brincadeira entre colegas de classe nesta mesma pista de grama, que há 18 anos o maior velocista da história começava a tomar gosto pelo atletismo.
Antes de Yohan Blake, Tyson Gay e Justin Gatlin, seu rival na época, aos 7 anos, atendia por Ricardo Geddes.

No lugar das medalhas, recordes e dinheiro, eles duelavam por muito menos. Bolt conta que a primeira vez que sentiu satisfação de verdade ao derrotar alguém foi depois de uma aposta promovida por um de seus professores.
Acostumado a perder para Geddes, sentiu-se especialmente motivado quando o desafio valeu um almoço. Bolt ganhou do colega e criou o mantra que usa até hoje. "Uma vez que eu te derrote você, nunca mais me derrotará".
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A partir daí foi apenas uma questão de tempo para que as pessoas começassem a perceber que "VJ", apelido que carrega desde lá, tinha talento.

"A diretora da nossa escola na época disse que Usain era especial e que deveríamos investir nele", conta à Folha Lorna Thorpe, 60, chefe do departamento de educação física do colégio William Knibb, conhecido por nutrir atletas e que fica a meia hora de carro da casa simples onde até hoje moram os pais de Bolt.
De pé na mesma pista em que ele começou a ser talhado quando adolescente, a professora de sotaque carregado e sorriso fácil relembra dos dias de seu aluno mais famoso no local enquanto justifica a grama não aparada.
"Como estamos em período de férias, deixamos a grama alta mesmo", afirma, antes de prosseguir.]
"Desde cedo era fácil perceber que Usain era diferente por dois motivos. Primeiro, era muito mais alto que os colegas. E, segundo, não conseguia ficar parado, estava sempre correndo. E sempre na frente dos outros alunos."
Prestes a se aposentar após 33 anos no William Knibb, Lorna, considerada por Bolt como uma segunda mãe, tem entre seus substitutos o professor Yeoukeo McKay, 24, que mesmo com o colégio fechado realiza um treino com alguns atletas em potencial.
"Nós aqui temos orgulho de termos produzido o homem mais rápido do mundo e sabemos que ele é um em 1 milhão. Mas nosso objetivo é ter o outro do próximo milhão que surgirá", diz o professor de educação física.
Bolt representou o colégio até se formar. Enquanto esteve lá, tornou-se o mais jovem campeão mundial júnior dos 100 m, aos 15 anos. Aos 17, mudou-se para Kingston para dar sequência à carreira no High Performance Centre, na Universidade de Tecnologia.
No gramado do campus Mona, conheceu Fitz Coleman, seu primeiro treinador profissional e com quem ficou até voltar dos Jogos de Atenas, em 2004. Insatisfeito com o método usado, procurou Glenn Mills, outro renomado técnico jamaicano.
A parceria deu certo. Em Pequim-08, Bolt atingiu o status de superestrela ao vencer as provas de 100 m, 200 m e 4 x 100 m, todas com recorde.
Dois anos depois, ganhou de uma empresa alemã uma pista de atletismo de nível internacional, construída na Universidade West Indies e que hoje serve de sede para o Racers, clube no qual treina.
"Usain tem tratamento de estrela aqui", conta Andenis Simms, 31, o responsável por cuidar do "playground" do corredor na capital. "Sabemos que as instalações têm papel fundamental em seu sucesso. Bolt colocou um país como a Jamaica no mapa e é o mínimo que podemos fazer em troca".

RACISMO NO BRASIL - Adolescentes denunciam racismo e agressão em shopping de Salvador -

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Eles têm 15 anos e caso teria ocorrido assim que deixaram loja de roupas. Segundo contam, agressão foi feita por dois funcionários na escada rolante
Dois adolescentes de 15 anos afirmam ter sofrido racismo ao experimentarem roupas em uma loja localizada no Shopping Barra, em Salvador, nesta sexta-feira (17). Eles contam que foram agredidos e acusados de roubo por dois funcionários da loja.
Segundo os jovens, os funcionários se aproximaram da escada rolante na saída da loja e revistaram a mochila de um deles na frente de outras pessoas. Não encontrando nada na bolsa, os funcionários teriam agredido os dois adolescentes, segundo denunciam.

"Reviraram, olharam, não viram nada. Aí um deles se exaltou, dirigiu-se com palavrão, me levantou pela gola da camisa", disse um dos adolescentes, que prefere ocultar a identidade.

A garçonete Mônica Santana, mãe de um dos garotos, registrou queixa no serviço de atendimento ao cliente do shopping e na Delegacia de Repressão a Crimes contra Criança e o Adolescente (Dercca). "Ele está sendo apontado como um marginal dentro do shopping, mas ele é uma pessoa que estuda, que trabalha. O outro menino está fazendo teste para ser jogador e, independente disso, eles são crianças e não precisam passar por isso", relata a mãe.

A gerência da loja informou, por telefone, que tudo aconteceu do lado de fora do estabelecimento e, por isso, não irá se pronunciar sobre o assunto. Já o Shopping Barra afirma que lamenta o ocorrido e que irá apurar o caso.

Fonte: G1

RACISMO NO MUNDO - Zagueiro do Manchester é multado em R$ 140 mil por racismo no Twitter

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O zagueiro do Manchester United Rio Ferdinand foi multado e advertido sobre sua conduta em relação a um comentário postado no Twitter. Na mensagem, o inglês se referiu ao compatriota e lateral esquerdo Ashley Cole, do Chelsea, como "choc ice", uma expressão que muitos consideram racista. A multa foi anunciada pela FA (Federação Inglesa de Futebol) nesta sexta-feira.
"Rio Ferdinand foi multado em 45 mil libras (R$ 142,5 mil) depois que uma Comissão Regulatória Independente considerou provada a acusação de conduta imprópria em relação ao comentário postado no Twitter", informa o comunicado da entidade.
"A comissão decidiu que o comentário foi impróprio e desprestigiava o esporte. Além disso, a comissão concluiu que a violação incluiu uma referência à origem étnica, cor ou raça", completa o texto.

O comentário no Twitter em questão foi postado depois que Ashley Cole testemunhou em um julgamento que inocentou o capitão do Chelsea, John Terry, que foi acusado de insultos racistas contra o irmão de Ferdinand, Aston, durante um jogo em outubro.

Ferdinand respondeu a um usuário do Twitter, que disse: "parece que Ashley Cole vai ser o 'choc ice' deles". O jogador do Manchester respondeu: "te ouço cara! Choc ice é clássico! hahahahahahha!".

O termo "choc ice" é entendido por muitos como tendo conotação racial, significando que uma pessoa é negra por fora e branca por dentro. Ferdinand apagou o comentário e negou que o termo fosse racista. Seu irmão, Anton Ferdinand, é zagueiro do Queens Park Rangers e acusou Terry de racismo, citando um episódio ocorrido em um jogo contra o Chelsea.

Fonte: Terra

RACISMO NO BRASIL - Racismo explícito no Zorra Total relembra humor segregacionista dos EUA

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Nos Estados Unidos, o uso de atores brancos – ou mulatos – com a cara pintada de preto, ou "blackfaced", em papeis que ridicularizavam os negros foi prática comum nos tempos da segregação racial
Por: Jorge da Silva
Um quadro do programa Zorra total, da Rede Globo, tem provocado indignação no público sensível aos problemas do racismo e da discriminação racial no Brasil. Tem como protagonista uma mulher chamada Adelaide – interpretada pelo ator – em que se concentram todos os estereótipos negativos atribuídos às mulheres negras: é feia, desdentada, ignorante, e costuma fazer referências pejorativas, por exemplo, ao cabelo dos negros. Um combustível perfeito para o bullying que aflige as crianças negras, especialmente as meninas, na escola e nos círculos de convivência, contribuindo para manter baixa a autoestima de um segmento da população quotidianamente adestrado a se sentir e comportar como inferior.
Infelizmente, o humor baseado em estereótipos raciais tem uma longa tradição em nosso país. Não é preciso muito esforço para nos lembrarmos de nomes como Grande Otelo (a despeito de seu reconhecido talento), Gasolina, Muçum, Tião Macalé, que sempre representaram personagens associados ao alcoolismo, à preguiça, à falta de cultura e de inteligência. Sem contar os brancos pintados de preto, até hoje presentes nos programas humorísticos da TV.
Nos Estados Unidos, o uso de atores brancos – ou mulatos – com a cara pintada de preto, ou "blackfaced", em papeis que ridicularizavam os negros foi prática comum nos tempos da segregação racial. Personagens como Aunt Jemima, Jim Crow (que poderíamos traduzir como Zé Urubu), Zip Coon, Buck, Jezebel, Pickaninny, Uncle Tom, Amos 'n' Andy e outros, que refletiam os mais grosseiros estereótipos a respeito dos afro-americanos e de sua cultura, eram, não obstante – ou talvez por isso mesmo -, altamente populares entre as plateias brancas. Na década de 1960, com o Movimento de Direitos Civis, incluindo boicotes organizados por entidades como a NAACP, o uso desses personagens se reduziu enormemente, embora continue presente, de forma bastante atenuada, em algumas produções mais atuais.
Em Bamboozled (2000), que no Brasil ganhou o título de A Hora do Show, Spike Lee faz uma crítica à tradição dos minstrel shows e do vaudeville, gêneros baseados nessa estereotipia. Aos interessados, vale a pena dar uma olhada no site black-face.com.

RACISMO NO BRASIL - Bombril tem campanha suspensa por ser considerada racista


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Anteriormente, o Conar havia negado a reclamação da Secretaria, porém, a empresa já alterou a campanha para evitar maiores polêmicas
A campanha "Mulheres que Brilham" foi considerada racista pela Secretaria Especial de Política de Promoção da Igualdade Racial, que pediu a suspensão da peça. A imagem que causou polêmica mostra uma mulher com o logotipo da marca sobre sua vasta cabeleira, o que levou o governo a associar o produto aos cabelos crespos.
Anteriormente, o Conar havia negado a reclamação da Secretaria, porém, a empresa já alterou a campanha para evitar maiores polêmicas.
"A Bombril faz questão de ressaltar que não teve a intenção de realizar qualquer tipo de associação que não fosse referente à valorização e exaltação da beleza e diversidade da mulher brasileira", disse a empresa em nota.
 Fonte: Administradores

MANIFESTAÇÕES CULTURAIS - Museu digital disponibiliza acervo sobre a presença negra no Estado

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Site disponibiliza áudios, vídeos, fotos e documentos de afro descendentes.
Projeto foi criado há cinco meses e já possui mais de dois mil acessos.

Criado há cinco meses pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), o Museu Afro Digital disponibiliza para consulta um acervo on-line de quase mil fotografias sobre a presença dos negros no Estado. De qualquer lugar do mundo é possível também acessar vídeos, áudios e documentários feitos por pesquisadores do programa de pós-graduação em Ciências Sociais da UFMA.
O museu está há cinco meses no ar e já possui mais de dois mil acessos. Nas páginas virtuais um acervo bem particular. Documentos, fotos, vídeos e músicas. Muito desse material só pode ser encontrado site.
"É uma forma dessas pessoas, que são afro descentes, irem à internet, olharem seus ancestrais fotografados, as pessoas que estão representadas ali e terem contato com os pesquisadores que foram coletar material nas comunidades", explicou o professor Sérgio Ferreti, coordenador do projeto.
O museu afro digital revela o cotidiano dos negros maranhenses desde a época da escravidão, das fugas para as áreas de quilombo. E a história é contada através da cultura popular, da religiosidade e das danças.
São cerca de mil fotografias que mostram as organizações das festas nos terreiros de umbanda, nas brincadeiras de bumba meu boi e em outras manifestações folclóricas. A maioria das fotos foi adquirida em pesquisa pelos professores da universidade. "Pessoas que fizeram pesquisa sobre a Festa do Divino, sobre quilombos e que cedem este material. Há também um grande acervo de fotografias reunidas, documentos antigos de 1940, de1930. Na medida do possível a gente consegue", acrescentou Ferreti.
O acervo também é composto de vídeos documentários sobre os costumes trazidos pelos negros africanos. No acervo de áudio são cerca de 90 músicas, gravações dos cânticos entoados nos terreiros e a cantoria das caixeiras nos festejos do Divino Espírito Santo.
O museu afro digital promove também um intercâmbio cultural entre pesquisadores acadêmicos e a comunidade remanescente de quilombos. "É uma forma de democratizar, porque é um museu sem donos, as pessoas cedem esse material. Então é uma forma de democratizar cultura e as tradições.

 Fonte: G1

QUILOMBOS E QUILOMBOLAS - Quilombos paulistas vão virar rota turística

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Por: José Maria Tomazela
O Instituto Socioambiental firmou parceria com o Sesc SP para dar forma ao Circuito Quilombola, um passeio pelos atrativos dos principais quilombos do Vale do Ribeira, a partir de Eldorado. Turistas poderão conhecer seus costumes, gastronomia, cultura e belezas naturais. O circuito oferece 65 atrações nos quilombos de André Lopes, Ivaporunduva, Mandira, Pedro Cubas, São Pedro e Sapatu, cujos territórios vão de Eldorado a Cananeia.
BOTUCATU
Quer doar fotos para o acervo da Pinacoteca?
A Pinacoteca do Estado está captando imagens para formar um acervo de memórias coletivas na cidade que vai receber a primeira filial da instituição. Na exposição +Educações: Arte e Patrimônio, que vai até 16 de dezembro no Museu de Arte Contemporânea (Rua D. Lúcio, 755, centro), visitantes podem ver gratuitamente imagens de várias épocas da cidade e contribuir com fotos. A filial da Pinacoteca será instalada no antigo fórum, que passa por restauro.
RIO CLARO
Floresta estadual terá acervo preservado
O governo vai dar R$ 14 milhões para recuperar a Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade, em Rio Claro. Vistoria do Ministério Público constatou que a fazenda sofreu desmatamentos e o mostruário de eucaliptos, considerado o maior do Brasil, está se degradando. Navarro de Andrade foi pioneiro no estudo e difusão do eucalipto no Brasil, após trazer 144 espécies da Austrália em 1914.
ITU
Nova praça reúne objetos gigantes
Lápis, interfone, caixa-eletrônico e outros objetos gigantes fazem parte da Praça dos Exageros, inaugurada quinta-feira no bairro Padre Bento, em Itu. A intenção é resgatar o mito criado pelo humorista Francisco Flaviano de Almeida, o Simplício, de que em Itu tudo é grande. A praça pode ser visitada de terça a domingo, das 9h às 17h. A entrada é grátis.
2 PERGUNTAS PARA...
Fernanda Bandeira de Mello, presidente do Condephaat
1. Quantos bens são tombados pelo patrimônio histórico no Estado?
Cerca de 400 bens, dos quais muitos são conjuntos arquitetônicos ou centros de cidades históricas.
2. A quem cabe preservar o bem tombado?
Ao proprietário, pois o tombamento não altera a titularidade do bem. Ao Condephaat, cabe atuar para que projetos de restauro aprovados garantam a preservação do bem para esta e as futuras gerações.
 Fonte: Estadão