A Tunísia condenou o ditador deposto Zine El Abdine Ben Ali à prisão perpétua, nesta quinta-feira, pela morte de 43 manifestantes durante a revolução que deu início à Primavera Árabe. A decisão, à revelia de Ben Ali, foi dada pelo juiz Hedi Ayari, do Tribunal Militar da Tunísia.
Dezenas de autoridades do governo Ben Ali foram condenadas de 5 a 20 anos de cárcere.
Fethi Belaid/France Presse |
Hedi Ayari, juiz do Tribunal Militar da Tunísia, sentenciou o ex-ditador Ben Ali, que está na Árabia Saudita, à prisão perpétua |
O ex-ministro do Interior, Rafik Belhaj Kacem, foi condenado a 15 anos, e o ex-chefe de segurança do ex-ditador, Ali Seriati, 20 anos. Eles respondiam a acusações de assassinatos de manifestantes na capital Túnis e nas cidades de Sousse, Nabeul, Bizerte e Zaghouan.
Ahmed Friaa, nomeado ministro do Interior pouco antes de Ben Ali fugir do país no dia 14 de janeiro de 2011, está entre as três autoridades cujas acusações foram retiradas.
Ben Ali, em exílio na Arábia Saudita, dificilmente irá cumprir a pena. Ele já tinha sido condenado a décadas de prisão, também à revelia, sob acusações que variam de corrupção a tortura.
FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO
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