TIRE O SEU RACISMO DO CAMINHO QUE EU QUERO PASSAR COM A MINHA COR. Georges Najjar Jr

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Acompanhe a votação no STF sobre as cotas.


Trechos da votação no STF sobre cotas raciais em universidades - 4 vídeos

Com voto de Cármen Lúcia, placar no STF é de 4x0 a favor das cotas


A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Carmen Lúcia também votou nesta quinta-feira (26) a favor das cotas raciais em universidades públicas. Ela se juntou aos votos dos ministros Rosa Weber e Luiz Fux . Os três acompanharam a opinião do relator do processo, ministro Ricardo Lewandowski, que se disse ontem (25) a favor da constitucionalidade da medida.
Após o voto de Cármen Lúcia, a sessão foi suspensa por meia hora. Mais cedo, por volta das 15h20, o julgamento foi interrompido por dois minutos para a retirada de manifestantes do plenário.

Votos dos ministros

Rosa Weber seguiu, "na íntegra", o voto de Lewandowski e usou a disparidade social brasileira para justificar sua opinião. "O fato é que a disparidade racial é flagrante na sociedade brasileira. A pobreza tem cor no Brasil: negra, mestiça, amarela", disse. "O sistema de cotas visa oportunizar aos negros, no caso a UnB, o acesso à universidade brasileira. Assim, as razões se inclinam para manutenção do sistema."
Luiz Fux, professor da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), instituição que adota política de cotas para negros, disse que recebeu uma carta de alunos da instituição defendendo as ações afirmativas. “Uma coisa é não fazer. Outra coisa é fazer. Uma coisa é vetar a discriminação. Outra coisa é implementar políticas que levam à integração política e social do afrodescendente, diante dessas ações afirmativas e dessa integração acadêmica”, afirmou Fux.

Ações

Uma das ações sobre as cotas raciais em universidades foi impetrada pelo DEM em setembro de 2009, pedindo a suspensão delas na UnB (Universidade de Brasília). Na ação, o partido afirma que esse tipo de reserva de vaga fere a dignidade da pessoa humana, o preconceito de cor e a discriminação e afeta o próprio combate ao racismo.
Na época, o próprio Lewandowski negou uma liminar para cancelar a adoção das cotas na universidade.
A ela, se junta o recurso de um estudante do Rio Grande do Sul que não teria sido aprovado para administração na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Segundo ele, outros candidatos com notas menores que as dele, beneficiados pelo sistema de cotas, ingressaram no curso.

Voto do relator

“Qualquer critério adotado colocará candidatos em vantagem e desvantagem, porém é preciso observar o ganho para a sociedade como um todo”, afirmou Lewandowski. "A política de reserva de vagas não é de nenhum modo estranha à Constituição."

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