Fixando uma investigação sobre um grupo em particular, é possível ver imediatamente que o tema da discriminação racial passa a ocupar posição central e destacada no mundo do rap. O racismo é denunciado de forma direta e incisiva na maioria das composições. Essa visibilidade aspira desmascarar as estratégias de negação e de suavização da questão racial, reivindicando do negro uma consciência de si mesmo, conclamando-o a não ser mais um número das estatísticas.
Com efeito, o esteriótipo do malandro é visto e substituído pelo mano, pelo sangue bom, geralmente descrito como sobrevivente, que se afirma por sua consciência e capacidade de pensar, de articular as ideias, de informar. Assim, por meio do rap, postulam a liberdade de expressão como condição de existência cultural, anunciando uma revolução verbal, pois “as grades podem aprisionar meu corpo, até minha alma, mas ela jamais vão aprisionar meu pensamento”(Facção Central).
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