É lamentável e
revoltante a manifestação de indivíduos racistas e preconceituosos
que se mascaram e se escondem atrás da imagem de estudantes para denegrir a
moral e a historia de um povo tão importante para o historia do país como os
nordestinos, povo sofrido e trabalhador. Esses racistas preconceituosos
demonstram as facetas do racismo regional, considerando que uma pessoa pode ser
melhor que a outra pelo simples fato de ter nascido em uma região diferente. É
importante lembrar que os nordestinos tem um significado singular na historia
do Brasil. Pois foi exatamente aqui no nordeste que o Brasil nasceu, foi
exatamente aqui a 1ª capital do Brasil. Portanto, foi necessário o surgimento
do Nordeste, especificamente em Salvador no dia 29 de Março de 1549, para que o
restante do Brasil viesse a se constituir. Mas, infelizmente ainda existem
pessoas medíocres e mal informadas que ainda insistem em
propagar idéias tão retrogradas e preconceituosas como essas, feitas contra
estudantes nordestinos através de redes sociais, pelo fato de ter
ocorrido um vazamento de algumas questões da prova no estado
de Pernambuco. Porém, é importante lembrar para esses mal informados
que em 2009 o ENEM foi cancelado, pois houve vazamento da prova, fato ocorrido
no Estado de São Paulo, e nem por esse motivo houve manifestações
preconceituosas e racistas contra os estudantes paulistas. Infelizmente tenho o desprazer de postar os dizeres desses caras de paus no blog. Está dado o recado e
abaixoracismo pra vocês
PARA DENUNCIAR RACISMO, TORTURA, PEDOFILIA, HOMOFOBIA, GRUPO DE EXTERMÍNIO, VIOLÊNCIA CONTRA MULHER, QUALQUER FORMA DE VIOLÊNCIA DISQUE 100.
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
'Quer pagar quanto?' faz Casas Bahia indenizar funcionária
A gigante varejista Casas Bahia foi condenada a pagar R$ 5.000 por danos morais a uma funcionária por tê-la obrigado a usar broches com os famosos bordões da empresa "Quer pagar quanto?" e "Olhou, Levou". Por se tratar de uma decisão em segunda instância, ainda cabe recurso.
Para o desembargador Marcelo Antero de Carvalho, relator do processo, "a obrigatoriedade do uso de broches com dizeres que dão margens a comentários desrespeitosos por parte de clientes e terceiros configura violação do patrimônio imaterial do empregado".
O acórdão da Sexta Turma do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da Primeira Região foi unânime em seguir o voto do relator.
Na defesa, a empresa alegou que o uso de broche fazia parte da política de vendas da companhia, que ele somente era usado quando havia promoção e seu uso era restrito às dependências da loja. A defesa também argumentou que os clientes sabiam que as frases e chavões lançados nos broches eram ligados às promoções.
VEXAME E HUMILHAÇÃO
Mas o TRT manteve a decisão da primeira instância, do juiz Eduardo von Adamovich, de que os broches com as expressões "Quer pagar quanto?" ou "Olhou, Levou" poderiam levar a situações de vexame e humilhações.
Segundo o acórdão, é irrelevante a ocorrência ou não de brincadeiras maliciosas, pois o uso do broche por si só configura a exposição da empregada a eventuais reações desrespeitosas de clientes e terceiros.
A decisão do tribunal reduziu o valor da indenização a ser paga pelas Casas Bahia de aproximadamente R$ 12 mil para R$ 5.000, alegando que o montante definido em primeiro grau era "desproporcional".
Procurada pela Folha, a assessoria de imprensa das Casas Bahia disse que não se manifestaria sobre a condenação.
folha.com
Desemprego atinge mais jovens negros e mulheres
A taxa de desemprego entre jovens
de 16 a 29 anos na Região Metropolitana de Salvador (RMS) mostra a
discrepância que ainda existe quando o sexo e a cor são levados em
consideração. Em 2010, enquanto 28,3% dos jovens negros estavam
desempregados, essa taxa era de 20,5% para os não negros. Entre os homens
dessa faixa etária, o índice de desemprego é de 21,9%. Entre as
mulheres a taxa sobe para 33%. Esses e outros dados nacionais e
estaduais sobre o assunto estão no Anuário do Sistema Público de
Emprego, Trabalho e Renda, lançado nesta terça, 25, em Salvador pelo
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Dieese.
A publicação, dividida em seis seções (mercado de trabalho; intermediação de mão de obra; seguro desemprego;
qualificação social e profissional; juventude e economia solidária e
Proger), reúne dados estatísticos dos dois órgãos, além de informações
do IBGE, e de pesquisas como PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) e
Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). O documento estará
disponível para a população no site do Dieese (www.dieese.org.br), ainda sem data definida.
“A importância desse anuário é que ele é um retrato do mercado
de trabalho e pode subsidiar os planejamentos e ações tanto dos setores
públicos como privados. Esse documento contempla, por exemplo, a
questão da inserção da mulher no mercado de trabalho e a diferença
salarial que ainda existe em relação ao homem,
e observa que um dos fatores disso é a maternidade. Esperamos que,
utilizando esses dados empresas e governo possam promover políticas
públicas e particulares que contemplem essas questões”, explica a
superintendente regional do Trabalho, Isa Simões.
Para a economista e técnica do Dieese, Renata Belzunces, a
disseminação dessas informações é também importante para o trabalhador.
“Você não consegue, do ponto de vista do governo e das empresas,
implementar melhorias se não conhece a realidade desse mercado e, do
ponto de vista do trabalhador, para argumentar melhorias nas condições
de trabalho”, afirma.
Jornal A tarde - Economia - 25/10/2011
terça-feira, 25 de outubro de 2011
A C&A E O RACISMO. LAMENTAVEL!
X
A
C&A Modas terá que indenizar em R$ 8 mil, por danos morais, uma
cliente que foi agredida verbalmente por uma funcionária em uma loja no
Rio de Janeiro. A decisão e da 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça.
De
acordo com o relato da consumidora, ela apresentou a identidade para
fazer um cartão da loja, mas o documento não foi aceito. A supervisora
do estabelecimento afirmou se tratar de um documento falso. Na presença
de outras pessoas, a funcionária rasgou a identidade da cliente e exigiu
a apresentação de outro documento. Durante a confusão, a funcionária
proferiu ofensas como “tira essa crioula daqui, tira essa macaca
daqui”. E, por fim, a autora teve que ser retirada das dependências da
loja, sob cordão de isolamento formado pelos seguranças do local.
A
rede de varejo negou a ocorrência do fato, mas não comprovou sua
negativa, mas afirmou que "a empresa repudia qualquer tipo de
discriminação, valorizando o estabelecimento e manutenção de
relacionamentos profissionais e éticos em todos os seus processos".
Segundo informações da assessoria do
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro o magistrado na decisão citou, que
“o evento vivido pela autora certamente rendeu-lhe dor, angústia e
aflição, rompendo seu equilíbrio psicológico, até porque agredida
injustamente de forma verbal em local público e na presença de seus
filhos, ensejando, pois, direito à indenização pelos danos morais”,
domingo, 23 de outubro de 2011
Projeto "antibaixaria" em músicas ganha apoio do Ministério Público na Bahia
O MP-BA (Ministério Público da Bahia) manifestou apoio a um projeto de lei que pretende proibir a contratação, pelo poder público, de artistas que cantem músicas “com ofensas às mulheres”. A lei “antibaixaria”, como ficou conhecida, tramita na Assembleia Legislativa desde março e deveria ir a votação na próxima quarta-feira (26). Porém, por falta de uma discussão na Comissão de Constituição e Justiça, a sessão para aprovação da lei deve ser remarcada.
A moção de apoio do MP-BA foi entregue nesta segunda-feira (17) à deputada Luiza Maia (PT) e reacendeu a polêmica sobre o projeto. Segundo o MP-BA, a moção teve a adesão de todos os promotores do Brasil que atuam no enfrentamento à violência doméstica contra a mulher, que assinaram o documento no início do mês, em Gramado (115 km de Porto Alegre).
“Muitas músicas vêm incitando a violência, o deboche e os maus tratos, incentivando inclusive a violência contra meninas e adolescentes. É preciso que o Estado financie apenas projetos que instalem uma cultura de paz, amor e solidariedade, e não a violência”, disse, em nota, a promotora Márcia Teixeira, coordenadora do Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher.
O projeto
O projeto de lei que tramita na Assembleia baiana prevê uma proibição polêmica: artistas que cantem músicas ofensivas às mulheres não poderiam mais ser contratados por governos. A ideia ganhou uma série de apoios desde que foi lançada, entre eles o do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), de prefeitos e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Ao mesmo tempo, artistas afirmam que temem que a falta de critérios objetivos causem prejuízos à categoria.
Segundo a deputada Luiza Maia, o projeto de lei não prevê punições aos artistas, e não se trata de um ato de censura. “Não é impedir de ninguém cantar. Nós queremos impedir que o dinheiro público financie quem está na contramão da política de enfrentamento à violência contra a mulher. E como é que esse governo que investe para acabar vai financiar quem está proliferando o racismo e a violência? É um contrassenso”, disse.
Para a deputada, muitas músicas se utilizam de ofensas às mulheres e, em alguns casos, incentivariam até mesmo a prática de violência. “Existe música dizendo que 'dá um tapinha'. Tem também a violência simbólica, chamando a mulher de cadela. Tem outra que mandar ralar a 'tcheca' no chão. Ou seja, temos que colocar genitália no chão para agradar? Que brincadeira é essa? Porque não faz música nos valorizando. São coisas horrorosas, como soltar bomba do cabaré. Tem música até que diz que descobriu uma locadora de mulher.
Questionada sobre os critérios objetivos para definição, a deputada diz que o foco não são as músicas de duplo sentido, mas sim, os “artistas cujas canções incentivam a violência e reforçam o preconceito contra as mulheres.” “Estamos nos referindo às músicas que têm o sentido único de desmoralizar, desqualificar, ridicularizar e, em alguns casos, banalizar a violência contra a mulher”, disse, sem apresentar os parâmetros para regulamentação prática da lei.
Questionada sobre os critérios objetivos para definição, a deputada diz que o foco não são as músicas de duplo sentido, mas sim, os “artistas cujas canções incentivam a violência e reforçam o preconceito contra as mulheres.” “Estamos nos referindo às músicas que têm o sentido único de desmoralizar, desqualificar, ridicularizar e, em alguns casos, banalizar a violência contra a mulher”, disse, sem apresentar os parâmetros para regulamentação prática da lei.
Sobre a votação na Assembleia, a deputada informou que vai aguardar a presidência do Legislativo para remarcar a data da votação, já que é necessário um debate entre os deputados da Comissão de Constituição e Justiça. “Faz mais de um mês que o colegiado não se reúne em função de sucessivas faltas de quórum. Ainda carecemos de uma discussão mais profunda sobre a questão, até para, se for necessário, fazer ajustes no texto original da matéria”, argumentou.
"Locadora de Mulher"
(Aviões do Forró)
Eu descobri uma locadora de mulher/ Lá tem mulher do tipo que o homem quiser/ Lá tem mulher do tipo que o homem quiser/ E tem mulher de cara linda/ Tem mulher de cara feia/ Mulher tipo violão, mulher do tipo baleia/ Lá tem mulher carinhosa/ Mulher cheia de frescura/ Mulher rabo de peixe/ da bunda de tanajura
Artistas temerosos
Para o presidente do Sindicato de Artistas e Técnicos da Bahia, Fernando Marinho, é preciso que o projeto de lei deixe claros as regras e os limites à contratação pelo serviço público. “É preciso saber primeiro o limite dessa lei, para diferenciar o que é brincadeira de senso comum. É um caso parecido com o humor politicamente correto. Sem parâmetros, ficará parecendo censura. Entendo o que argumenta a deputada Luiza Maia, mas qual seria o desdobramento de uma lei como essas? Quais os parâmetros? Isso é uma coisa delicada”, afirmou.
Marinho disse acreditar que uma outra discussão que precisa ser feita é se há necessidade da criação de uma lei para vetar a contratação de artistas pelo serviço público. “Se uma pessoa ou um grupo social se sentir ofendido por uma música, ele procura a Justiça e pede indenização por danos morais. Essa previsão já existe na Constituição Brasileira, não precisa de lei para vetar contratação pelo poder público.”
Ainda segundo o presidente do Sindicato dos Artistas, a participação do poder público nas contratações de artistas “é muito grande”, mas a lei – caso aprovada - não deverá causar perdas de receita aos músicos. “Esse grupos com músicas mais comerciais não sentirão tanto impacto porque o próprio público ou empresas que querem atrelar seus nomes às bandas os custeiam. A maior parte dos eventos de que eles participam é privada, não pública”, disse Marinho.
UOL Notícias - 23/10/2011
UOL Notícias - 23/10/2011
sábado, 22 de outubro de 2011
Movimento Outubro Rosa - Combatendo o Câncer de Mama
O
movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa é comemorado
em todo o mundo. O nome remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente,
a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas
e entidades. Este movimento começou nos Estados Unidos, onde vários Estados
tinham ações isoladas referente ao câncer de mama e ou mamografia no mês de
outubro, posteriormente com a aprovação do Congresso Americano o mês de Outubro
se tornou o mês nacional (americano) de prevenção do câncer de mama.
A
história do Outubro Rosa remonta à última década do século 20, quando o laço
cor-de-rosa, foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e
distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova
York, em 1990 e, desde então, promovida anualmente na cidade (www.komen.org ).
Em
1997, entidades das cidades de Yuba e Lodi nos Estados Unidos, começaram
efetivamente a comemorar e fomentar ações voltadas a prevenção do câncer de
mama, denominando como Outubro Rosa. Todas ações eram e são até hoje
direcionadas a conscientização da prevenção pelo diagnóstico precoce. Para
sensibilizar a população inicialmente as cidades se enfeitavam com os laços
rosas, principalmente nos locais públicos, depois surgiram outras ações como
corridas, desfile de modas com sobreviventes (de câncer de mama), partidas de
boliche e etc. (www.pink-october.org ).
A
ação de iluminar de rosa monumentos, prédios públicos, pontes, teatros e etc.
surgiu posteriormente, e não há uma informação oficial, de como, quando e onde
foi efetuada a primeira iluminação. O importante é que foi uma forma prática
para que o Outubro Rosa tivesse uma expansão cada vez mais abrangente para a
população e que, principalmente, pudesse ser replicada em qualquer lugar,
bastando apenas adequar a iluminação já existente.
A
popularidade do Outubro Rosa alcançou o mundo de forma bonita, elegante e
feminina, motivando e unindo diversos povos em em torno de tão nobre causa.
Isso faz que a iluminação em rosa assuma importante papel, pois tornou-se uma
leitura visual, compreendida em qualquer lugar no mundo.
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Oi é multada em R$ 10 milhões por apologia ao nazismo
Funcionário da empresa
utilizou máquina no ambiente de trabalho para criar comunidade no Orkut que
propagava o ódio racial.
A
Telemar Norte Leste, empresa proprietária da operadora Oi, foi condenada pelo Ministério
Público Federal em Minas Gerais a pagar uma indenização de R$ 10 milhões por
apologia ao nazismo. Segundo a Assessoria
de Comunicação do Ministério Público (MPF), um funcionário da
companhia utilizou uma máquina de seu ambiente de trabalho para criar uma comunidade
no Orkut que pregava a discriminação racial.
Na
sentença ajuizada perante a Justiça Federal de Varginha, o MPF relata que a
Telemar recusou sistematicamente a cumprir as ordens judiciais que tinham como
objetivo identificar o responsável pela criação da comunidade. Além de propagar
mensagens de apologia ao regime liderado por Adolf Hitler, na página foram
publicados xingamentos e ofensas a pessoas negras, com frases que incitavam o
ódio e a discriminação racial.
Afronta à Justiça
Durante
o começo das investigações, tendo como base o número de IP, a Oi afirmou que a
comunidade tinha sido criada por um morador da cidade de Varginha. Porém, após
verificar datas e horários de acesso ao site, o Ministério Público Federal
constatou que o computador de acesso estava localizado em um local diferente
daquele apontado pela empresa, que só então informou que os acessos partiram de
terminais instalados em seu prédio
Apesar
dos repetidos pedidos da Justiça, a Oi demorou cerca de um ano para se
manifestar novamente, alegando que houve um “grande lapso temporal” que impedia
a identificação do culpado. Segundo o procurador da República Marcelo Ferreira,
tal resposta constitui uma afronta ao Poder Judiciário, já que “o alegado lapso
temporal foi causado pela própria empresa, que não se desincumbiu de prestar as
informações necessárias à apuração do autor do crime”.
A
partir da resposta da empresa, o Ministério Público Federal deu entrada a uma
ação civil pública em que pedia que a Oi fosse condenada ao pagamento de indenização
por dano moral coletivo. Segundo o juiz federal da Subseção de Verginha, a
condenação ao pagamento dos R$ 10 milhões é “a única medida passível de ser
aplicada como forma de inibir novas práticas”. A Telemar Norte Leste recorreu a
decisão da Justiça, embora ainda não tenha obtido uma resposta oficial. A
empresa prefere não comentar publicamente sobre o caso.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
SKINHEAD ALCEBÍADES CUSTÓDIO NETO, RACISTA HOMOFÓBICO AGRIDE UM JOVEM NEGRO E UMA MULHER NO METRÔ DE SÃO PAULO. LAMENTÁVEL!
Mais uma vez nós somos obrigados a assistir atitudes de
selvageria de um criminoso denominado de Skinhead agredindo um
jovem simplesmente pelo fato de o rapaz ser negro. O marginal que se
chama Alcebíades
Custódio Neto, de forma deliberada agride o rapaz e uma mulher que o
acompanhava. Atitude digna de um canalha racista homofóbico, que se
esconde atrás de um grupo de assassinos que se acham no direito de sair
agredindo e matando pessoas, com o aval da justiça brasileira que não tem a
dignidade de colocá-los atrás das grandes e lá mante-los. É importante ressaltar que
esses bandidos preconceituosos na sua grande maioria é de classe média alta,
brancos e que age com um grande requinte de crueldade, utilizando-se de armas
como punhais, soco inglês, correntes e tem como alvos principais pessoas negras
e homossexuais. E infelizmente nós sabemos que esse caso não foi o primeiro e não
será o último, pois, graças à justiça brasileira esses assassinos não ficam
presos e voltam a cometer os mesmos absurdos. Mas, não podemos nos curvar a
esses fatos e temos que combatê-los de todas as formas possíveis para que
não fiquem em pune.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
A BAHIA É O SEGUNDO ESTADO NO RANKING DE TELEFONEMAS SOBRE HOMOFOBIA
INFELIZMENTE A BAHIA SEMPRE ENCABEÇANDO OS PIORES ÍNDICES SOCIAIS NO BRASIL, EDUCAÇÃO, SAÚDE,SEGURANÇA, TRANSPORTE...
O serviço Disque Direitos Humanos (Disque 100) recebeu 856 denúncias de casos de homofobia no Brasil entre janeiro e setembro deste ano. De acordo com a Secretaria de Direitos Humanos (SDH), as ligações totalizaram 2.432 violações aos direitos dos homossexuais, como violência e atendimento inadequado em delegacias, entre outros. A Bahia está em segundo lugar no ranking, ao lado de Minas Gerais, ambos com 71 ligações. Lidera o ranking o estado de São Paulo, com 134 telefonemas.
Ao tomar conhecimento da divulgação, o Grupo Gay da Bahia (GGB)
questionou. "Estes números oferecidos pela Secretaria dos Direitos
Humanos é um café requentado. Já tínhamos denunciado essa violência há
muito tempo. A SDH, na verdade, deveria estar mais atenta a essa
situação, além de divulgar números que são, de certo modo, repetitivos",
considerou Marcelo Cerqueira, presidente do GGB. Ele sugere que o órgão
lance editais públicos para combater a violência e crie instituições de
referência com advogados e psicólogos para solucionar esses crimes de
forma rápida e eficaz.
No ano passado, a Bahia liderou o número de homícidios no país,
registrando 29 assassinatos, sendo 15 gays e 14 travestis. O Estado de
São Paulo, que ficou em segundo lugar, registrou 23 mortes.
O Coordenador do Núcleo de Promoção
dos Direitos da Pessoa Idosa, Roberto Loyola, que está temporariamente à
frente da Coordenação de Promoção de Políticas LGBT da Secretaria da
Justiça, Cidadania e Direitos Humanos da Bahia (SJCDH), afirmou que o
órgão pretende unir esforços com a Secretaria de Segurança Pública para
combater esse tipo de violência de forma mais efetiva. "Temos feito
seminários e discussões com públicos bastante espécíficos, mas
precisamos abranger essas discussões para toda sociedade civil",
reconheceu.
Por esse motivo, será realizada entre as próximas sexta e
domingo, 21 e 23 de outubro, a II Conferência Estadual dos Direitos
LGBT, no Hotel
Bahia Sol, em Patamares. Danilo Bittencourt, representante da SJCDH,
disse que o evento irá analisar o que cada secretaria de Estado fez para
combater a violência e promover os direitos do público LGBT, baseado
nas decisões tomadas na I Conferência, realizada em 2008.
Estratégia nacional
- Para a ministra da SDH, Maria do Rosário, o número de denúncias é
expressivo, já que a opção que trata especificamente de denúncias de
homofobia foi implantada há menos de um ano. Hoje (17), durante reunião
com representantes de secretarias de segurança pública, ela disse que o
governo quer definir, junto com os estados, um termo de cooperação para o
enfrentamento à homofobia.
“A intenção da SDH e do Ministério da Justiça é que todas as
secretarias tenham um trabalho concreto de defesa e de atendimento
adequado dos homossexuais nas delegacias e em todas as estruturas
policiais”, explicou. “Consideramos que quem não atende bem uma pessoa
por ela ser homossexual também está praticando um ato indevido”,
completou.
De acordo com a ministra, a estratégia da pasta é assinar, com os
representantes das secretarias, um protocolo de ações conjuntas no
combate à homofobia para que isso seja discutido nas conferências
preparatórias estaduais. Maria do Rosário lembrou que, entre os dias 15 e
18 de dezembro, será realizada em Brasília a 2ª Conferência Nacional
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT).
Crimes - A delegada titular de Crimes Raciais e de
Delitos de Intolerância de São Paulo, Margarette Barreto, ressaltou que o
país parece viver uma explosão de crimes homofóbicos, mas que, na
realidade, o cenário passou de uma subnotificação dos casos para o
recebimento efetivo de denúncias.
Segundo ela, o governo federal deve auxiliar os estados em ações de
inteligência, como o mapeamento por meio de câmeras dos locais onde há
maior concentração desse tipo de ocorrência.
“A gente precisa fomentar essa discussão para que haja a
desconstrução do preconceito. A gente trabalha com a repressão, mas a
maior ferramenta de prevenção de crimes homofóbicos é a educação”,
disse.
A representante da Secretaria de Segurança Pública da Bahia,
Isabel Alice de Jesus, disse que um dos agravantes do cenário de crimes
homofóbicos no estado é o grande fluxo de turistas. Por essa razão, a Bahia publicou um manual de orientação para homossexuais que visitam o estado.
“Entendemos que cada um tem o direito de ir e vir e de viver a sua
sexualidade. A gente não pode ignorar que a vulnerabilidade tem sido uma
das causas que pontuam a Bahia nessa questão”, destacou.
17/10/2011= A tarde
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Martin Luther King ganha monumento em Washington
O líder negro Martin Luther King será o primeiro afro-americano a ganhar um monumento no National Mall, o parque que fica em frente ao Congresso dos Estados Unidos, em Washinton.
FONTE: The New York Times
O monumento de nove metros de granito, está provocando controvérsia, por parecer severo demais. Mas o que torna o debate mais emotivo é a história por trás da estátua.
Em 28 de agosto de 1963, Luther King reuniu milhares de pessoas para seu famoso discurso "Eu tenho um sonho".
Cinco anos depois ele foi morto. O assassinato espalhou disturbio em várias cidades americanas.
Quatro décadas depois da militância de Luther King, que resultou no fim das leis raciais nos Estados Unidos, a sociedade sonhada pelo ativista ainda não se concretizou plenamente.
A renda das famílias brancas é, na média, muito superior a dos negros. Mas muita coisa também mudou, inclusive na Casa Branca, agora endereço de Barack Obama, o primeiro afro-americano a presidir os Estados Unidos.
A inauguração, que irá incluir um discurso do presidente Barack Obama, coincide com o aniversário do 48º aniversário da Marcha de Washington e o famoso discurso de King - "Eu tenho um sonho" - pronunciado no Memorial Lincoln.
O monumento é o primeiro no National Mall em homenagem a um afro-americano, disse Harry E. Johnson, presidente da fundação responsável pela sua montagem, e isso faz da ocasião algo especialmente emocional para muitos.
"Isso é importante para mim como um negro americano", disse Jerome McNeil, que estava lá na segunda-feira tirando fotografias para seus netos. "Não é apenas uma estátua, é um símbolo do que podemos fazer se colocarmos nossas mentes em algo."
Em 1996, o Congresso autorizou a criação do monumento no National Mall e a Alpha Phi Alpha, uma fraternidade afro-americana, criou uma fundação para concretizar essa homenagem.Segundo Jackson, o projeto deu forma à frase do discurso de King "Com essa fé nós poderemos extrair da montanha do desespero uma pedra de esperança".
Lei Yixin, um escultor chinês, foi escolhido para criar a escultura de 30 pés, e um o arquiteto Ed Jackson Jr. projetou o layout, que inclui uma livraria, uma parede com citações de Martin Luther King Jr. e cerca de 200 cerejeiras. O custo foi de US$ 120 milhões e os organizadores disseram que ainda estão tentando arrecadar os últimos US$ 5 milhões.
No monumento, ele explicou, Martin Luther King Jr. é visto saindo da pedra de esperança. Os dois enormes montes ligeiramente atrás dele formam uma espécie de passagem para a estátua, representando assim a montanha de desespero.
FONTE: The New York Times
LAMENTAVEL! Alunos acusam reitor de universidade federal de racismo
Em declaração, reitor da Federal do Recôncavo Baiano culpa
"cor, renda e formação" do trabalhador pela desestrutura. Veja vídeo
Estudantes
da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) acusam o reitor, Paulo
Gabriel Nacif, de racismo ao justificar a falta de estrutura da instituição. Em
uma declaração gravada durante uma reunião com uma comissão de alunos que
solicitava melhorias ele citou a cor e a renda dos trabalhadores como
justificativa para os problemas.
Na
declaração completa ele diz: "A interiorização vista de diversas formas
por vocês tem que ser concebida também do ponto de vista de formar uma relação
de servidores técnicos administrativos, formarem uma relação de gestores, que
não é só o reitor. Então, assim, a universidade funciona precariamente mesmo.
Sabe uma universidade que nasce no interior, cujos trabalhadores são dos
interiores... Se a gente for ver pela cor do trabalhador, se a gente for ver
pela renda do trabalhador que nós temos na UFRB a gente vai ver que... a
formação do trabalhador, a gente vai ver que aqui tem um desafio maior".
Os
estudantes da UFRB fizeram uma paralisação e ocupação da instituição por 40
dias com uma pauta de 101 pedidos. Entre eles, biblioteca básica, professores e
quadra para aulas de esportes. Uma comissão de dez alunos foi composta para a
negociação e gravava a conversa com o reitor no último dia 6 de outubro quando
ele fez a justificativa que foi interpretada como racista.
"O
problema de estrutura não tem nada a ver com os funcionários, muito menos com a
cor deles", diz Ezilda Ferreira Barreto, 23 anos, aluna do 4º período de
Serviço Social que estava presente na reunião.
O
reitor Paulo Gabriel Nacif não foi encontrado pelo iG na noite desta segunda-feira.
A página da UFRB que traz seu perfil diz que ele nasceu no sul da Bahia e com
meses de vida foi com a família para Teodoro Sampaio, no Recôncavo Baiano, onde
passou toda sua infância. Fez carreira acadêmica na Federal da Bahia (UFBA) e
foi convidado a ser o primeiro reitor da UFRB em 2007 para um mandato que se
encerraria neste ano.
De
acordo com Ezilda nesta reunião a reitoria se propôs a atender parte das
reivindicações dos estudantes e a desocupação dos prédios ocorreu no dia 10.
Nesta segunda-feira, 17, os estudantes retomaram as aulas e amanhã haverá uma
reunião para debater a declaração do reitor.
domingo, 16 de outubro de 2011
Francês Evra acusa uruguaio Suárez de racismo na Inglaterra
16/10/2011 - 13h37
Francês Evra acusa uruguaio Suárez de racismo na Inglaterra
Do UOL Esporte*
- A polêmica do racismo no futebol ganhou um novo episódio na Europa. O francês Patrice Evra acusou o uruguaio Luis Suárez de tê-lo insultado pelo menos dez vezes durante o empate por 1 a 1 entre Liverpool e Manchester United, no último sábado, pelo Campeonato Inglês.
“Havia câmeras [para registrar]. Ele sabe o que disse e o árbitro também sabe. No ano de 2011 já não se pode dizer coisas assim. Não vou repetir o que ele disse, é uma palavra racista e ele disse pelo menos dez vezes”, declarou Evra.
O atacante do Liverpool se defendeu e negou ter insultado o lateral do Manchester United. “Estou triste com essas acusações de racismo. Só posso dizer que sempre respeitei todo mundo. Todos somos iguais. Vou a campo com a ilusão de uma criança que gosta do que faz, não para criar conflitos”, escreveu em seu Facebook.
A Federação Inglesa de Futebol comunicou que analisará o incidente para estudar possíveis punições.
Recentemente, dois casos de racismo repercutiram no Velho Continente e envolveram brasileiros. Na Rússia, Roberto Carlos deixou o campo indignado antes mesmo do término da partida do seu clube, o Anzhi, porque um torcedor atirou uma banana em sua direção.
Em março, durante o amistoso Brasil 2 x 0 Escócia, uma casca de banana foi atirada no campo e caiu próxima a Neymar, em Londres.
*Atualizado às 14h50, com agências internacionais
sábado, 15 de outubro de 2011
‘Branco tem carta, negro tem cota’, diz Valouis, 1ª juíza negra do país
Juíza
participa da Flica e debate ‘História e Negritude’ no mundo.
‘Cotas para concursos foram lançadas por mim’ " O Brasil inda precisa mudar em relação aos seus negros", diz a juíza Luislinda Valouis.
A partir das 10h, a juíza divide a palestra com o historiador Joel Rufino e a escritora Ana Maria Gonçalves, na Praça da Aclamação Conjunto do Carmo, em Cachoeira, Recôncavo Baiano. O encontro será mediado pelo diretor teatral Márcio Meirelles.
Em entrevista ao G1, Luislinda Valouis falou sobre o
início da carreira, as dificuldades que enfrentou e da importância da Flica
para a Bahia. Valouis é hoje juíza substituta do Tribunal de Justiça da Bahia.
Em 2009, publicou o livro “O Negro no Século XXI” (Juruá), em que apresenta
artigos sobre educação, cultura, trabalho, justiça social, políticas públicas,
religião, lazer e esporte, dentre outros assuntos. Atualmente ela finaliza dois
novos livros, “Mediação e Conciliação” e “O Negro, os Poderes e os Poderosos do
Brasil”.
G1- Na opinião da senhora qual a situação do negro na Bahia e no Brasil
hoje?
Mudou pouca coisa. Ainda hoje não encontramos negros ocupando lugar de destaque dentro do sistema nacional. Nós não temos ministros negros, procuradores negros, embaixadores negros. Falta ainda ocupar esse espaço. Médicos negros também são poucos. Em termos de periferia, nós continuamos do mesmo tamanho, não mudou nada. Falta lazer, trabalho, educação, saúde, e por aí vai, ainda tem muita coisa para ser feita.
Claro que já se conseguiu alguma coisa, mas ainda temos o menor salário, nós ainda não temos executivos negros, apesar de sabermos que temos negros excelentemente competentes. Tudo é muito bom enquanto o poder não é para ser dividido com os negros.
Agora, quando é para dividir com os negros a situação fica mais difícil. Por que isso acontece? Porque o branco tem carta e o negro tem cota para receber a chibatada. Ainda continua dessa forma. O Brasil ainda precisa mudar em relação aos seus negros. Ainda temos uma situação de submissão.
G1- O que você acha do sistema de cotas para negros em concurso e vestibulares?
As cotas para os concursos foram lançadas por mim. O que eu observo nos lugares de destaques, nos concursos, é que enquanto a prova é escrita, o negro tem oportunidade. Mas se for o caso da prova oral, ou da exibição de “fotografias”, o negro é sempre inferiorizado. Eu sou favorável às cotas, mas não é nada eterno porque senão fica parecendo que é esmola e nós não queremos esmola. Eu atuei muito aqui na Bahia para as cotas.
Mudou pouca coisa. Ainda hoje não encontramos negros ocupando lugar de destaque dentro do sistema nacional. Nós não temos ministros negros, procuradores negros, embaixadores negros. Falta ainda ocupar esse espaço. Médicos negros também são poucos. Em termos de periferia, nós continuamos do mesmo tamanho, não mudou nada. Falta lazer, trabalho, educação, saúde, e por aí vai, ainda tem muita coisa para ser feita.
Claro que já se conseguiu alguma coisa, mas ainda temos o menor salário, nós ainda não temos executivos negros, apesar de sabermos que temos negros excelentemente competentes. Tudo é muito bom enquanto o poder não é para ser dividido com os negros.
Agora, quando é para dividir com os negros a situação fica mais difícil. Por que isso acontece? Porque o branco tem carta e o negro tem cota para receber a chibatada. Ainda continua dessa forma. O Brasil ainda precisa mudar em relação aos seus negros. Ainda temos uma situação de submissão.
G1- O que você acha do sistema de cotas para negros em concurso e vestibulares?
As cotas para os concursos foram lançadas por mim. O que eu observo nos lugares de destaques, nos concursos, é que enquanto a prova é escrita, o negro tem oportunidade. Mas se for o caso da prova oral, ou da exibição de “fotografias”, o negro é sempre inferiorizado. Eu sou favorável às cotas, mas não é nada eterno porque senão fica parecendo que é esmola e nós não queremos esmola. Eu atuei muito aqui na Bahia para as cotas.
Quando se busca
alguma coisa em favor do negro, os orixás se manifestam. E tem Deus, que é um
só. Acho que esse evento veio para marcar presença." Luislinda Valouis
G1- A palestra da
senhora na Flica é sobre História e Negritude, como vai ser a discussão e como
foi o convite para participar do evento?
Sobre o convite, eu achei gratificante e achei também que é o momento de levar ao público a situação atual do negro no Brasil e também no mundo. Até porque escrevi um livro, “O Negro no século XXI”, no sentido mais genérico possível. Aceitei o convite, é um desafio, mas eu estou super disposta a me submeter a esse desafio.
Espero que eu consiga agradar a todos que estiverem nos assistindo. Digo ‘nos’ porque a Flica virou um evento mundial, e não somente baiano, nem nacional. Eu tenho certeza que vou agradar a todos, como sempre tem ocorrido. Eu me proponho a fazer as colocações e, segundo a administração do evento, depois será aberto para as indagações que as pessoas que estiverem presentes formularem. Estou pronta para responder a tudo. Por mais difíceis que sejam as indagações da minha vida pessoal, da história do negro baiano, do negro brasileiro ou do negro internacional.
G1– No meio jurídico a senhora é bastante respeitada. Como é essa relação?
Sim, não podia ser de outra forma. A ninguém é dado o direito de errar. Nós brasileiros temos que obedecer às normas legais. Ao negro muito menos [o direito de errar], o negro não pode ser delinquente porque antes dele ser julgado, ele já está condenado. Temos que ser respeitados, a gente tem que se impor, ser humilde. Eu digo sempre que nada mais sou do que uma funcionária pública que tem um salário melhor, sou paga pelos cofres públicos. Agora, tenho uma responsabilidade muito grande. O que Deus nos ensinou é que devemos respeitar a tudo que ele deixou no mundo, do menor animal ao ser humano. Então, todos esses merecem meu respeito, meu carinho e minha atenção, com tanto que eu tenha a reciprocidade. E isso eu tenho tido.
Sobre o convite, eu achei gratificante e achei também que é o momento de levar ao público a situação atual do negro no Brasil e também no mundo. Até porque escrevi um livro, “O Negro no século XXI”, no sentido mais genérico possível. Aceitei o convite, é um desafio, mas eu estou super disposta a me submeter a esse desafio.
Espero que eu consiga agradar a todos que estiverem nos assistindo. Digo ‘nos’ porque a Flica virou um evento mundial, e não somente baiano, nem nacional. Eu tenho certeza que vou agradar a todos, como sempre tem ocorrido. Eu me proponho a fazer as colocações e, segundo a administração do evento, depois será aberto para as indagações que as pessoas que estiverem presentes formularem. Estou pronta para responder a tudo. Por mais difíceis que sejam as indagações da minha vida pessoal, da história do negro baiano, do negro brasileiro ou do negro internacional.
G1– No meio jurídico a senhora é bastante respeitada. Como é essa relação?
Sim, não podia ser de outra forma. A ninguém é dado o direito de errar. Nós brasileiros temos que obedecer às normas legais. Ao negro muito menos [o direito de errar], o negro não pode ser delinquente porque antes dele ser julgado, ele já está condenado. Temos que ser respeitados, a gente tem que se impor, ser humilde. Eu digo sempre que nada mais sou do que uma funcionária pública que tem um salário melhor, sou paga pelos cofres públicos. Agora, tenho uma responsabilidade muito grande. O que Deus nos ensinou é que devemos respeitar a tudo que ele deixou no mundo, do menor animal ao ser humano. Então, todos esses merecem meu respeito, meu carinho e minha atenção, com tanto que eu tenha a reciprocidade. E isso eu tenho tido.
Lílian Marques Do G1 BA
Atriz Thalma de Freitas vitima de preconceito e abuso de autoridade. É O ESTADO BRASILEIRO DISCRIMINANDO, REPRIMINDO E ABUSANDO. LAMENTAVEL!
Atriz Thalma de Freitas é detida ao deixar casa de amiga no Morro do
Vidigal (RJ)
A atriz e cantora Thalma de Freitas foi abordada por PMs quando deixava a casa de uma amiga que mora próximo ao morro do Vidigal, no Rio de Janeiro, na noite desta sexta-feira (14).
A atriz e cantora Thalma de Freitas foi abordada por PMs quando deixava a casa de uma amiga que mora próximo ao morro do Vidigal, no Rio de Janeiro, na noite desta sexta-feira (14).
Eles revistaram a bolsa de Thalma, e mesmo não
encontrando nada, a levaram à delegacia, a 14ª DP, no Leblon, para uma revista
íntima.
Ela contou em seu Twitter (@Thalmissima) que apesar
de não ter sido obrigada pela delegada que estava de plantão, fez questão de
ser revistada por uma policial feminina. Novamente nada foi encontrado.
A atriz informou que processará os policiais por
abuso de autoridade.
A 14ª DP informou que a
Secretaria de Segurança Pública se manifestaria sobre o caso. No entanto, o
número informado não atendeu.
Fonte: Folha de S. Paulo - 15/10/2011 - 01h20
terça-feira, 11 de outubro de 2011
CAIXA ECONÔMICA SE RETRATA E COLOCA UM ATOR NEGRO PARA INTERPRETAR MACHADO DE ASSIS EM COMERCIAL. VALERAM AS CRITICAS!
Conforme havíamos publicado no blog dia 21 de setembro de 2011, quarta-feira, uma campanha publicitária infeliz da caixa econômica federal que retratou o escritor Machado de Assis como um homem branco. A Caixa Econômica Federal retomou nesta segunda-feira, dia 10/10/11, a campanha publicitária que havia sido suspensa, por ter gerado protestos em redes sociais, críticas da Secretaria da Igualdade Racial e evidenciado mais uma vez a manifestação do racismo institucional que está presente nas mais variadas esferas do poder, seja no público ou privado, o racismo está aí, a ascensão do negro aos postos de comando, aos cargos de chefia, a uma representação numérica significativa no espaço politico, é cada mais difícil. No filme, em comemoração ao aniversário dos 150 anos da instituição, tinha o negro Machado de Assis interpretado por um branco. Representação totalmente descabida, pois Machado de Assis era negro. Felizmente, a Caixa Econômica, por pressão popular, se retratou e elaborou novamente o mesmo vídeo, enfim com um ator negro. Estamos atentos! Confiram o vídeo.
sábado, 8 de outubro de 2011
SE ESCOLA FOSSE ESTÁDIO E EDUCAÇÃO FOSSE COPA…
Por Jorge Portugal
Passeio, nesses últimos dias, meu olhar pelo noticiário nacional e não dá outra: copa do mundo, construção de estádios, ampliação de aeroportos, modernização dos meios de transportes, um frenesi em torno do tema que domina mentes e corações de dez entre dez brasileiros.
Há semanas, o todo-poderoso do futebol mundial ousou desconfiar de nossa capacidade de entregar o “circo da copa” em tempo hábil para a realização do evento, e deve ter recebido pancada de todos os lados pois, imediatamente, retratou-se e até elogiou publicamente o ritmo das obras.
Fiquei pensando: já imaginaram se um terço desse vigor cívico-esportivo fosse canalizado para melhorar nosso ensino público? É… pois se todo mundo acha que reside aí nossa falha fundamental, nosso pecado social de fundo, que compromete todo o futuro e a própria sustentabilidade de nossa condição de BRIC, por que não um esforço nacional pela educação pública de qualidade igual ao que despendemos para preparar a Copa do Mundo?
E olhe que nem precisaria ser tanto! Lembrei-me, incontinenti, que o educador Cristóvam Buarque, ex-ministro da Educação e hoje senador da República, encaminhou ao senado dois projetos com o condão de fazer as coisas nessa área ganharem velocidade de lebre: um deles prevê simplesmente a federalização do ensino público, ou seja, nosso ensino básico passaria a ser responsabilidade da União, com professores, coordenadores e corpo administrativo tendo seus planos de carreira e recebendo salários compatíveis com os de funcionários do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal.Que tal? Não é valorizar essa classe estratégica ao nosso crescimento o desejo de todos que amamos o Brasil? O projeto está lá… parado, quieto, na gaveta de algum relator.
O outro projeto, do mesmo Cristóvam, é uma verdadeira “bomba do bem”.Leiam com atenção: ele, o projeto, prevê que “ daqui a sete anos, todos os detentores de cargo público, do vereador ao presidente da república serão obrigados a matricular seus filhos na rede pública de ensino”. E então? Já imaginaram o esforço que deputados(estaduais e federais) , senadores e governadores não fariam para melhorar nossas escolas sabendo que seus filhos, netos, iriam estudar nelas daqui a sete anos? Pois bem, esse projeto está adormecido na gaveta do senador Antônio Carlos Valladares, de Sergipe, seu relator.E não anda.E ninguém sabe dele.
Desafio ao leitor: você é capaz de, daí do seu conforto, concordando com os projetos, pegar o seu computador e passar um e-mail para o senadorValadares(antoniocarlosvaladares@senador.gov.br)pedindo que ele desengavete essa “bomba do bem”?É um ato cívico simples.Pela educação.Porque pela Copa já estamos fazendo muito mais.
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